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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os alertas da imprensa sobre a Bolha Imobiliária - Parte II

Em nosso segundo post sobre os alertas da imprensa sobre a bolha imobiliária, o texto do jornal Valor Econômico traz dois clássicos eufemismos (estabilidade e desaceleração), mostrando como alguns veículos vêm, aos poucos, trazendo alguma luz sobre o assunto.


Preços de imóveis tendem à estabilidade

Embora em 2012 tenha sido entregue volume recorde de imóveis e se espere, para 2013, outra leva expressiva de unidades novas no mercado, fontes ligadas ao setor de incorporação dizem que não há razões para reduções dos preços das unidades. A afirmação mais comum é que os valores médios ficarão estáveis, com correções que acompanhem a inflação.

A redução de lançamentos ocorrida em 2012 contribui para a diminuição dos estoques de imóveis a serem erguidos, uma das razões apontadas para a perspectiva de que não haverá queda de preços, segundo o diretor-presidente da Brasil Brokers, Sergio Freire. Segundo ele, os preços continuarão a acompanhar "pelo menos a inflação de construção". "Mas o preço de produtos ruins pode cair", afirma Freire.

Conforme o presidente da imobiliária focada em imóveis novos com descontos Realton, Rogério Santos, além da redução de lançamentos, os preços serão mantidos devido aos custos com insumos, como terrenos e materiais, e de mão de obra. "Onde não há terrenos, haverá alta", diz o presidente da Realton.

Caso haja restrição da oferta de imóveis por um período mais longo, isso pode se refletir em preços mais altos, de acordo com um analista que acompanha o setor. "Por enquanto, os valores ficam estáveis, no máximo com correção do INCC [Índice Nacional de Custo da Construção, utilizado para ajustar o orçamento de obras]. Mesmo com redução de novos projetos, as empresas ainda estão lançando bastante", afirma o analista.

Durante 2012, foram realizadas rodadas de descontos de preços imóveis. Espera-se que mais campanhas ocorram, assim como abatimentos pontuais por parte das incorporadoras. À medida que os estoques forem reduzidos, haverá menos necessidade de descontos.

O Índice FipeZap Composto - que acompanha o preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Fortaleza e Recife - tem apontado desaceleração das altas dos valores. A variação acumulada no ano é de 12,5%, abaixo da variação positiva de 13,8% em 12 meses. O levantamento é feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo ZAP Imóveis.

"Os preços chegaram ao patamar adequado", diz o diretor-geral do ZAP, Eduardo Schaeffer. Ele espera estabilidade de preços de imóveis nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Já para Brasília e para as capitais do Nordeste, Schaeffer projeta queda. No Distrito Federal, o Índice FipeZap apresentou queda desde setembro e, em Fortaleza, redução em novembro. (CQ)

(Valor Econômico - São Paulo/SP - EMPRESAS - 26/12/2012 - Pág. B6) 

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3 comentários:

  1. Atentem se para este parágrafo:

    "Conforme o presidente da imobiliária focada em imóveis novos com descontos Realton, Rogério Santos, além da redução de lançamentos, os preços serão mantidos devido aos custos com insumos, como terrenos e materiais, e de mão de obra. "Onde não há terrenos, haverá alta", diz o presidente da Realton."

    As razões apontadas por ele para ue os preços sejam mantidos são exatamente as mesmas que levarão centenas de construtoras à bancarrota.

    Imaginemos a situação dificil de uma empresa que invetiu bilhões num produto (imovel), cujos lucros foram comprimidos pelo encarecimento da mão de obra e insumos, e não consegue vende-los por não haver compradores com capacidade financeira suficiente para adquiri-los.

    Pois bem, agora imagine novamente o drama desta empresa que investiu esses bilhoes advindos de emprestimos bancarios ao ver se aproximar o vencimento de tais dividas e constatar que não tem caixa para honrar esses emprestimos ou pagar dividendos aos seus acionistas.

    Resultado: Fazer o preço despencar até o nivel de desova de todo o estoque suficiente para garantir liquidez a esta empresa vai ser questão de sobrevivencia e, neste caso, não sobra espaço para egos feridos...

    Caros players de mercado e especuladores inescrupulosos, sinto dizer, não é nada pessoal, são apenas negócios... Só compro imovel na bacia das almas...hehe

    Charles

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  2. Eufemismo, palavra perfeita para exemplificar o momento turbulento q vivem os q um dia olharam para um imovel e viram nele um bilhete de loteria premiado

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  3. Atentem ao trecho:
    "A variação acumulada no ano é de 12,5%, abaixo da variação positiva de 13,8% em 12 meses".

    Ainda acham que a crise é iminente? Realmente o ritmo tem diminuído, mas diante de um IPCA na casa de 6% continua sendo um ótimo negócio.

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