A retração do emprego na indústria da construção continuou
em julho e o indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mede a
evolução do número de trabalhadores no setor, chegou ao menor patamar da série
histórica no mês passado.
Em uma
escala de 0 a 100 pontos na qual valores abaixo de 50 pontos representam
redução, o índice para emprego na indústria
da construção recuou de 45,3 pontos em junho para 44,2 pontos em
julho.
De acordo com a Sondagem da Indústria da
Construção, divulgada na última sexta-feira, 22, o movimento mostra que a perda
de postos de trabalho tem se disseminado por todo o setor.
A queda é
verificada em todos os portes de empresas. Entre as grandes companhias de
construção, o indicador de emprego caiu de 44,9 pontos para 44 pontos no mês
passado, enquanto nas médias a redução foi ainda maior, de 45,5 pontos para
44,1 pontos.
As
pequenas firmas de construção ainda apresentam o cenário menos grave, mas mesmo
assim registraram uma retração no indicador de 46,1 pontos para 45,1 pontos em
julho.
Ainda que
a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) tenha se mantido estável em 69% nos
últimos dois meses, o nível de atividade na indústria da construção também
continuou caindo em julho, com indicador em 44,9 pontos, abaixo da linha
divisória dos 50 pontos.
Pessimismo em alta
O panorama ruim para a indústria da construção em julho reforçou o
pessimismo do empresariado para o desempenho do setor nos meses à frente.
Na comparação
com o mês passado, a sondagem da CNI mostra que todas as expectativas pioraram
significativamente. A expectativa com relação ao emprego, por exemplo, chegou a
48,5 pontos neste mês, ante 49,4 pontos em julho. O mesmo ocorreu com relação
às estimativas para a compra insumos e matérias-primas, cujo indicador recuou
de 49,4 pontos para 48,2 pontos na mesma comparação.
Se o
pessimismo nos dois primeiros indicadores ficou mais evidente, os índices de
expectativas para o nível de atividade e para a contratação de novos
empreendimentos e serviços deixaram o patamar do otimismo e caíram abaixo da
linha divisória dos 50 pontos em agosto.
Na
avaliação para o nível de atividade nos meses adiante, o indicador retraiu de
51,2 pontos para 49,6 pontos.
(Revista Exame - Economia - Notícias - 22/08/2014)
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