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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Estadão e Folha: Gigantes da construção em crise

A PDG, maior construtora e incorporadora do país, reduziu novamente o volume de lançamentos para 2012, desta vez em 80%, em comparação com o mesmo período do ano pasado. A empresa, que divulgou ontem seus resultados operacionais, também cortou suas projeções para o ano.

Em comunicado a investidores, a companhia afirmou que a revisão dos números está "em linha com a estratégia definida para 2012, com foco maior nas vendas e na reestruturação interna". A PDG, que se tornou a maior incorporadora do País em vendas após a compra da Agre em 2010, respondeu por cerca de 20% dos lançamentos das 17 incorporadoras de capital aberto no primeiro trimestre.

A retração da PDG é acima da média do mercado, mas reflete uma tendência que está atingindo todo o setor. 

Os investidores reagiram mal aos números da empresa. As ações da PDG caíram 10,36% somente no pregão de ontem (10/07), mais do que a queda de 3,05% do Ibovespa.

"Já esperávamos um corte de guidance (previsão), mas não nesta proporção. O mercado interpretou que os problemas da empresa são maiores do que o previsto", disseram os analistas Felipe Silveira e Marco Aurélio Barbosa, da Coinvalores.

Muitas incorporadoras, entre elas a PDG, promoveram um crescimento acelerado nos últimos anos, financiadas pela abertura de capital. Mas, a partir de 2011, problemas com estouro do orçamento de obras e alto endividamento, além da queda brusca nas vendas, começaram a aparecer nos balanços das empresas.

"A tendência agora é equilibrar lançamentos com entregas, para preservar o caixa", disseram os analistas da Coinvalores. 

Em seu comunicado de ontem, a empresa citou, além da crise, a intenção de "colocação dos seus estoques de lançamentos de trimestres anteriores, para adiante lançar novos produtos".

Gafisa
A construtora Gafisa também divulgou uma retração nos lançamentos no segundo trimestre acima da média do setor. Houve queda de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.

O volume de lançamentos abaixo de 2011 reflete o processo de reestruturação da empresa, anunciado no fim de 2011. A companhia deixou de lançar imóveis da marca Tenda, que atua no segmento econômico, reduziu o número de Estados atendidos e passou a focar em geração de caixa.

Procuradas, PDG e Gafisa não deram entrevista.

(O Estado de S. Paulo - São Paulo/SP - NEGÓCIOS - 11/07/2012 - Pág. B11)
(Folha de S. Paulo - São Paulo/SP - MERCADO - 11/07/2012 - Pág.B3)

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5 comentários:

  1. Parabens pelo Blog. Já adicionei aos favoritos.

    Não entendo como as pessoas não fazem cálculos. Eu mudei de cidade e simplesmente resolvi pagar aluguel, dada a diferença entre o valor dos apartamentos e o aluguel cobrado (pago 0,23% do "valor" pedido na venda do imóvel, e ainda estou livre de chamadas de capital).

    E os corretores "garantem" um rendimento de 40% ao ano. Daqui a pouco será mais barato morar no centro de Paris, em frente ao Sena e com vista da Torre Eiffel, do que comprar uma quitinete no subúrbio.

    O que está acontecendo no Brasil é uma insanidade, criada e sustentada pelo crédito fácil e caro.

    Se cair a primeira peça do dominó, tenho medo de onde podemos parar.

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  2. ALguem sabe o que aconteceu com o site bolha imobiliária ? Esta parado já faz um tempo.

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    1. Caro Leitor:

      No acompanhamento diário que fazemos das notícias e informações sobre o mercado imobiliário também temos encontrado dificuldades em acessar o site Bolha Imobiliária.

      Torcemos para que seja um problema temporário.

      Um abraço.

      Observador

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  3. Deu no Terra:

    A construtora Gafisa foi obrigada na quinta-feira pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar multa e a atrasar a data de vencimento das últimas parcelas dos apartamentos do condomínio Grand Valley, em Niterói (RJ), por causa de demora na entrega de apartamentos, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público (MP).



    O juiz da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento ao recurso da construtora contra liminar obtida pela promotoria de Justiça de Niterói que pedia aplicação de juros de 1% ao mês acrescido da multa de 5% sobre o valor já pago dos imóveis por causa de atraso superior a 180 dias na entrega das chaves. Conforme o MP, o prazo máximo para a entrega, já com os 180 dias (seis meses) de atraso previsto no contrato, encerrou-se em maio de 2010. Procurada, a Gafisa informou que o assunto ainda está na Justiça e que, desta forma, se reserva no direito de se manifestar somente no processo.

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  4. Bom, o que tenho a dizer é que esta é a mais correta atitude que a PDG e Gafisa faz frente aos compradores dos seus imóveis. Parar de lançar novos empreendimentos e concluir (e ressarcir danos morais e materiais) os que estão em andamento e/ou mais atrasados. Respeitar o consumidor que pagou as parcelas. Paga-se também (o consumidor) por falta de pesquisa e estudo das incorporadoras para alocação do dinheiro (sei que também é um assunto difícil para a grande maioria dos consumidores/investidores). Falei em outro post: para eu investir pesquiso muito antes de qualquer coisa e se tiver em dúvida não compro! E não me convence mais essa história de: "perderá uma grande oportunidade". Acredito também que o pior está depois da copa (2014) e das olimpíadas (2016), pois o grau de endividamento dos brasileiros estára muito mais alto que hoje. É só esperar.

    Abraço.

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