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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O Globo: Devoluções de imóveis comprados na planta disparam no País

O número de rescisões de contratos de imóveis comprados na planta cresceu 40% no país, no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013. O dado foi obtido a partir do balanço das 14 empresas do setor listadas na Bolsa de Valores. 

Em alguns casos, o aumento no volume de distratos superou 60%. Segundo as construtoras, o cenário macroeconômico desfavorável pesou: os bancos estariam mais rígidos na concessão de crédito na entrega das chaves. Mas, para alguns especialistas, a responsabilidade é das próprias construtoras, que, para vender suas unidades, seriam rigorosas de menos.

A culpa é dos bancos
Vice-presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Claudio Hermolin afirma que calhou de, num momento em que o mercado imobiliário apresenta uma grande demanda por financiamento, os bancos estarem mais seletivos na análise de crédito:

- Após o boom de 2007, tivemos a paralisação do mercado no segundo semestre de 2008 e em todo 2009, mas retomamos o ritmo em 2010 e 2011. Assim, muitas unidades que foram vendidas naquela época estão sendo entregues agora. Os bancos certamente não confirmarão que estão mais restritivos, pois isso seria antipropaganda, mas na prática é isso que estamos sentindo.

A mineira MRV Engenharia, que atua principalmente no mercado de imóveis econômicos, registrou alta de 24,6% no número de negócios desfeitos no primeiro semestre de 2014, ante o mesmo período de 2013. Foram 6.134 imóveis devolvidos, num total de R$ 740,2 milhões. 

A Brookfield Incorporações, que registrou aumento de 63,7% no número de rescisões entre os primeiros semestres de 2013 e de 2014 (de 1.254 a 2.053), está em processo de fechamento de capital e optou por não falar sobre negócios. 

"Transparência": Balanço oculta distratos
No balanço da PDG do segundo trimestre de 2014, não é informado o total de negócios desfeitos. Diz apenas que “a maior parte dos distratos, 83%, continua ocorrendo por perfil de crédito e renda, e não por desistência do cliente". Segundo Hermolin, como a PDG está recuando em diversas praças do país - a construtora já atuou em 57 cidades e hoje está em pouco mais de 20 - o número de rescisões é alto e esse dado não é informado, pois “seria distorcido".

Advogado alerta 
O advogado Marcelo Tapai lembra que, mesmo que o contrato preveja devolução ínfima dos valores em caso de rescisão, os direitos do comprador são amparados pelo Código de Defesa do Consumidor e há um montante a ser devolvido:

- O consumidor tem o direito de desistir do negócio e receber de volta um percentual em torno de 90% de tudo o que pagou, corrigido monetariamente e pago em única parcela.

(O Globo - Economia - Imóveis - 12/10/2014)

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3 comentários:

  1. Ótimo artigo! Já estou seguindo seu blog e lhe convido para seguir o meu: www.imoblognews.blogspot.com.br
    Seu blog já está na minha lista de recomendações.
    Abç

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    1. Esses corvos estão cada vez mais sem noção alguma.

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  2. O que será que sustenta a avidez de pais e mães, filhos e irmãos na viciante busca pelo dinheiro? Não serei hipócrita, também faço parte deste grupo e adoro o barato proporcionado por ele. Durante 5 anos acumulei algum patrimônio, algo que me deixava confortável e fazia acreditar que estava no caminho certo para a indepência financeira, tinha a certeza que dentro de mais uma década poderia oferecer a tão sonhada vida confortável para todos da família, era uma ótima previsão até o destino alterar as regras do jogo. Acabei perdendo 99,8% de tudo, não falo somente do dinheiro, perdi tempo, viajens, sorrisos, novas amizades, amores possíveis e impossíveis, histórias e experiências singulares, tudo em prol de um futuro seguro e pago com o distanciamento, a indiferença, ausências e arrependimentos...

    CONTINUA: http://campodebatalha1.blogspot.com.br

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