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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estadão: Endividamento das famílias e calote atingem níveis alarmantes e históricos

Depois da farra de compras que levou o brasileiro a atingir elevados níveis de endividamento, o consumidor agora está recorrendo a linhas de crédito mais caras, como cheque especial e cartão de crédito, para cobrir outras dívidas

(...) O que explica esse movimento, segundo o economista, é o endividamento excessivo do consumidor. "Existia um clima de euforia na economia brasileira que fez com que as pessoas assumissem dívidas além do nível considerado ótimo."

Essa também é a avaliação do economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas. "O problema hoje é o excesso de consumo sem critério", diz o economista. Ele ressalta que o fluxo de caixa do consumidor piorou especialmente porque, na virada de abril para maio, a inflação aumentou e corroeu uma parte da renda.

Nas Contas da LCA, tanto o comprometimento da renda familiar para pagamento de dívidas, hoje em 23%, como o endividamento total das famílias, que corresponde a 40% da massa anual de salários e rendimentos da Previdência Social, atingiram os níveis mais altos da série histórica desses indicadores.

Segundo Borges, esse aumento de endividamento e do comprometimento da renda já está levando ao crescimento da inadimplência, efeito que deve piorar nos próximos meses (...).

A consultoria projeta que o calote do consumidor com prestações atrasadas a mais de 90 dias encerre o ano com alta de 7,3%, acima dos 5,7% registrados em 2010 (...) 

Dados da Associação Comercial de São Paulo mostram que, na primeira quinzena de julho, o número de carnês inadimplentes cresceu 21,9% em relação a igual período de 2010 e das dívidas renegociadas, 17%. Em junho, o calote havia aumentado 14,2% na comparação anual e a renegociação, 11%.

"A inadimplência está aumentando por causa do descontrole do gasto e do aperto do crédito", afirma o economista da entidade, Emílio Alfieri.

"Daqui para frente, vamos começar a ter uma piora nas condições de crédito por deterioração cíclica, associada ao aumento da inadimplência", diz Borges. Isso significa que a Selic pode até parar de subir, como sinalizou o Banco Central, mas os juros cobrados do consumidor devem seguir em rota ascendente. O motivo desse descompasso é a alta da inadimplência, um dos componentes do spread bancário. 

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