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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Estadão: Para pagar dívidas, brasileiros estão refinanciando a casa própria a juros maiores

Para aqueles que ainda duvidavam, eis o mais claro e cruel efeito das bolhas imobiliária e de crédito...

O financiamento de imóveis com recursos da poupança terá crescido, no fim deste ano, cerca de 30 vezes ante 2004, mas a tendência, segundo especialistas, é de desaceleração daqui para a frente. Nesse cenário, os bancos já começam a mirar outros produtos no segmento

Um dos "escolhidos" é o chamado refinanciamento imobiliário, e profissionais do setor estão certos de que vai deslanchar nos próximos anos. 

Esse produto foi regulamentado pelo Banco Central (BC) no fim de 2006 e, a partir de 2007, várias instituições financeiras passaram a oferecê-lo. Cada uma tem as próprias condições, mas, em geral, o cliente pode refinanciar parte da casa em que mora (até 50%, na média) por prazos de até 30 anos. 

O Bradesco, por exemplo, oferece o crédito pessoal com garantia de imóvel. O prazo máximo para pagamento é de 10 anos e o crédito máximo é de 70% do valor de avaliação do imóvel. A taxa de juros média, hoje, é de 1,52% ao mês (cerca de 19% ao ano).

É um custo maior que o do financiamento imobiliário tradicional, que hoje varia, em média, entre 9,5% e 11,5% ao ano, mais TR

O diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, explica que a diferença decorre do chamado funding para os empréstimos, ou seja, o bolo de onde vem o dinheiro. No caso do crédito tradicional, o funding principal é a poupança. 

Por lei, a caderneta remunera com 6,17% ao ano mais TR (algo como 7% a 7,5% ao ano no total). O banco fica com a diferença entre essa taxa e a que cobra do cliente no crédito. 

No caso do refinanciamento, o funding é o do dia a dia do mercado financeiro, ou seja, a taxa Selic. Como se sabe, o juro básico no Brasil é o mais alto do mundo, hoje de 12,5% ao ano. Portanto, a taxa deve incluir esse custo (captação), o risco de cada cliente e, claro, o lucro da instituição financeira. 

No Bradesco, a carteira de crédito pessoal com garantia em imóvel somava R$ 2,3 bilhões no fim de junho e, neste ano, o segundo maior banco privado do País prevê desembolsar R$ 14 bilhões só em novos empréstimos. 

Só no ano passado, no Santander, a expansão foi de 173% sobre 2009. "Esse é um produto que vai começar a ser importante", aposta o diretor executivo de negócios imobiliários do Santander, José Roberto Machado. Um dos usos possíveis, segundo ele, é para clientes que queiram reorganizar as finanças

 
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Um comentário:

  1. Creio que um imóvel financiado, nunca poderá ser utilizado como garantia de um empréstimo para ninguém. Estarei errado?

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