"É praticamente nada, esse resultado mostra que o mercado está parado aguardando uma modificação do cenário econômico. Não acredito que a gente tenha daqui para frente um mês tão ruim como esse"
Em meio às incertezas na economia e política, as construtoras e
incorporadoras colocaram ainda mais o pé no freio no mês de fevereiro. Na
cidade de São Paulo, apenas 171 unidades residenciais foram lançadas no
período, o menor número já registrado em um mês desde 2004, quando começa a
série histórica do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
"É praticamente nada, esse resultado mostra que o mercado está parado
aguardando uma modificação do cenário econômico. Não acredito que a gente tenha
daqui para frente um mês tão ruim como esse", afirma Flavio Amary,
presidente do Secovi-SP.
As vendas atingiram 836 unidades, uma queda de 12% em relação a janeiro,
mas um avanço de 14,2% na comparação com fevereiro de 2015. "Essa alta se
deve muito mais a um esforço de vendas a condições mais vantajosas do que a um
aumento da procura pelos consumidores", afirma Amary.
Apesar do avanço nas vendas em relação a fevereiro do ano passado, não dá
para dizer que o mercado imobiliário está operando em um ritmo mais rápido do
que nos anos anteriores. Nos últimos 12 meses, foram vendidas 20.465 unidades,
o que representa 21,7% de queda em relação aos 12 meses anteriores. No mesmo
intervalo, o volume de lançamentos atingiu 21,2 mil unidades, uma retração de
37,3%.
Essa combinação entre baixo número de lançamentos e tentativa de destravar
as vendas por meio de descontos fez com que caísse levemente o estoque de
imóveis disponíveis. Em fevereiro, a capital paulista uma oferta de 26.083
unidades, abaixo da média de 27 mil dos 12 últimos meses.
Ciclo de descontos
O forte ajuste do mercado imobiliário ainda não tem data para acabar. Mas
Amary, presidente do Secovi-SP, aponta as perspectivas para o médio e longo
prazo.
Se houver retomada da confiança dos consumidores e empresas, ele acredita
que esse ciclo de descontos no mercado imobiliário, principalmente nas compras
à vista, pode se encerrar.
Números negativos
O retrato de São Paulo, principal mercado imobiliário, é uma amostra do
que acontece nas demais regiões do País. Dados de 19 incorporadoras de
abrangência nacional, levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) e a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias
(Abrainc), mostram que, no trimestre encerrado em janeiro, houve recuo de quase
15% nos lançamentos na comparação com o mesmo período do ano anterior, para
19,4 mil unidades.
Já as vendas apresentaram retração de 16,6% e atingiram 24,3 mil imóveis.
O estoque - a oferta final de imóveis - atingiu 111,6 mil unidades. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(IstoÉ Dinheiro - Notícias - Economia - 18/04/2016)
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Financiamento vai acabar,portanto poupem...pois irao achar bolhudo a preço de bananas....
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