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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Estadão: Em crise, Secovi-SP já prevê mais 25% de queda nas vendas

Contribuição do leitor Célio de Sousa

O cenário de baixo crescimento da economia brasileira afetou o mercado imobiliário, que deve diminuir na comparação com o ano passado, de acordo com novas projeções do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP)

O presidente da entidade, Cláudio Bernardes, informou, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que a expectativa é de redução de 25% nas vendas de imóveis residenciais novos e de queda de 20% nos lançamentos de projetos na capital paulista este ano em relação a 2013.

No início do ano, o Secovi-SP afirmou que esperava estabilidade do mercado, com lançamentos e vendas neste ano em quantidade parecida com as do ano passado.

Segundo pesquisa do sindicato, as vendas na capital paulista tiveram queda de 48,3% na comparação com o mesmo período de 2013. Os lançamentos atingiram, entre janeiro e junho, queda de 18,8% diante dos mesmos meses do ano passado. 

Fundo do poço 
"A economia está no fundo do poço", disse Bernardes. Na avaliação do executivo, o volume de negócios menor reflete a deterioração do Produto Interno Bruto (PIB), a baixa velocidade de vendas durante a Copa e a falta de confiança de consumidores e empresários em fechar vendas e lançamentos diante do cenário de incerteza com a proximidade das eleições.

Para os próximos meses, Bernardes acredita que o mercado imobiliário tende a se recuperar, pois o segundo semestre costuma ser melhor para os negócios do que os primeiros meses do ano. "Mas não vai ser uma recuperação suficiente para compensar as quedas acumuladas até aqui no ano", estimou.

Na convenção de empresários do mercado imobiliário, realizada ontem pelo Secovi, o que dominou as discussões foi exatamente a questão política. Cláudio Bernardes anunciou que enviará um documento aos candidatos à Presidência da República com as principais reivindicações e dificuldades do setor que poderiam ser resolvidas no âmbito do governo federal e legislativo.

Bernardes também reclamou da demora nas reformas política e tributária, cuja discussão se arrasta há tempos, na sua avaliação. Do ponto de vista macroeconômico, foi mencionado o baixo crescimento do PIB, a inflação alta e o crescente deficit público. "É preciso voltar a confiar no Brasil", disse.

As críticas também se estenderam à política internacional do governo federal. "É preciso reavaliar a política externa. Não se pode pautar por questões ideológicas", afirmou. Bernardes encerrou sua palestra pedindo respeito aos empresários. "Esse pequeno pedaço da população, muitas vezes chamado de elite no sentido pejorativo, é responsável por geração de empregos e riqueza para o País."

(Estado de São Paulo - Notícias - Geral - 28/08/2014)

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