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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A face oculta da construção civil

Em meio à euforia que o setor de construção civil experimentou até o início de 2011, quando iniciou uma forte desacelaração, houve (e ainda há) uma grande preocupação em fabricar informações, sempre positivas, sobre o segmento. Muito se falou sobre a valorização e os altos ganhos de profissionais como mestres de obras e pedreiros. Porém, quase nada foi divulgado sobre a realidade dos canteiros de obras. 

De cada dez obras da construção civil em Mina Gerais, sete oferecem algum tipo de risco aos operários. A estimativa é do vice-coordenador nacional da Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Everson Rossi. A falta de segurança é refletida em tragédias. Pelo menos um trabalhador morre nos canteiros de obras de Minas por semana. No ano passado, 48 acidentes terminaram em óbitos no Estado, sendo 21 na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

A fiscalização falha e o descumprimento das regras básicas de segurança são as principais causas de acidentes, e os números podem ser bem piores. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH (Marreta), Osmir Venuto, alerta que os operários levados ao hospital, mas que não sobrevivem, ficam fora das estatísticas.

O presidente do sindicato afirma que os ferimentos vão de esmagamentos à perda de membros. “As construtoras falam que o trabalhador não usou o Equipamento de Proteção Individual (EPI), quando na verdade nem o forneceram. Se o operário não usar, pode até ser demitido por justa causa”, diz.

Dados do sindicato mostram que, em 2010, houve 5,5 mil acidentes envolvendo trabalhadores da construção civil na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Naquele ano, foram registrados 56 óbitos em Minas, sendo 26 na região metropolitana. Somadas todas as profissões, houve 343 mortes no Brasil, em 2010. Só a construção civil em Minas responde por 16% dos óbitos no país.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires, reconhece os “deslizes” de algumas empresas quanto à segurança. Ele diz que a questão avançou, mas que ainda falta conscientização, principalmente em obras pequenas. “As construções menores são pouco fiscalizadas e por isso relaxam. Muitas vezes, o operário não usa o EPI. Orientamos as construtoras e até premiamos aquelas que conseguem reduzir as ocorrências”.

Vítima de um acidente de trabalho há dois anos, Paulo César Vieira de Faria, de 32, hoje luta para se reabilitar de uma queda de 110 metros de altura quando desmontava uma grua, em Nova Lima. Com dificuldades de locomoção e fala, o ex-operário reclama que a empresa em que ele trabalhava prestou assistência apenas por alguns meses. “Sempre usava os equipamentos de segurança, mas um parafuso se soltou e eu caí”. Dois amigos de Paulo morreram na queda.

O procurador do Ministério Público do Trabalho Everson Rossi considera os números preocupantes. Ele diz que mesmo as grandes obras não oferecem a proteção ideal. “A construção civil cresceu, mas há um número reduzido de fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do MPT. A empresa tem que fornecer o EPI e treinar o trabalhador. Se ele não usar o equipamento, a responsabilidade continua sendo do patrão”. As obras que não oferecem segurança para os operários estão sujeitas a multas e até a embargos.

                http://www.hojeemdia.com.br/minas/de-cada-dez-canteiros-sete-oferecem-riscos-em-minas-1.405777


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 http://www.youtube.com/results?search_query=verumspectator&aq=f

5 comentários:

  1. Olha a EXAME da proxima semana ("Mercado sob suspeita"):

    http://brazilianbubble.com/exame-magazine-cover-real-estate-in-brazil-is-a-market-under-suspicion/

    Abc! BB

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  2. Caros amigos do Brazilian Bubble:

    Agradecemos pela contribuição, e estaremos atentos à matéria.

    Um abraço,

    Observador

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  3. Caros amigos do Brazilian Bubble:

    Tivemos acesso à integra da matéria pelo link http://www.bfre.com.br/pt/noticias/4014-um-mercado-sob-suspeita.

    Para começar, como pode ser comprovado pelo link, a matéria foi disponibilizada integralmente pelo site Brazilian Finance & Real Estate, que pertence a holding que controla as empresas Brazilian Mortgages, Brazilian Securities, Brazilian Capital e BM Sua Casa. Se a matéria fosse negativa para o mercado imobiliário, este site seria o último a dar publicidade à reportagem.

    Ao analisarmos o conteúdo, nossa desconfiança se confirmou: trata-se de uma estratégia muito bem elaborada, provavelmente contando com uma "consultoria" de representantes e empresas do setor imobiliário. O título "Um mercado sob suspeita" nos remete, de forma apressada, a um conteúdo bombástico, a uma provável denúncia sobre a bolha imobiliária. Porém, para nossa surpresa, a matéria faz uma clara defesa do mercado de construção, justificando os aumentos abusivos dos imóveis, além de negar, de forma veemente, a existência de uma bolha.

    Para se defender, e passar uma imagem de imparcialidade e isenção, a reportagem questiona não a escalada vertiginosa e injustificável dos preços, mas como em um mercado tão promissor as empresas que nele atuam conseguem apresentar resultados negativos.

    Assim, considerando a análise acima exposta, aconselho aos "companheiros de ideal" muita parcimônia para, de hoje em diante, explorar qualquer conteúdo da revista Exame que, ao que parece, também passou a fazer parte do "núcleo de assessoria de imprensa" do mercado imobiliário.

    Um grande abraço,

    Observador

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  4. Proprietário do Observador do Mercado, bom dia.

    Meu nome é Christian e estou trabalhando com o meu amigo Hernán em um emprendimento para ajudar as pessoas a poupar dinheiro, tempo e esforço agrupando cartoes de credito, seguros de autos e investimentos para eles (http://www.omelhortrato.com/fundos-de-investimento/comparar).

    Me gostaria contactar com voce para analisar a possibilidade de fazer algo en conjunto.

    Cordialmente,

    Cristian.

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  5. Prezado Cristian:

    Agradecemos pelo contato e pelo convite. Já analisamos o conteúdo de seu site e, num primeiro momento, podemos indicá-lo em nosso blog. Além disso, todo o conteúdo disponível no blog está disponível para livre utilização/reprodução em seu site.

    Boa sorte em sua empreitada.

    Um abraço,

    Observador

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