Mas basta olhar para placas de “vende-se” espalhadas para perceber que elas têm ficado lá por mais tempo, confirmando que o volume de imóveis encalhados é ainda mais alto
Com
preços nas alturas e crise na economia, as vendas de imóveis já não estão mais
tão aquecidas como antigamente. Levantamento da Câmara do Mercado Imobiliário e
do Sindicato da Habitação (CMI/Secovi-MG) indica queda de 2,06% nos dez primeiros meses
do ano passado. Mas basta olhar para placas de “vende-se” espalhadas para
perceber que elas têm ficado lá por mais tempo, confirmando que o volume de
imóveis encalhados é ainda mais alto. Hoje, a velocidade de vendas está três
vezes menor do que há cinco anos.
Apenas 7% dos imóveis colocados à venda foram vendidos
De
acordo com levantamento da economista do Sindicato da Indústria da Construção
Civil (Sinduscon-MG), Ieda Vasconcelos, em 2010, a cada cem imóveis colocados à
venda, cerca de 22 eram vendidos. Em 2014, o ritmo foi de um pouco mais de sete
unidades. A pesquisa usou a média geral dos períodos de janeiro a outubro.
"Os
preços estão absurdos, e as pessoas, sem dinheiro"
Na
rua Pouso Alegre, uma das principais vias do bairro Floresta, na região Leste
da capital, há uma concentração de casas, apartamentos e pontos comerciais a
serem negociados. Dono de um bar nessa rua há 12 anos, Sheik Baklim, 64,
observa como a oferta de imóveis para vender ou alugar tem crescido. “A casa ao
lado está há pelo menos três anos com a placa “vende-se”, e a da frente está na
mesma situação há um ano. Os preços estão absurdos, e as pessoas, sem
dinheiro”, afirmou Baklim.
“Já estive com um apartamento no bairro Santo Agostinho que demorou muito para ser vendido. O dono, que pediu R$ 1,2 milhão, acabou vendendo por R$ 900 mil, três anos depois”
“Já estive com um apartamento no bairro Santo Agostinho que demorou muito para ser vendido. O dono, que pediu R$ 1,2 milhão, acabou vendendo por R$ 900 mil, três anos depois”
Com
a oferta alta e a demanda baixa, a corretora da empresa Era Imóveis, Carla
Vieira, 36, alerta que nem sempre é um bom negócio deixar o imóvel parado por
muito tempo. Segundo ela, os proprietários que não abrem mão do preço podem
perder dinheiro. “Já estive com um apartamento no bairro Santo Agostinho que
demorou muito para ser vendido. O dono, que pediu R$ 1,2 milhão, acabou
vendendo por R$ 900 mil, três anos depois”.
Para
não encalhar os imóveis, a aposentada Margareth Oliveira, 62, que possui
algumas propriedades alugadas, afirma que o jeito é negociar os preços. Ela tem
atualmente uma casa também na rua Pouso Alegre, disponível há cerca de dois
meses, mas não teme a demora. “Sou adepta da negociação. Sempre tenho uma
margem para que o imóvel não encalhe”, disse.
Os
levantamentos da venda de imóveis da CMI/Secovi e do Sinduscon-MG são feitos em
parceria com o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativa (Ipead-UFMG)
(Jornal O Tempo - Capa - Economia - 16/01/2015)
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ISSO CHAMA-SE: RECESSAI PARA BOM ENTENDOR.
ResponderExcluirAquele Ministro da Fazenda do PT acabou de informar que IOF ( Imposto sobre operações financeiras ) vai subir de 1,5% para 3 % .
ResponderExcluirComprar imóvel financiado vai ser "doloroso".... Aguardem as cenas dos próximos capítulos..
ENCALHADOS PARA 20 ANOS DE VENDAS.FORA OS DISTRATOS QUE VOLTAM AO ESTOQUE POR NEGACAO DE FINACIAMENTO.
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