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domingo, 30 de junho de 2013

Veja: Megainvestidor imobiliário abandona o Brasil e fala em crise em 2014

Contribuição do leitor Beto Waltz

No próximo dia 1º, o escritório da empresa Veremonte, na Avenida Nove de Julho, em São Paulo, deixará de funcionar. Seu presidente, o megainvestidor Enrique Bañuelos, listado pela revista Forbes como o 17º mais rico da Espanha, decidiu que o Brasil já não é mais o lugar para se estar - pelo menos, não para a Veremonte.
Depois de chegar de maneira ruidosa ao país, em meados de 2007, com a promessa de ficar, pelo menos, 40 anos, o empresário se desfez de seus investimentos e desenha um projeto audacioso na Espanha: a construção de um complexo de cassinos com o objetivo de competir com Las Vegas.
A saída do Brasil não foi repentina. Desde 2011, antevendo que o setor imobiliário havia atingido seu pico, vendeu sua participação na incorporadora PDG Realty. Atualmente, seus únicos empreendimentos em território nacional são a Fit Out, empresa de investimento em shoppings que não tem nenhum projeto em execução, e a Medidata, que pertence à Amper – companhia espanhola da qual tem participação acionária de 28%. Bañuelos não detém sequer um investimento direto no país.
Seu escritório só não será fechado completamente porque o empresário possui um passivo fiscal que precisa ser administrado. Quem ficará a cargo do problema é Antonio Romanoski, executivo egresso da Copel e da Electrolux que trabalha para Bañuelos desde 2010. Os cerca de vinte funcionários que restaram na empresa em 2013 estavam, há dois meses, em processo gradual de demissão. Nesta sexta, os remanescentes - não mais que cinco - comparecerão à Veremonte para o último dia de expediente.
Segundo apurou o site de VEJA, a conjuntura macroeconômica também foi um fator de ponderação para Bañuelos. Apesar de não ser um investidor pautado por fundamentos macroeconômicos, o encarecimento dos preços no Brasil fez com que ele farejasse um possível problema. “Ele não se conformava com o fato de tudo aqui custar mais. Como o fato de restaurantes de São Paulo serem muito mais caros que os melhores restaurantes europeus. Ele sentia no ar que algo não podia estar bem”, afirma outra fonte recém-saída do escritório.
De lá pra cá, o empresário direcionou todos os seus recursos para a Europa – ele vive em Londres, mas passa boa parte do tempo na Espanha. No final de 2011, vendeu o edifício-sede do fundo Petros, no Rio de Janeiro, por 103 milhões de reais: 40% à vista e o restante pago até março deste ano. Todo o montante já foi enviado à Espanha. A cobertura que o investidor mantinha na Vila Nova Conceição, bairro nobre de São Paulo, foi vendida em maio deste ano por cerca de 15 milhões de reais – Bañuelos havia pago 6 milhões de reais pelo imóvel três anos antes. Todo o dinheiro também foi enviado ao exterior.
A volta do investidor à Espanha tem um quê de redenção. Bañuelos foi encarado por muitos como o maior culpado pela bolha imobiliária que arrastou seu país para a crise
Há especulações de que tais investimentos na Europa sejam temporários – e que o empresário volte ao Brasil depois de 2014, quando, segundo suas apostas, o mercado estiver mais barato devido a uma possível crise econômica que Bañuelos fareja. "Ele diz que, a partir do ano que vem, pode ser que o mercado brasileiro esteja mais adequado para ele", afirma uma das fontes.
(Revista Veja - Economia/Negócios - 28/06/2013)
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