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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Infomoney: Bolha? Construção tem pior resultado em 14 anos

O setor da construção civil deverá fechar 2014 com o pior resultado dos últimos 14 anos 

Diante do fraco desempenho da economia, término de empreendimentos da Copa do Mundo e dificuldade para aumentar os investimentos em infraestrutura, a previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de construção reverta o quadro de crescimento robusto dos últimos anos e caia 6,2%, segundo cálculos da consultoria GO Associados, apresentados no boletim da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop).

No ano passado, a construção civil teve participação de 5,4% no PIB total do País e empregou mais de 2 milhões de trabalhadores. O melhor resultado ocorreu em 2010, quando o PIB do setor avançou 11,6%, influenciado, em especial, pelo boom imobiliário. De lá para cá, o crescimento das atividades
do setor foi um pouco mais modesto. Em 2013, avançou 1,6% e criou apenas 48 mil postos de trabalho (abaixo dos 95 mil de 2012), segundo o boletim da Apeop.

Em queda livre
No segundo trimestre deste ano, o nível de atividade do setor despencou 8,6% comparado a igual período de 2013. O sócio da GO Associados, Gesner Oliveira, responsável pela elaboração do boletim da Apeop, explica que o desempenho é resultado da combinação de uma série de fatores. Entre eles, o atraso e adiamento de obras de infraestrutura, elevação do endividamento das famílias e arrefecimento do mercado imobiliário.

Segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), de janeiro a julho deste ano as vendas de imóveis novos caíram 49% e o número de lançamento de novas unidades, 21,5%, comparado a igual período de 2013. "Tivemos um ano atípico, com carnaval tardio, Copa do Mundo e uma reviravolta nas
eleições. Esse cenário de incerteza causou uma freada no setor", afirmou Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP.

Ele projeta uma melhora no segundo semestre, mas não o suficiente para reverter o quadro negativo de 2014. A expectativa é que as vendas fechem o ano com recuo entre 20% e 25% e os lançamentos, entre 15% e 20%. Neste momento, avalia o executivo, é difícil traçar um panorama para 2015.
"Vamos ver o resultado das eleições e o enfoque que será dado ao setor. Podemos ter uma onda de otimismo ou de pessimismo."

Além do mercado imobiliário, os números do segundo semestre devem refletir o fim das obras da Copa do Mundo, como a construção dos estádios. Esses projetos foram concluídos e não entrou nada no lugar, já que o ritmo dos investimentos em novos projetos de infraestrutura está lento. 

Quedas "pontuais"
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), José Romeu Ferraz Neto, afirma que o nível de emprego está estável, com quedas pontuais em algumas regiões. "Mas estimamos que vai ocorrer uma queda no nível de emprego até o fim deste ano."

"Houve uma deterioração do cenário macroeconômico, especialmente no curto prazo", diz o presidente da Apeop, Luciano Amadio. Segundo ele, uma sondagem feita no setor mostra que os empresários de obras públicas estão pessimistas com o comportamento da economia brasileira neste ano. Para 80%, o sentimento em relação à economia piorou ou piorou muito para os próximos três meses. 

Na opinião do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, esse pessimismo reflete a reversão dos números do setor. "No começo do ano pensávamos que conseguiríamos crescer 2,5%. Mas aí a economia desaqueceu, as obras da Copa terminaram e o resultado foi piorando."

(Infomoney - Imóveis - Notícias - 06/10/2014)

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