De um lado, aumenta a oferta de
imóveis para alugar na cidade - de 2.181 unidades em janeiro para 3.489 em
agosto, um aumento de 59%, segundo dados coletados pelo Sindicato da Habitação
(Secovi-Rio).
Para especialistas, não é mera coincidência. Com os preços de casas e
apartamentos da cidade com valores irreais, os proprietários estariam com
dificuldade de conseguir interessados na compra e sendo empurrados para o
aluguel. "Ainda é cedo para afirmar
isso. Mas os números apontam para essa tendência", afirma Antônio Paulo
Monnerat, vice-presidente de Locações do Secovi-Rio.
O administrador Rafael Pontes tentou vender seu imóvel no Flamengo por quatro meses. Sem conseguir fechar negócio, e depois de várias propostas para alugar, acabou cedendo. "Ainda não desisti de vender, mas além dos gastos que tive com uma reforma, ainda estava gastando muito com IPTU e condomínio. Estava pesando no meu orçamento", conta ele.
A oferta de imóveis para aluguel
no Flamengo, onde Pontes tem seu apartamento, subiu 75,3% entre janeiro e agosto
desse ano, acima da média da Zona Sul, que teve crescimento de 54,7%, passando
de 970 unidades em janeiro para 1.501, em agosto. Copacabana e Ipanema também
tiveram aumento da oferta acima da média da região, de 61,8% e 62,3%,
respectivamente.
Percebendo que o volume de
vendas vinha diminuindo desde janeiro, a Renascença Administradora iniciou há
três meses a campanha "Fuja para o aluguel", voltada para os proprietários, e
com isso aumentou em 30% sua captação de imóveis para locação.
Expectativa é de que a queda dos
preços continue
De uma maneira ou de outra, o movimento em direção ao aluguel é bom para o mercado, avalia Monnerat. O aumento na oferta traz a possibilidade de queda dos preços dos aluguéis. É a velha lei da oferta e da procura. Quanto mais imóveis à disposição no mercado, menor o valor.
De uma maneira ou de outra, o movimento em direção ao aluguel é bom para o mercado, avalia Monnerat. O aumento na oferta traz a possibilidade de queda dos preços dos aluguéis. É a velha lei da oferta e da procura. Quanto mais imóveis à disposição no mercado, menor o valor.
"E se a pessoa que comprou
imóvel para viver do aluguel já não consegue mais cobrar um preço tão alto, a
tendência é que o valor do imóvel também caia", defende o economista Roberto
Zentgraf.
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E ainda tem gente que diz que crise imobiliária só acontece nos EUA.
ResponderExcluirE agora corretores e investidores gananciosos? Vocês vão ter que engolir essa bolha!
Tenho conversado com dois corretores ( concientes ) na minha academia e os dois estão a mais de 5 meses sem vender.
ResponderExcluirNão só eles concordam, mas também seus clientes compradores que, os preços estão fora da realidade.
Segundo eles a ordem da gerência é ao captar um imóvel convencer o cliente vendedor que o mercado mudou e conseguir melhores preços. Pessoal, estou falando de uma grande corretora de SP que começa com A e acaba com YARA.
Observador, parabéns pela iniciativa de trazer informações tão valiosas..
ResponderExcluirEstou sempre de olho!
O cara vê o imóvel parado e todo tipo de despesa vindo todo mês. E isso os que são donos, imagina aqueles pagando prestação de imóvel entregue há mais de um ano e sem vender... Aí o cara aluga, com um retorno na casa dos 0,4% ao mês e vai levando, o imóvel sendo depreciado pelo uso e o belo investimento indo para o saco...
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