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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Folha: Desistência na compra de imóveis quase triplica em um ano

Contribuição do leitor Sandro Fernandes

O percentual de contratos de compra de imóveis novos cancelados na cidade de São Paulo em relação às vendas quase triplicou em um ano, o que leva as incorporadoras a reforçar as ações buscando a revenda de unidades.

Os distratos - como são chamados os cancelamentos - representaram em junho 17,9% da média das vendas nos últimos 12 meses. Em junho de 2013, eram 6,7%, segundo o Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).

A maior parte dos cancelamentos costuma ocorrer quando os imóveis ficam prontos (cerca de três anos após o lançamento na planta), momento no qual o cliente tenta obter o financiamento bancário.

Se ele não consegue, a alternativa é pagar o restante da dívida à vista, se tiver condições, ou cancelar o contrato - o que faz o imóvel voltar para a empresa, que tentará revendê-lo.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, alguns dos motivos para a alta no total de distratos se referem à perda da capacidade financeira dos compradores, à "pouca qualidade" na análise do crédito e à safra de imóveis com entrega atrasada.

A falta de análise do crédito pode se originar na venda de um imóvel na planta, se no plantão de vendas não é examinada com rigor a renda do comprador. Sem essa análise, não se prevê, por exemplo, a possibilidade de um cliente não ter condição de conseguir financiamento.

No caso de atrasos, a dívida costuma ser corrigida pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), ampliando o valor a ser financiado e dificultando a obtenção de crédito. O INCC tem alta de 7,52% em 12 meses até julho.

Aumentam os cancelamentos e as promoções
Diante do aumento dos distratos, diversas incorporadoras e imobiliárias organizam ações promocionais neste ano, prometendo descontos principalmente para os apartamentos prontos ou em fase final de obra.

Isso porque os empreendimentos já concluídos geram custos para as empresas, que precisam arcar com valores referentes, por exemplo, à taxa de condomínio e ao IPTU.

Baixa no mercado imobiliário
A alta nos cancelamentos ocorre em um momento de baixa no mercado imobiliário paulistano.

As vendas de imóveis novos no primeiro semestre recuaram 48,3% ante o mesmo período de 2013.

Foi o menor volume para um primeiro semestre desde 2004, quando se iniciou a pesquisa do Secovi-SP com a atual metodologia.

Culpa do Carnaval e da Copa (até quando?)
Para representantes do setor, um calendário atípico (com um Carnaval tardio e a Copa) e as incertezas econômicas são razões para os números.

Já os lançamentos caíram 19% no primeiro semestre.

(Folha de São Paulo - Mercado - 29/08/2014)

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Um comentário:

  1. .
    "A maior parte dos cancelamentos costuma ocorrer quando os imóveis ficam prontos (cerca de três anos após o lançamento na planta), momento no qual o cliente tenta obter o financiamento bancário."
    .
    A maior parte quanto? 10%, 15%? Ou até menos?
    .
    Cadê os outros motivos? Pelo visto muito mais importantes. Eles separam por dezenas de motivos e este então se sobressai.
    .
    Sempre inventam palavrinhas bonitinhas (distratos) para enganar o que está realmente acontecendo. E nunca informam tudo.
    Querem dar a impressão de que é apenas uma questão de falta de financiamento bancário.
    .
    Nos tratam como se fossemos idiotas.
    .

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