O presidente da Tecnisa, Meyer Nigri, é um dos que esperam que o mercado imobiliário seja menor no próximo ano do que em 2014
Depois de lançarem, em conjunto, neste ano, Valor Geral de
Vendas (VGV) inferior ao de 2013, as incorporadoras de capital aberto têm
demonstrado postura ainda mais cautelosa na tomada de decisões em relação aos
novos projetos a serem apresentados. A expectativa é que, no próximo ano, o
mercado imobiliário encolha ou fique do mesmo tamanho do de 2014.
A combinação de incertezas em relação à macroeconomia,
desaquecimento da demanda por imóveis e estoques elevados leva as
incorporadoras a buscarem mais assertividade nos lançamentos, e a preferir
informar capacidade operacional a divulgar metas para 2015. O discurso
recorrente das empresas do setor tem sido que a decisão do VGV a ser lançado
dependerá do cenário econômico e do mercado.
"No começo do ano, haverá mais dificuldade em função dos
ajustes que serão feitos, mas há possibilidade de recuperação no segundo
semestre. Na soma, o mercado imobiliário ficará estável", afirma o
diretor-executivo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias
(Abrainc), Renato Ventura.
Queda nos
lançamentos
Em relação
a 2014, empresas como PDG Realty, Rossi Residencial e Trisul já informaram que
vão fechar o ano com menos lançamentos do que em 2013. Até setembro, o conjunto
dos lançamentos das incorporadoras de capital aberto somou R$ 14,4 bilhões,
11,1% abaixo do acumulado de nove meses de 2013. A queda foi ainda maior se
considerado somente o terceiro trimestre, com retração de 30,9%.
No caso da Trisul, há capacidade para retomar os patamares de
lançamentos de até 2010, ou seja, superiores ao registrado em 2014. O quanto
será lançado em 2015 dependerá, porém, segundo o presidente da Trisul, Jorge
Cury, da aceitação dos produtos e de a empresa conseguir parceiros para
desenvolver imóveis nos terrenos que possuem perfil de baixa-renda. A Trisul
vai fechar este ano com lançamentos de R$ 237 milhões, 41,5% inferior ao VGV do
ano passado.
Os lançamentos da Rossi terão queda de 21% em 2014, para R$ 750
milhões. A empresa teria planos de lançar mais em 2015 do que neste ano,
segundo o diretor superintendente, Leonardo Diniz, se não fosse o atual cenário
econômico. A Rossi caminha para ter capacidade de lançamentos de até R$ 2,5
bilhões, conforme Diniz, mas a velocidade com que esse patamar será alcançado
vai depender das condições do mercado. Ele avalia que o mercado imobiliário
ficará estável ou crescerá um dígito em 2015.
Mercado menor em 2015
Já o
presidente da Tecnisa, Meyer Nigri, é um dos que esperam que o mercado
imobiliário seja menor no próximo ano do que em 2014. Segundo ele, a
incorporadora aguarda a melhora das condições de mercado para voltar a lançar
projetos conforme sua capacidade. "Vamos lançar aquilo em que
acreditarmos. Chega de lançar por lançar", disse Nigri, recentemente, em
evento para analistas e investidores.
No início do mês, o diretor financeiro e de relações com
investidores da Even Construtora e Incorporadora, Dany Muszkat, disse que a
tendência é que o mercado imobiliário em 2015 seja parecido com o deste ano.
Muszkat se referiu ao próximo ano como uma "incógnita", em função das
mudanças na equipe econômica do governo, que influenciam a credibilidade na
economia e a confiança do consumidor.
Durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o
co-presidente da Cyrela, Raphael Horn, disse, em teleconferência, acreditar
que, em 2015, o mercado será semelhante ao deste ano.
A EZTec tem capacidade para dobrar lançamentos em 2015, conforme
o diretor financeiro e de relações com investidores, Emilio Fugazza. Mas
enquanto não for possível ter "visibilidade no plano econômico, não será
possível fazer um planejamento estratégico", segundo ele. De acordo com
Fugazza, a decisão em relação a lançamentos será tomada produto a produto.
A MRV Engenharia espera que seus lançamentos no próximo ano
sejam semelhantes aos de 2014. Segundo o co-presidente da MRV, Rafael Menin, a
perspectiva de a companhia ganhar participação, com menos atuação da
concorrência na produção para a baixa renda, tende a compensar a "provável
redução do tamanho do mercado". O executivo reiterou que os lançamentos da
MRV neste ano vão superar os de 2013.
A Rodobens Negócios Imobiliários estima lançar, em 2015, VGV em
linha com o deste ano, e se prepara para a possibilidade de melhora do mercado
a partir de 2016, segundo o presidente da empresa, Marcelo Borges. Conforme o
executivo, o mercado estará mais seletivo no próximo ano e, em conjunto, o
setor lançará volume menor devido aos esperados ajustes na economia e aos
estoques elevados.
Queima de
estoques será prioridade
A queima
de estoques será prioridade em relação a lançamentos para a Helbor. "Se
tivermos de não fazer lançamentos em 2015 para vender estoque, é isso que
iremos fazer", disse o diretor de vendas, Marcelo Bonanata, em evento para
investidores e analistas. A Helbor espera terminar este ano com estoque
semelhante ao registrado em 2013, de 1.538 unidades.
Os estoques cresceram em 2014, como consequência do elevado
volume de entregas e aumento dos cancelamentos de vendas, os chamados
distratos. Há perspectiva que o volume de entregas em 2015 seja inferior ao
deste ano, o que tende a resultar em menos distratos e menor pressão sobre
estoques.
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Quero que corretores passem fome !!!! Uma amiga do trabalho me disse que pagou 15 mil a imobiliária , pois conseguiu o contato do proprietário do imóvel e o valor pedido era 150 mil e cobraram 165 Mil, isso devido a ela ter reclamado a época, 2 anos atrás, o valor inicial era 185 Mil que essa cambada de lixo queria extorquir. Lamentável !!!
ResponderExcluirEstive num empreendimento que o cara teve a cara de pau de dizer que iria me cobrar 10 mil Reais de taxa de corretagem, quero que esses caras vão para o inferno, por causa deles fica essa palhaçada de qualquer cubículo no pior lugar do Brasil custar o que custa.
Eu não negocio com Corretores, somente direto com o proprietário, sai muito mais em conta, basta se informar muito bem sobre como proceder, tudo muito mais rápido e sem o custo absurdo
ELES NUNCA FALAM EM BOLHA IMOBILIARIA,MAS TODOS NOS SABEMOS QUE ELA EXISTE E JA ESTOUROU.
ResponderExcluirQUEREMOS NO MINIMO 100% DESCONTO NOS BOLHUDOS,SENAO VAO FICAR DESABITADOS PARA SEMPRE,POIS NINGUEM EM SA CONSCIENCIA VAI ENTRAR NESSA CANOA FURADDA, E SEM AGUA PRA NAVEGAR.
Estava procurando imóvel na cidade do Rio de Janeiro, mas mudei meus planos, o valor do condomínio dos novos empreendimentos estão muito caros, 450 foi o mínimo, vocês deveriam ver o prédio, um apartamento bem pequeno, com um piscina pequena, o carro ficava no tempo, não tinha elevador num prédio de 5 andares, praticamente é um aluguel eterno que você tem que pagar, fora as despesas com IPTU e prestações do financiamento de um imóvel de 45M² no subúrbio que custa 350 Mil Reais.
ResponderExcluirEu como Servidor Federal estarei pedindo transferência para outra cidade, recomendo a todos que façam isso.
Realmente um absurdo, aqui em minha cidade tem Ap com 130 M nesse preço, isso com pilotis, 2 vagas de carro, 2 piscinas, 2 elevadores, sauna, 4 banheiros sendo 2 suites, o condomínio na faixa dos R$ 450,00, e tem mais, apenas dois ap's por andar;
ExcluirEstamos assistindo uma grande crise se instalando aos poucos, pequenas lojas fechando as portas, grande perda do poder aquisitivo devido às altas tarifas públicas e gêneros alimentícios nas alturas, crédito aos poucos ficando escasso e por consequência o dinheiro sumindo, isso é que chamo de "tempestade perfeita". Ai fica a mídia, comprada, escondendo os gravíssimos problemas no Brasil. No que vai dar tudo isso ?? Veremos e aconselho; fechem as carteiras por um tempo pois os frutos virão ! O carro, televisor, geladeira e etc. comprados tempos atrás estão em ordem servindo então pra que comprar novamente, é por ai meu raciocino, até logo.
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