O setor de construção civil leve fechou 2012 com queda nas
contratações e uma remuneração variável até 30% menor do que o planejado no
Brasil. A construção leve engloba todos os empreendimentos imobiliários, como
casas e edifícios, obras que não são de infraestrutura.
O resultado é um reflexo da desaceleração econômica e do fraco
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, que deve ficar em
1%, segundo o boletim Focus do Banco Central.
Essa é a conclusão do estudo realizado com 23 grandes empresas e elaborado pela consultoria internacional de negócios Hay Group. O levantamento, obtido com exclusividade pela Folha, aponta que os engenheiros foram os principais afetados pela estagnação do ano passado no segmento e tiveram queda salarial em dois níveis de 2011 para 2012.
O estudo mostra que a remuneração variável dos engenheiros, que inclui
bônus e participação nos lucros das organizações em 2011, também deixou a
desejar. Enquanto as empresas esperavam pagar 2,6 salários-base a engenheiro sênior em
remuneração variável, foi pago 1,8 salário em média.
Segundo Alexandre Pacheco, gerente do Hay Group, a redução da
remuneração variável se deve à desaceleração econômica iniciada em 2011.
"A PLR [participação nos lucros] é atrelada aos resultados financeiros da
companhia", explica.
Perspectivas
De acordo com o último balanço do Sinduscon, foram fechadas 42,7 mil vagas no país em
novembro, e mais 101,7 mil em dezembro. "Isso reflete um cenário de retração dos investimentos. Será
preciso um esforço redobrado do governo para estimular a atividade econômica em
estreita articulação com a iniciativa privada", afirma Sergio Watanabe,
presidente do Sinduscon.
(Folha de S. Paulo - São Paulo/SP -
MERCADO - 02/02/2013 - Pág. B7)
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Modelo de crescimento do governo mostrando sinais de esgotamento.
ResponderExcluirOu, de forma mais genérica:
ExcluirKeynesianismo se mostrando um fiasco.
Pobre Paulista
Isto já era esperado. O governo não ataca os pontos críticos: custo brasil, investimento e infraestrutura. Estimula sim o endividamento, que está chegando no limite. A gastança estimulada gera inflação e piora as contas externas (cresce importação). O indicado é aumento da SELIC, redução do gasto público e da carga tributária visando reduzir a inflação e estimular o investimento. Ocorre entretanto q já se iniciou a campanha presidencial e medidas impopulares não são bem vindas. Implementá-las só em 2015 pode ser tarde demais. Celio
ResponderExcluirOlá pessoal, queria entender, acabei de ler uma matéria no jornal Odia dizendo que financiamento de casa própria bate recorde e que o mercado está em alta, qual é o verdadeiro Cenário? Falamos em crise, que acredito, mas aqui onde moro na Penha acabam de lançar uma construção com grande número de unidades e com valor de 300 mil e já quase tudo vendido, quando será que vou conseguir comprar a preço justo? Continuo acompanhando.
ResponderExcluirDaniel Vicente
Caro Daniel Vicente, jornal O Dia??? Se ainda fosse um Valor Econômico, Estadão, Folha...desculpe, mas qual a credibilidade de um jornaleco desses??? Enquanto isso, os jornais que citei vêm divulgando um cenário cada vez pior (basta ver as informações do blog). E quanto ao verdadeiro cenário, basta ver o balanço das construtoras, os números dos Sinduscons e Secovis, além do aumento de placas de "vende-se" e "aluga-se".
ExcluirNo Brasil, existem milhares de empreendimentos anunciados como "100% vendidos", e que já estão prontos há 3, 4 anos, com muitas unidades à venda. A desculpa das construtoras: imóveis devolvidos por distratos (leia-se retomados ou devolvidos por falta de pagamento dos "pseudoinvestidores"), além daqueles que nunca foram vendidos. Essa é mais uma, da inúmeras "estratégias sujas" do mercado de construção.
Quanto ao empreendimento citado, faço a você um desafio: envie o endereço e o nome da construtora que vou provar a você que essa informação de "quase trudo vendido" é mentira!
Aqui em Belo Horizonte, já se encontram imóveis anunciados (não vendidos) por 20, 30% do valor anunciado em 2011...e isso é só o começo.
Fábio Martins
Para esclarecimento do Daniel, cabe meu relato do que aconteceu comigo ha poucos dias:
ExcluirEu gosto de trolar corretores que ficam me enviando "oportunidades unicas", sabem como é neh, sou sádico...haha
Esses dias recebi um e-mail bomba de um empreendimento unico numa pequena cidade do interior de SP, cujo apto mais barato, 1º andar está sendo ofertado por 1,6 milhoes.
Analisando o espelho de vendas (anexo), percebi que o apto do 1º e 2º andares estavam com legenda "disponivel" (em branco), do 3º e 4º andares com legenda "em analise" (em amarelo) e do 5º até o 23º como "bloqueado" (em vermelho). Pois bem, respondi ao corretor perguntando se os vermelhos significavam que os aptos estavam vendidos e ele respondeu que sim, estavam vendidos, por isso constavam como bloqueados.
Não aguentei... Pensei, como um empreendimento cujo apto mais barato é 1,6 milhoes, numa pequena cidade do interior de SP, onde a renda é fruto de peoes de fabrica e comercio pode ter sido vendido no pré lançamento antes mesmo de haver um unico tijolo? Estranhei e resolvi partir para o esculacho!
Envivei outro e-mail agradecendo a oportunidade, mas eu queria mesmo a cobertura (de 2 milhoes), mas ja que estava vendida eu esperaria outra oportunidade de lançamento equivalente na regiao para comprar. Salientei que preço não era problema, eu queria mesmo era a cobertura.
No dia seguinte, espantosamente, o corretor me enviou e-mail dizendo que estava na construtora e que havia acabado de ser disponibilizada a cobertura devido ao não acordo de preço entre proponente e construtor...
Tronei a enviar e-mail questionando o porque de divulgarem um espelho de vendas com apartamentos bloqueados se o martelo ainda não foi batido e a venda definitivamente concretizada, e adicionalmente o porque entao de haver outro item da legenda como "em analise". Não seria mais sensato deixar em analise até que a venda fosse concretizada e não divulgar imoveis como bloqueado a fim de ludibriar os possiveis compradores mostrando uma conjuntura de mercado que não existe?
Resposta do corretor: Silencio.
Ass: charles
Boa demostração amigo, estamos vendo que existe uma mídia totalmente comprada, porque ninguém divulga índice de inadimplência? E imóveis anunciados novos no Recreio dos Bandeirantes pronta entrega? Vou acompanhar o mercado, enquanto isso vou me capitalizando, acredito que em um ano por ai o mercado já entre em colapso e eu possa tirar meu dinheiro do bolso e comprar o que é justo. Obrigado pelas respostas!
ResponderExcluirDaniel Vicente
Li uma matéria do jornal Oglobo de 2007, onde um especialista financeiro que atuava em NY dizendo que no Brasil não haveria crise imobiliária, devido ao sistema de concessão de crédito Brasileiro ser engessado e burocrático por hora, hoje em 2013 a situação mudou, governo está dando crédito como se fosse Bolsa Família, qualquer "pé rapado" está comprando um apertadinho pra pagar em 30 anos, quero ver onde vai dar essa matemática, e quem realmente teria condições de comprar, migrando para compras mais caras achando que a valorização vai continuar infinitamente. Vai ter muita queda do cavalo. E quem paga essa conta somos nós mesmos.
ResponderExcluirDaniel Vicente
Uma breve reflexão:
ResponderExcluirNós, pessoas que estão acostumadas a poupar temos que refletir sobre isso. Sabemos muito bem que o ato de poupar é diretamente relacionado a renúncia de consumir/comprar coisas que desejamos e abdicar de usufruirmos de lazer, viagens etc...
Essa renuncia implica em grande esforço e requer muita disciplina que, na maioria dos casos, justifica-se por visar atingir um objetivo futuro.
Concluimos então que esse tipo de pessoa não entrega suas economias tão facilmente, pois dá valor ao seu dinheiro.
Diferentemente de tudo que escrevi acima, existem pessoas que estão penhorando seu futuro antecipando o dinheiro que ainda vão ganhar ao longo de 30/35 anos justamente por não darem o devido valor a um montante que até então não foi preciso fazer nenhum esforço para consegui-lo.
Como diz o ditado popular: O que vem facil, vai facil!
São exatamente essas pessoas que estavam mantendo a roda girando e a medida que forem atingindo seus limites de endividamento, a economia tende a voltar a sua normalidade.
Charles