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domingo, 14 de outubro de 2012

FMI fala em bolha imobiliária e excesso de crédito no Brasil

No relatório apresentado na reunião do FMI em Tóquio, relativo à Estabilidade Financeira Global, os autores estão dando uma atenção particular ao Brasil, mostrando os inconvenientes da expansão excessiva do crédito.

Há tempos estamos apontando, aqui, que a política seguida pelo governo do PT de ampliação rápida dos empréstimos bancários com o objetivo de favorecer o consumo apresenta diversos inconvenientes. Não se trata de denunciar a política que visa a reduzir as taxas de juros, pois, de fato, em comparação com a Selic, as instituições financeiras mantiveram juros elevadíssimos que impediam o desenvolvimento da produção e ao mesmo tempo não conseguiam conter a demanda doméstica.

O problema é que a expansão muito rápida do crédito favorece as pressões inflacionárias. O volume e a oferta de crédito tem de ser proporcional aos rendimentos da população, caso contrário abre as portas, no prazo médio, para sérios problemas. O exemplo é a bolha imobiliária nos EUA, que temos de reconhecer que já está ocorrendo no Brasil com a alta desproporcional do preço dos imóveis. Um excesso de liquidez favorece o endividamento das famílias e das empresas, que desemboca com prazo variável em violenta queda da demanda doméstica e em falência das empresas.

As autoridades monetárias têm diversos instrumentos para a contenção do crédito, sendo o recolhimento do compulsório o mais eficiente. O grave erro dos governos petistas foi o uso do crédito como instrumento privilegiado para elevação da demanda, enquanto as taxas de juros altas não permitiram que a produção industrial acompanhasse a curva da demanda.

O relatório do FMI dá uma informação da qual pouco se fala: o endividamento do Brasil coloca o País num ranking nada confortável quanto ao risco de insolvabilidade, muito perto dos países da zona do euro que hoje estão enfrentando dificuldades de grande amplitude para reduzir sua dívida externa.

O documento do FMI reconhece que com suas reservas internacionais o Brasil está apto a enfrentar uma situação de prazo curto. A preocupação dos autores do relatório diz respeito a uma situação em que o País não tenha mais possibilidade de encontrar recursos externos, a não ser a um custo muito elevado. Trata-se de uma advertência para se levar em conta.

(O Estado de S. Paulo - São Paulo/SP - ECONOMIA - 11/10/2012 - Pág. B2)

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3 comentários:

  1. Antes de nada me desculpem, o meu português nao é muito bom, sou espanhol.
    Sou corretor de imóveis na Espanha, e o outro dia fiquei alarmado ao ver a gráfica de aumentos de preço que estao soferendo no Brasil. Nós tivemos aumentos menores do que os seus na etapa 2.000-2.007, e agora a situaçao é desastrosa. Nao conheço detalhes enquanto a finançamento bancÁrio no Brasil, mais aquí quem inflou a bolha foram os bancos. Vejo que estao repetendo a mesma história. Aqui tudo o mundo dizia: "é impossível que os imóveis baixem de preço, tudo o mais sofrerao alguma correçao técnica....." Que Deus se apiade de vocês..

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  2. Bom dia Brasil de hoje, sobre bolha imobiliária:

    http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/10/com-precos-muito-altos-vendas-de-imoveis-caem-em-capitais-brasileiras.html

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  3. O FATO DE VC TER CRÉDITO PARA FINANCIAR UM CARRO OU CASA Ñ SIGNIFICA Q A ECONOMIA ESTA BOA. "NÃO É SEU DINHEIRO", vc teve q pegar emprestado do banco, por isso, "VC ESTA COM SALDO DEVEDOR NEGATIVO", vejo muitos com dezenas de prestações a pagar, sem nenhum planejamento. QUEM QUERIA SUA CASA OU SEU CARRO,"JÁ COMPROU", a tendencia é q PAREM DE FINANCIAR ESSE TIPO DE BEM, tendo em vista o baixo salário QUE NÃO ACOMPANHA A ALTA DA INFLAÇÃO (INCLUSIVE NOS ALIMENTOS), E O ALTO CUSTO DE VIDA.Tudo em troca de uma vida mais "confortável e comoda": SÓ RESTOU DIVIDAS E MAIS DIVIDAS, NÃO É POSSIVEL FINACIAR MAIS NADA.

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