"O ano de 2014 foi completamente atípico. Temos de passar o apagador e esquecer que este ano existiu" - Plínio Serpa Pinto, presidente da Brasil Brokers
A Brasil Brokers, segunda maior empresa de corretagem
imobiliária do país, pretende concluir, até o fim do ano, a definição dos
mercados em que deixará de atuar. Neste ano, a rede de imobiliárias fechou 22 lojas, a
maioria desde que o novo presidente, Plínio Serpa Pinto, assumiu o cargo, no
fim de abril, já com foco na rearrumação da casa. Outras três lojas serão
fechadas até o fim do ano. A empresa abriu seis pontos de vendas em 2014.
"A conclusão do primeiro ano do meu mandato, em abril, será
suficiente para uma boa remodelada da companhia", diz Pinto.
A "obsessão" em corte de custos faz parte do perfil do
executivo, mas se torna mais necessária no atual momento do país e do setor
imobiliário e de queda de lançamentos e vendas da Brasil Brokers. A companhia
estima queda de 16% nos lançamentos de sua intermediação neste ano em relação a
2013 e redução de 25% nas vendas de imóveis primários (incluindo
comercialização de lançamentos e estoques).
Momento de
"austeridade completa"
"O
ano de 2014 foi completamente atípico. Temos de passar o apagador e esquecer que
este ano existiu", diz Pinto, se referindo a fatores como o calendário de
eventos, com Carnaval tardio, Copa e eleições, e a piora da economia. "Não
é um problema só do mercado imobiliário e da Brasil Brokers, mas o país viveu
um ano extremamente turbulento."
O momento é de "austeridade completa", de acordo com o
presidente, com fechamento de lojas, diminuição do quadro de funcionários,
redução dos valores de locação pagos pela Brasil Brokers nas áreas ocupadas,
corte de despesas de marketing e medidas para reduzir despesas do dia a dia.
A primeira rodada de fechamento de lojas focou situações em que
havia unidades sobrepostas cujos resultados eram considerados satisfatórios.
"Estamos terminando a análise das cidades. Podemos trabalhar com pouco
lucro em algumas cidades, mas prejuízo é inadmissível", diz Pinto. A
Brasil Brokers substituiu alguns gestores e, nos casos em que optar sair da
cidade, poderá vender a participação nas lojas para os antigos proprietários ou
fechar unidades.
Ao projetar a queda de 16% no Valor Geral de Vendas (VGV)
lançado no ano, a Brasil Brokers considera que uma parcela dos projetos não
deve ser apresentada ao mercado. Mas, ainda assim, de acordo com o executivo, o
quarto trimestre marca o início da inversão da tendência das incorporadoras
apostarem mais na venda de estoques do que de lançamentos. "A própria
redução da oferta regulou os estoques."
Culpa das
eleições
Em relação
a 2015, o executivo espera um ano "menos sofrido, sem os episódios de
2014". "Espero que seja um ano normal", afirma Pinto. O
executivo ressaltou que, para produtos bem localizados e com preço adequado, há
mercado. "De agosto para cá, houve uma melhora. Setembro foi ótimo, houve
queda do desempenho em outubro por causa das eleições, e novembro foi muito
bom", afirma.
(Valor Econômico - Empresas - 01/12/2014)
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Eles procuraram essa situação inflando os valores. Estou a procura de um apartamento, no Rio de janeiro tem muito imóvel deplorável, caindo aos pedações, em locais próximos a comunidades carentes que corretores e proprietários ACHAM que vale o absurdo que estão pedindo. Apartamentos na Avenida Brasil, um BNH, sem absolutamente nada, próximo a poluição, barulho de buzinas, estacionamento de parqueamento, mais de 180 mil nisso, NUNCA daria nem 100 mil Reais, pois a 5 anos atrás este tipo de imóvel custava 60 mil Reais se muito.
ResponderExcluirCheguei a visitar com corretores alguns imóveis, cada lixo, mesmo na faixa de 300 mil Reais, a maioria próximo a lugares perigosos e uma vizinhança bem esquisita, bastava olhar e automaticamente vc não iria querer comprar.
O pior de tudo são as construções novas, incrivelmente pequenas, algumas com metragem de 35m², rodeado de favelas, área com alto índice de criminalidade e custando mais de 200 mil reais...
É melhor deixar o dinheiro aplicado e comprar um imóvel em outra cidade com infra-estrutura e mais tranquila
Depois não entendem o porquê do mercado estar deste jeito.
Porque não baixam os preços dos imóveis antes de começarem a cortar cabeças. Crise instalada devido a preços inacessíveis a maioria da população e no primeiro momento de crise já demitem.
ResponderExcluirMINHA CASA MINHA DÍVIDA mandou um abração um boas festas e um feliz 2015
ResponderExcluirCerto todos os que postaram.
ResponderExcluirVejam que pelo menos nesta reportagem alguem cedeu.
No último parágrafo ele diz "...e com preço adequado, há mercado".
Preço adequado = o valor de 2005/7, por ai, corrigido pela inflação.
Mas parece que a industria da construção preferiu o caminho mais dificil.
Eu não estou entendendo. Tinha uns caras do setor imobiliário que vinham aqui e escreviam que não havia nada de novo. Agora parece que sumiram. Tomara que não tenham sido demitidos.
ResponderExcluirA questão é que infelizmente ainda não dá pra morar dentro do prédio do banco onde o senhor investr seu dinheiro, meu senhor...
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