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domingo, 12 de maio de 2013

Efeito Bolha: Calotes vão aumentar nos financiamentos imobiliários

Moody's Analytics alerta para risco da modalidade no Brasil

O crédito imobiliário, grande aposta dos bancos brasileiros para fugir do aumento da inadimplência nas linhas de financiamento ao consumo a partir de meados de 2011, pode frustrar expectativas e cumprir o mesmo destino, ou seja, gerar calotes crescentes. Segundo Amnon Levy, diretor executivo da Moody's Analytics, e Pedro Castro, diretor associado na mesma companhia, a aceleração dos desembolsos para esse tipo de empréstimo em época de preços dos imóveis em alta embute um alto risco de perdas para a carteira dos bancos.

Somente nos três primeiros meses deste ano, o volume emprestado para pessoas físicas nessa modalidade cresceu 7,3%. O saldo em final de março, de acordo com os últimos dados disponíveis no Banco Central, estava em R$ 273,9 bilhões - uma alta de 34% em 12 meses. "Quando os preços estão em alta, muita gente compra para vender um ano ou dois depois, imaginando obter lucro fácil. Mas, se os preços caem, o cliente não consegue vender pelo que imaginou, e a conta não fecha. Então, deixa de pagar o financiamento", diz Levy. Os preços estão desacelerando, o que pode melhorar a qualidade dos novos empréstimos - mas boa parte do estoque concedido no auge dos aumentos ficará comprometida.

"Ao contrário do que muita gente imagina, dar crédito é mais arriscado quando a economia e/ou a inflação está alta do que quando a economia está desacelerando", diz. "Em época de crescimento, há muita euforia, muita especulação. Já as pessoas que tomam empréstimo em tempos mais apertados normalmente são mais realistas, e tem mais chances de pagar", acredita Castro. "Os bancos que encontram seus próprios caminho sem vez de tomar a direção da manada são os que se saem bem", diz Levy. Fugir de modalidades e/ou segmentos que tem risco mais alto não é o melhor caminho; o melhor é aprender a dar crédito de alto risco, administrando esse risco, diz .

Levy, que é diretor executivo da Moody's Analytics em São Francisco, nos Estados Unidos, e responsável pela pesquisa e desenvolvimento de modelos de análise de risco de carteiras de crédito e balanços de instituições financeiras, fez outro alerta durante evento anual da companhia sobre risco de carteiras de crédito, realizado em São Paulo: "O que os bancos precisam é melhorar seus sistemas de análise, integrando, por exemplo, o custo do capital empenhado para garantir os empréstimos concedidos - que é a parte exigida pelas regulamentações; e o custo do capital econômico, ou seja, aquele que o próprio banco empenha na operação. É preciso olhar para o passado e, principalmente, imaginar o futuro", diz. 

(Brasil Econômico - São Paulo/SP - FINANÇAS- 08/05/2013 - Pág. 20)

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5 comentários:

  1. NA FOLHA DE SP

    Venda, preço e locação de imóveis usados despencam em SP

    O preço dos imóveis usados para venda e locação no Estado de São Paulo caiu 20,3% nos últimos 12 meses até fevereiro, segundo índice do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

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    Respostas
    1. Como desta vez é diferente no Brasil, eu digo: Essa queda não é nem o começo do que está por vir!

      Charles

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  2. Calote nos bancos é a principal força da bolha. Pode ser que a nossa seja semelhante à americana.

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  3. A Caixa e o escudo de porcelana.
    http://horadobananense.wordpress.com/2013/04/30/a-caixa-e-o-escudo-de-porcelana/

    Vejam esse link

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  4. não acredito na bolha, 90% de compra de imóveis financiados não foi pra investimento direto e sim pra moradia.

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