Depois da explosão do mercado
imobiliário, escritórios de advocacia aproveitam o nicho de mercado que já se
abre com a crescente inadimplência nos financiamentos imobiliários. É o caso do Boin Aguiar &
Soneghet Vlavianos Advogados, fundado em 2009 com foco no direito imobiliário e
na inadimplência contratual.
A briga no Judiciário é a última
saída, mas antes há um trabalho de tentativa de diálogo e consenso. "O litígio é
o ponto-limite, para situações inevitáveis. Mas com a base anterior de atuação
temos um resultado melhor. Ela demonstra a boa-fé das empresas que tentaram
solucionar o conflito e respeitaram o cliente", afirma Carla Aguiar.
"Quando os devedores são
investidores que compraram as unidades apenas para especulação e não honraram
com seus compromissos, já encaminhamos para o Judiciário para não haver perda de
tempo", ressalta Carla.
A sócia Adriana Vlavianos afirma
que a proposta é fugir do conceito de escritório de cobrança. "O objetivo é
defender o interesse da incorporadora, com foco especial à inadimplência no
mercado imobiliário, mas escutando os clientes das empresas", afirma.
A aposta é seguir pelos próximos anos nesse nicho. "A tendência é de os escritórios se especializarem. No nosso caso, com o boom no setor imobiliário, a questão da inadimplência só deve crescer e chegar a níveis elevados. Estamos sempre vendo os reflexos do constante lançamento de empreendimentos. É uma bola de neve", diz Adriana.
O escritório conta hoje com
oito advogados (duas sócias) e já está em processo de expansão. Pela alta
demanda de clientes, a banca deve triplicar seu número de profissionais até o
início de 2013. O investimento, portanto, do próximo ano está voltado à
infraestrutura interna e contratação de profissionais. A atuação do escritório é
nacional, por meio de escritórios parceiros ou até mesmo por meio do uso de
ferramentas que possibilitam mediações virtuais. Existe a possibilidade de
estabelecer em 2013 uma unidade no Rio de Janeiro, local com inadimplência
crescente.
O atendimento, por conta da
especialização, é individualizado e personalizado. "Percebemos na abordagem
pessoal com as incorporadoras que elas demandam um trabalho pessoal e diferente
também com seus clientes", destacam as advogadas.
(DCI - São Paulo/SP -
LEGISLAÇÃO - 10/09/2012 - Pág. A6)
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Essa notícia me enche os olhos de alegria!
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