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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Gazeta do Povo: Devolução de imóveis dispara. Aumento chega a 76%

No comparativo com o terceiro trimestre de 2013, o crescimento no período foi de 76% no volume de contratos desfeitos, que passaram de R$ 176 milhões para R$ 311 milhões

A acomodação pela qual passa o mercado imobiliário e o cenário difícil da economia nacional trouxeram mais uma preocupação para a rotina das construtoras. Depois de um período em que ficou difícil vender, que em nada lembra o ritmo desenfreado dos anos anteriores, as empresas precisam lidar com um mercado que está devolvendo imóveis negociados.

Os balanços das construtoras até o terceiro trimestre deste ano mostram que o volume de distratos no país vem crescendo em grande parte delas, com porcentuais que ultrapassam os 50%, em alguns casos. Isso tem reflexos sobre os valores represados em estoque e nas estratégias para readequar ou adiar os novos lançamentos e agilizar a revenda das unidades devolvidas. 

Os distratos têm uma participação, mas não são o único fator para as promoções. Se a construtora rescinde um contrato, precisa colocar a unidade novamente no mercado e, às vezes, o preço diferenciado acaba acontecendo, diz o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Selig.

Distratos chegam a 76%
Entre as empresas analisadas, a construtora Rossi é a que apresenta as maiores taxas de rescisão de contratos em 2014. No comparativo com o terceiro trimestre de 2013, o crescimento no período foi de 76% no volume de contratos desfeitos, que passaram de R$ 176 milhões para R$ 311 milhões. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o índice aumentou 60%, com a soma dos valores distratados chegando aos R$ 752 milhões.

No caso da MRV Engenharia, outra empresa de capital aberto, a alta nos distratos foi de 32,9% no acumulado dos primeiros nove meses de 2014, passando de R$ 791 milhões para R$ 1 bilhão no comparativo com o ano passado. 

Trimestre para esquecer
Marcado por um cenário econômico que sofreu o impacto da Copa do Mundo e as eleições, o terceiro trimestre foi de aumento no porcentual de distratos mesmo para algumas empresas que conseguiram reduzir a margem no acumulado do ano.

A Gafisa, por exemplo, teve decréscimo de 12% no volume de contratos desfeitos nos primeiros nove meses de 2014, mas viu dobrar o número de rescisões terceiro trimestre do ano.

2015: Analistas pessimistas. Entidades do setor otimistas
Os rumos que a economia do país irá tomar no próximo ano devem ter reflexos diretos sobre o mercado imobiliário como um todo. Bruno Oliva, economista da Fipe, diz que se a economia voltar a aquecer, a situação não será calamitosa. Mas, mesmo assim, o mercado não deve reviver os números dos últimos anos. Os sinais vindos do governo federal ainda são dúbios. Não sabemos o que a equipe econômica vai fazer, nem se terá liberdade para isso, diz.

Na avaliação do economista Samy Dana, o mercado imobiliário de 2015 deve ser uma réplica do vivido neste ano, com muitos descontos, vendas em baixa e ajustes suaves no preço dos imóveis. Se bater o desemprego, o que pode acontecer, os distratos irão aumentar bastante, pois as pessoas não terão mais condições de pagar os financiamentos, acrescenta.

As entidades do setor, por sua vez, estão otimistas para o próximo ano. Gustavo Selig, presidente da Ademi-PR, projeta um ano melhor para o mercado em 2015, com redução do nível de distratos. 2014 foi um ano turbulento na economia como um todo, não só para o mercado imobiliário. A estabilização da economia vai trazer melhorias, que terá reflexos sobre a diminuição do número de rescisões, prevê.

(Gazeta do Povo - Economia - 16/12/2014)

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8 comentários:

  1. Basta esse trecho para ter a noção de que estão blefando: "A estabilização da economia vai trazer melhorias, que terá reflexos sobre a diminuição do número de rescisões"

    "inflação atingirá pico no 1º tri de 2015" - UOL
    "Dólar sobe 2% e passa de R$ 2,70 pela 1ª vez em 9 anos; Bovespa cai"

    Certamente se recuperará, já estou vendo pessoas que compraram chorando devido a ter sacrificado todas as economias, FGTS, poupança, investimentos... e ver tudo ir por água a baixo.

    Esse mercado é muito nojento, tenho aversão a alguns corretores, sempre querendo aplicar golpes, agora com a economia em baixa vão ter que vir se arrastando aos pés dos compradores se quiserem comer arroz ou feijão, do contrário passarão fome.

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    1. Certíssimo...
      Foi uma expeculação nojenta e abusiva.

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  2. Construção civil ficará estagnada em 2015, avalia CNI
    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a construção civil ficará estagnada em 2015. A previsão está no "Informe Conjuntural", que contém as projeções da entidade patronal para o próximo ano, documento divulgado nesta terça-feira (16) pela confederação. "Os indicadores de expectativa do setor não apontam sinais de reversão no atual quadro de desaquecimento", avalia o documento. Além disso, continua a publicação, a indústria de transformação deve avançar 0,8% em 2015, atrás dos serviços industriais de utilidade pública, que crescerão 1,7% de acordo com a CNI, e a indústria extrativa, que avançará 2,5%.

    Já estou vendo tudo.... Corretores é melhor procurarem outro emprego.

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    1. Perfeito, profissao esta em extincao.provavelmente no futuro proximo, sera apenas avaliador e olha la.

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  3. Daqui pra frente imóvel só por necessidade, investimento já era !!

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  4. Recuperacao a curto prazo,nao existe.O pais esta estracalhado em sua economia,sem poupanca,endividados,desempregados em breve,desindustrilizacao .Estamos em recessao ja,TEM BOLHA EM TUDO,AUTOMOVEL,IMOVEL,ALIMENTACAO,INFLACAO, ETC. RESUMINDO : OU COME OU PAGA PRESTACAO.
    Portanto se meter em dividas a perder de vista, e ruim hein....Ira ter omovel de graca e ninguem vai querer. e isso sera por um longo,longo periodo.

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  5. Eu monitoro o valor dos imóveis, a cada dia está mais caro, não está tendo descontos no Rio de Janeiro, a solução adotada por mim vai ser mudar de cidade, jamais aplicaria meu dinheiro nesse monte de lixo que estão vendendo por ai, cada imóvel desinteressante.

    Tem um detalhe, tem imóveis que irão fazer aniversário no Bom negócio, Zap imóveis.... É cada lixo anunciado e o preço totalmente fora da realidade até mesmo quando comparado com imóveis em regiões mais valorizadas com melhor infra-estrutura, o recurso que eles adotam é deixar o preço próximo, porém um pouco mais baixo, cerca de 10 a 15 mil Reais, porém não tem nem comparação entre diversas áreas.

    Sugiro que procurem imóveis em outras cidades, até mesmo as cidades satélites , está muito mais convidativo.

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  6. A reportagem fala que o valor tital de distratos aumento. Esse numeros nao são relacionados com o valor total vendido? Pq se as vendas cairam e o numero distratos aumentou, a relaçao de distratos/vendas aumentou muito mais di que a reportagem fala.

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