O setor vem sendo penalizado ao longo de 2012 por uma desaceleração
generalizada de vendas, em meio a um cenário econômico mais pessimista.
Somado
a isso, os lançamentos foram reduzidos para que as empresas
priorizassem a venda de estoques de imóveis e a geração de caixa.
"Acreditamos
que ainda é cedo para ser otimista sobre o setor", afirmou a equipe do
JPMorgan, em relatório recente.
"Os
lançamentos não se recuperaram do fraco segundo trimestre e não foram
suficientes para compensar os fracos lançamentos no primeiro semestre",
disse o analista Guilherme Rocha, do Credit Suisse, assinalando que
haverá alta concentração de lançamentos no quarto trimestre e que alguns
projetos não serão aprovados este ano.
A
Brookfield Incorporações, que já havia reduzido as projeções para 2012
por atrasos em aprovações de projetos e baixo volume de lançamentos no
primeiro semestre, viu as vendas contratadas caírem 46,1 por cento e os
lançamentos se contraírem em 32,7 por cento no terceiro trimestre.
Com
uma perspectiva menos favorável para cumprir a previsão traçada, a MRV
Engenharia tem o desafio de vender 1,7 bilhão de reais nos três últimos
meses do ano.
A
construtora e incorporadora mineira acumulou vendas equivalentes a pouco mais da metade do ponto médio da projeção de entre
4,5 bilhões e 5,5 bilhões de reais para 2012. Os lançamentos também
caíram, tanto no trimestre quanto no ano, em 27 e 15 por cento,
respectivamente.
"A
MRV apresentou números abaixo do esperado de lançamentos e de vendas",
afirmou o analista David Lawant, do Itaú BBA.
Alvo
de atenções do mercado para que comece a entregar uma recuperação mais
sólida, a Gafisa apurou vendas contratadas 34 por cento menores de julho
a setembro ante o terceiro trimestre de 2011.
Os
lançamentos, enquanto isso, caíram 57 por cento no trimestre passado e
recuaram 50 por cento no ano até setembro, cumprindo 49 por cento do
ponto médio da estimativa para 2012.
A
companhia, que vem sofrendo efeitos de uma reorganização para reverter
problemas com a unidade voltada ao segmento econômico Tenda, citou a
"implementação da estratégia de 'turnaround' anunciada no fim de 2011,
com redução da atuação geográfica da marca Gafisa e interrupção de
lançamentos da marca Tenda, com foco em execução e repasse".
Construtoras escodem os números
A líder do setor PDG Realty optou por não divulgar dados preliminares de vendas e lançamentos do terceiro trimestre, que serão conhecidos apenas quando o balanço consolidado for apresentado.
A líder do setor PDG Realty optou por não divulgar dados preliminares de vendas e lançamentos do terceiro trimestre, que serão conhecidos apenas quando o balanço consolidado for apresentado.
A
companhia passou recentemente por uma série de mudanças em sua
diretoria, que incluiu a renúncia de executivos aos cargos de diretor
financeiro e diretor de investimentos.
As mudanças também ocorreram após a conclusão, no fim de agosto, de uma capitalização de 796 milhões de reais.
A
Rossi Residencial, por sua vez, afirmou por meio da assessoria de
imprensa que ainda não definiu se os dados operacionais preliminares
serão divulgados.
A
construtora e incorporadora se encontra em meio a uma estratégia para
reorganizar suas operações e há poucas semanas anunciou a revisão de
práticas contábeis adotadas nos balanços desde janeiro de 2009 para
"aprimoramento de demonstrações financeiras".
A Rossi concluiu nesta semana as negociações para aumento de capital de cerca de 600 milhões de reais.
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Visitei ontem o estande de um lançamento aqui no Rio de Janeiro. Os corretores apresentaram um comportamento muito contraditório: se por um lado indicavam que eles estavam esperando um aumento no preço dos imóveis para o próximo ano de 20 a 30%, por outro admitiam que o preço do metro quadrado estava muito alto, por isso estavam "pressionando a construtora para abaixar, para poder deslanchar as vendas". Estranho não? O estande estava mais cheio de corretores que compradores, muitos dos quais eram investidores. Fico imaginando pra quem esses investidores pretendem vender, pois no patamar atual ninguém mais tem dinheiro pra comprar. Soube também de um empreendimento que já foi lançado há um mês e até agora não foi vendida uma única unidade!
ResponderExcluirÉ hora de aguardar pois os preços tendem a cair, lançamentos que vendiam em um dia todas as unidades estão iniciando as obras com menos de 40 % das unidades vendidas. Inadimplencia só aumenta. Crise imobiliária já é realidade.
ExcluirUé, os imóveis não subir 40% ao ano, eternamente ?
ResponderExcluirEstava pensando em comprar uma garagem num edifício para o meu filho recém-nascido, assim, quando ele tiver 18 anos, vende, compra um jatinho e vai curtir a vida.