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quinta-feira, 15 de março de 2012

Não falta mão de obra, falta planejamento e ética

Em meados de 2008, a consultora ambiental Sandra Satim comprou um apartamento de dois dormitórios no bairro de Vila Carrão, na zona leste de São Paulo. O imóvel tinha entrega prometida para abril de 2010, mas ela só recebeu as chaves no mês passado, quase dois anos depois.

"Todos os meses eles mudavam a data de entrega e não davam nenhuma justificativa. Hoje me arrependo de ter comprado o imóvel na planta e de não ter tomado alguns cuidados. Deveria ter investigado melhor a construtora", diz Sandra Satim, que entrou na Justiça para pedir indenização por danos morais e o pagamento dos valores gastos com a prorrogação do contrato de aluguel.

O empreendimento em que a compra foi feita, o Ecoway Carrão, pertence à Ecoesfera Empreendimentos Imobiliários. Em nota, a empresa diz que o atraso "não foi diferente do que tem ocorrido no setor de incorporação e construção imobiliária". Segundo a Ecoesfera, o problema foi "causado principalmente por falta de mão de obra especializada e excesso de chuvas".

Queixas sobre não cumprimento de contrato subiram 237%. Até o ano passado, a quantidade de reclamações contra as construtoras aumentou quase quatro vezes em São Paulo, segundo o Procon. A maior parte delas se refere ao não cumprimento do contrato, especialmente por conta do atraso na entrega.

Nas associações de mutuários, as queixas também têm se multiplicado. Segundo levantamento da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), o número de reclamações sobre atraso na entrega subiu 45% em relação ao mesmo período de 2010.

Sindicato admite ‘erros de planejamento'
Em nota, o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) admite que "um pequeno número de empresas pode ter cometido erros de planejamento".

Porém, para o advogado especializado em direito imobiliário Marcelo Tapai "os reais motivos são a falta de planejamento e a busca cega pelo lucro sem se preocupar com a entrega".

O advogado da advogado da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação), Leandro Pacífico, concorda. "Elas tentam se eximir de responsabilidade, mas esses são todos riscos do próprio negócio."


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