A perda do setor foi inflada pelo prejuízo da PDG Realty, que respondeu, sozinha, por R$ 1,717 bilhão, mas quase todas as companhias apresentaram piora dos resultados. Mesmo sem considerar a PDG, o setor teria passado de lucro de R$ 198,5 milhões para prejuízo de R$ 382 milhões
A crise do setor imobiliário, que tem os distratos de vendas como o
principal problema a ser estancado, se refletiu no crescimento de dez vezes do
prejuízo consolidado das incorporadoras no terceiro trimestre, na comparação
anual, para R$ 2,099 bilhões. Com vendas brutas menores e aumento dos
distratos, a receita líquida teve queda de 40%, para R$ 3,71 bilhões no
período. A margem bruta consolidada caiu de 25,7% para 11,4%.
A perda do setor foi inflada pelo prejuízo da PDG Realty, que respondeu,
sozinha, por R$ 1,717 bilhão, mas quase todas as companhias apresentaram piora
dos resultados. Mesmo sem considerar a PDG, o setor teria passado de lucro de
R$ 198,5 milhões para prejuízo de R$ 382 milhões. As comparações dos resultados
líquidos não incluem a JHSF.
No terceiro trimestre, o setor lançou R$ 2,608 bilhões, 7% acima do mesmo período
do ano passado. Já as vendas líquidas caíram 27%, para R$ 2,441 bilhões. Sem
considerar dados da Cyrela e da JHSF não informados os distratos do setor
chegaram a R$ 2,02 bilhões, o equivalente a metade das vendas brutas do
período. De janeiro a setembro, as rescisões somaram R$ 5,763 bilhões e
corresponderam a 47% das vendas brutas.
Desde 2013, a Tecnisa teve rescisões de R$ 2,1 bilhões, o correspondente a
52% das unidades vendidas no período. "Temos de dar descontos para revender
as unidades, gerando grandes perdas", disse o presidente da Tecnisa, Meyer
Nigri ao comentar os resultados do trimestre. Na Even Construtora e
Incorporadora, o recorde de entregas no ano R$ 2,6 bilhões resulta em
distratos recordes, segundo o copresidente Dany Muszkat.
Na avaliação de analistas, em números absolutos, os cancelamentos de
vendas tendem a ser reduzidos a partir do primeiro semestre de 2017, devido ao
volume de entregas menor do que o deste ano situação esperada, por exemplo,
pela Even. Isso deve, gradualmente, ter impacto positivo na receita e no
resultado líquido do setor. Já a queda da participação dos distratos em relação
às vendas brutas depende da melhora dos indicadores econômicos.
A receita das incorporadoras é contabilizada a partir das vendas e
proporcionalmente ao avanço das obras. Como os lançamentos do setor estão em
queda desde 2012, à medida que os empreendimentos são entregues, menos obras
passam a compor a receita. Cada vez mais, a receita depende da venda de
estoque, o que torna volátil sua composição neste cenário de distratos elevados.
No terceiro trimestre, seis incorporadoras tiveram vendas líquidas
negativas como consequência das rescisões EZTec, João Fortes, JHSF, PDG,
Tecnisa e Viver Incorporadora. Com distratos de R$ 98,8 milhões, a Viver teve
vendas líquidas negativas de R$ 80 milhões. Esses fatores, somados à provisão
de estorno relativa à supressão de 88 unidades de um projeto, resultaram na
receita líquida da negativa de R$ 54,1 milhões. A Viver teve prejuízo de R$
81,3 milhões.
A concessão de descontos para estimular a comercialização das unidades que
voltaram à carteira das incorporadoras provocou piora generalizada das margens.
Neste ambiente de revenda das unidades com margens abaixo das revertidas, apenas
quatro incorporadoras tiveram, de julho a setembro, margens brutas maiores na
comparação anual.
Provisões, indenizações por atrasos e baixas contábeis também afetaram a
rentabilidade e os resultados líquidos de parte das empresas. Os ajustes de R$
1,38 bilhão feitos pela PDG, no trimestre, referentes a provisões para
contingências, baixas contábeis e revisões de orçamentos responderam por boa
parte do prejuízo de R$ 1,717 bilhão. Na Tecnisa, distratos, baixo volume de
lançamentos, indenizações por atrasos e perdas com vendas de terrenos
resultaram em prejuízo de R$ 108 milhões.
A geração de caixa pelo setor foi fortemente impactada pelos distratos e
também por volume menor de repasses, decorrente da greve bancária e de mais
rigor na avaliação da carteira de clientes pelas instituições. A maior parte
das incorporadoras consumiu caixa, com exceção de EZTec, Even, Gafisa, MRV
Engenharia e Tecnisa.
A Cyrela foi uma das incorporadoras em que as rescisões de vendas se
refletiram no consumo de caixa. No trimestre, a incorporadora queimou caixa de
R$ 225 milhões, mas a geração pode ser "muito boa", em 2017, com a
queda dos distratos, segundo o diretor de relações com investidores e finanças
estruturadas, Paulo Gonçalves. A Cyrela espera reduzir contingências por
atrasos de obras à medida que ocorrem as entregas.
O discurso de sempre
De modo geral, as incorporadoras mantêm o discurso de foco na venda de
estoques e parte delas está comercializando terrenos e projetos. A Rossi
Residencial, que está revisando sua estratégia de lançamentos para os próximos
anos, tem terrenos correspondentes ao Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de
R$ 1,7 bilhão para venda ou cancelamento do contrato de permuta.
No trimestre, a Rodobens Negócios Imobiliários (RNI) vendeu três terrenos
que seriam destinados ao segmento de malls por R$ 3,8 milhões, uma área para
incorporação na cidade de São Paulo por R$ 11,5 milhões e um projeto enquadrado
no Minha Casa, Minha Vida por R$ 2,2 milhões. A empresa tem negociações
avançadas para a venda de três projetos de incorporação na capital paulista e
de dois terrenos do segmento de malls.
Diante das vendas restritas, o corte de despesas gerais e administrativas
ainda faz parte do dia a dia das incorporadoras. No acumulado de nove meses, as
despesas administrativas da Rossi ficaram 45,3% menores do que as do mesmo
período do ano passado. A PDG reduziu o número total de funcionários em 91%
desde 2012. A Tecnisa está reduzindo a área da sede, fechando escritórios
regionais e cortando pessoal.
(Valor Online - Empresas - 18/11/2016)
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Se isso não é estouro de bolha imobiliária, eu não sei o que é bolha...
ResponderExcluirPrejuízos bilionários? Quem pagará essa conta?
ResponderExcluirQuerem vender? Vendam por preços justos dentro da atual realidade. Estou esperando esse momento para comprar.
Esperem....a crise ainda nem começou...começará em meados de 2017..
ResponderExcluirMas peraí... segundo os doutores daqui, as construtoras ganharam milhões, superfaturando os imóveis... uai... agora elas estão quebradas ???!!! Todas falidas... ñ estou entendo... muitos daqui dizem q o valor do m2 deveria ser de $1000,00, e estão vendendo, ou tentando vender a 5/8 mil... com esse tamanho de lucro as construtoras deveriam estar bilionarias... ñ vemos isso... os preços deveriam baixar drasticamente... ñ vejo isso (vejo negócios pontuais com valores entre $2,5/3,5 mil o m2... conforme muitos daqui defendem... se existisse a tal da bolha já teria estourado pessoal...abraço
ResponderExcluirDetected
ExcluirDifici argumentar com corvo analfa...
ExcluirPutz, eu desisto. Ainda é mineiro, conterrâneo meu... mas corvo é corvo em qualquer lugar do planeta kkkkkkkkkkkkk
Difícil ñ.... é que ocê ñ tem argumento... kkkkk
ExcluirCeis são tudo doutores de buteco.. kkkkkkk
O caipira, os argumentos estão nas placas de VENDE SE, DOA SE, ALUGA SE kkkkkkkkk vá voar em outro milharal corvo caipira, todos já estamos vacinados com a vacina CORVODETECT kkkkkkkkkkk
ExcluirBlog dos Doutores!! MST DETECTED!!!
ExcluirPorque tá bravim, de mimimi, mortadela...
ExcluirComprou um bolhudo e tomou na tarraqueta e agora está com um pepinão na mão?
Pagou R$500.000 e descobriu que a construtora está vendendo no mesmo prédio por R$200.000 kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Sinto muito filhote de corvo, vá vender drops no sinal para ganhar algum trocado para comprar fubá.
Porque de agora em diante para ganhar 10,00 vai ter que virar concreto meu amigo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk acabou a farra do boi.kkkkkkkkkkkkkkk LAVAGEM DE DINHEIRO EM BOLHUDOS JÁ EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
CONSTRUTORAS COM O C... NA MÃO.
PRESIDIO À VISTA..........
Tadim doceis... tudo torcendo pro pior... pq pra vcs está péssimo né... dinherin que ceis tem ñ dá pra comprar 'nem um' terrenim... kkkkkkk
ExcluirAí ficam torcendo pro pior... quem sabe baixa o preço aí da preu comprá mei terrenim... kkkkk
Bando de idiotas pessimistas... doutores de buteco... ficam lendo matérias no Google e acham q sabem de alguma coisa... atuam 'passivamente' no mercado... só com teorias de buteco e mimimimimi... kkkkk
"Aaaaiiiii... vai baixar o preço.... ñ comprem... os bolhudos... é melhor pagar aluguel... invistam seu $$ (5 conto) em LCI, CDB, VGBL, tesouro direto etc..., corvo detected... blá blá blá...mi... mi... mi.. "
Me divirto aqui... kkkkkk
Eu me divirto com as placas... corvo passa fome.
ExcluirNão tá vendendo?
Sem couve?
Sem fubá?
Então vá virar concreto para ganhar 50 reals
Mas não é a lógica? Quem tem muito dinheiro?
ExcluirVocê?
Eu não tenho muito e não tenho coragem de pagar 200.000 em 40 metros quadrados, se vc tem, fica a vontade.
Esses corvos economistas... é foda rsrs
O corretor mal informado. O rombo é bilionário porque as construtoras não usam dinheiro próprio para construção. Elas pegam dinheiro emprestado no banco e repassam a conta para os mutuotários (digo mutuários). Quando ocorre o distrato, a contrutora tem que se virar com o banco e os juros não são nada convidativos. Outro fator são as construtoras de capital aberto que tiveram desvalorização das ações na bolsa.
ExcluirImóvel na planta é coisa de paisinho de banânia igual ao nosso.
Resumindo, não querem baixar os preços e colocam toda a desculpa pelos prejuízos em distratos. Na verdade boa parte se a pura e simples falta de venda dos imóveis
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