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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Gazeta do Povo: Crise imobiliária atinge setor de locação de lojas

Contribuição do leitor André Luiz Aguiar
“O porcentual (de reajuste dos aluguéis) bem abaixo da inflação reflete a lei da oferta e procura, que obriga os proprietários a segurar os preços e negociar mais”, acrescenta Tomazini
A oferta de lojas à espera de novos negócios cresceu 9% de janeiro a novembro em Curitiba. Os dados são do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), ligado ao Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).
Copa, a eterna culpada
Eventos como a Copa do Mundo e as eleições e o ano difícil da economia nacional, que levou ao fechamento de negócios e à entrega dos pontos comerciais, são apontados como as principais razões para o aumento da oferta.
“O setor imobiliário acompanha muito o que acontece no cenário econômico nacional. O setor de serviços e varejo não foi bem e cresceu pouco em 2014, em torno de 2%, enquanto em anos anteriores esse crescimento chegava aos 7%. O varejo está sentindo essa esfriada, e, com isso, a locação dos espaços comerciais vai ficando mais fraca”, explica Lucas Dezordi, coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade Positivo (UP). O economista lembra que o aluguel é um dos custos fixos mais significativos sobre o orçamento das empresas, podendo corresponder a 15% da receita do negócio, em alguns casos.
Assim como ocorreu com os conjuntos comerciais, aumentou, ao longo do ano, o tempo médio para a locação das lojas. Entre janeiro e novembro, o acréscimo foi de sete dias corridos, mantendo acima dos quatro meses o prazo para que os proprietários vissem os imóveis ocupados. 
Retorno muito abaixo da inflação
O acréscimo da oferta, somado ao maior tempo para a locação dos imóveis, fez com que o reajuste do valor do aluguel ficasse em 2,53%, menos da metade da inflação registrada no período (5,6%). “O porcentual bem abaixo da inflação reflete a lei da oferta e procura, que obriga os proprietários a segurar os preços e negociar mais”, acrescenta Tomazini.
Para os locatários, este é um momento oportuno, uma vez que a maior disponibilidade de imóveis favorece a pesquisa e a opção pela melhor oferta, lembra Dezordi, da UP.
(Gazeta do Povo - Imobiliário - 31/12/2014)
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