Os trabalhadores da construção civil, que até pouco tempo eram
beneficiados por um "apagão" de mão de obra, começam a sentir o impacto
da crise imobiliária. Houve retração significativa no ritmo de
geração de novas vagas no setor.
No ramo imobiliário, que responde por 40% dos empregos no setor, já
há queda efetiva no número de funcionários. Em maio e junho, as
construtoras demitiram 2,3 mil pessoas a mais do que contrataram, o que
representa uma mudança de tendência.
"Estamos entrando em um cenário de estabilidade da mão de obra",
acredita Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do Sinduscon-SP. "Pode ocorrer corte pontual de pessoas, mas entramos
em uma fase de crescimento mais modesto", completa.
As famílias estão mais endividadas e adiaram a decisão de comprar a
casa própria. Outro fator negativo é a queda dos investimentos das
empresas. "A economia parou e o setor acompanhou. O investimento, que é o
alimento da construção civil, está baixo", diz Zaidan.
Nesse cenário, obras já contratadas estão sendo finalizadas, mas não
são substituídas por novos projetos. O setor também não atravessa uma
boa fase. Com o fôlego financeiro prejudicado pela queda das ações na
bolsa, as construtoras alongaram o prazo para finalização das obras, o
que possibilita trabalhar com equipes menores.
"Obras que estavam com 500 pessoas agora têm 300", conta Antônio de
Souza Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção
Civil (Sintracon-SP). Ele diz que o sindicato, que chegou a contabilizar
15 mil vagas em aberto no setor, hoje tem dificuldades para recolocar
seus filiados.
Segundo o sindicalista, dois fatores são evidências do desaquecimento
do mercado: a queda de 20% na contribuição sindical paga pelos
trabalhadores e o aumento do número de homologações. O Sintracon-SP, que
fazia 100 rescisões de contrato por dia, não dá conta do número de
pedidos diários, que chega a 170.
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Lado triste da Bolha, demissões e sofrimento das famílias.
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ResponderExcluirOAS CONDENADA NA JUSTIÇA DA BAHIA http://bahiaja.com.br/noticia.php?idNoticia=52272
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