Os preços de locação de imóveis comerciais em São Paulo, pela primeira
vez em cinco anos, apresentaram queda na soma dos seis primeiros meses de 2013.
Os dados da Global Research and Consulting (Cbre) mostraram situação semelhante
na cidade do Rio de Janeiro.
Estoque de desculpas
"Há duas questões que influem para esse fato nas cidades: o
primeiro é o incremento do estoque, já que ano passado muitas construtoras
apostaram nessa modalidade de empreendimento. O outro é o cenário econômico do
País que fez com que os as vendas desacelerassem um pouco", explicou
Rogério Góes, professor de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
Em São Paulo, a consultoria apurou que houve aumento da taxa de
vacância, que passou de 7% em média ano passado para 9% nos seis primeiros
meses do ano, o que pressionou o valor do metro quadrado do imóvel. "Os
preços de locação permaneceram estáveis em 2013, mas com leve queda entre abril
e junho", dizia o estudo da Cbre.
Segundo a pesquisa, os preços pedidos em edifícios de alto padrão
registraram queda ao encerrar o trimestre, com média de R$ 145 o metro quadrado
por mês, redução de 2% na comparação com os R$ 148 cobrados em 2012. "Para
driblar a limitada velocidade de procura por novos espaços, alguns
proprietários se mantiveram competitivos ao oferecer incentivos como descontos
na locação e maiores subsídios."
O diretor financeiro e de relações com os investidores da Cyrela
Commercial Properties (CCP), Dani Ajbeszyc, afirma que a empresa ainda não
registrou quedas no valor da locação até o momento, mas que a hora é de
reajuste.
"Devido ao aumento da oferta, não esperamos reajustes futuros nos
mesmos níveis dos que vinham ocorrendo nos últimos dois anos, principalmente no
mercado de São Paulo", disse o executivo ao DCI.
O diretor executivo Brasilincorp, Murilo Cerdeira, diz que a empresa
também sentiu a redução dos preços.
"Sentimos no mercado como um todo, mas existem algumas regiões que
não foram afetadas, e os valores se mantém estáveis", disse Cerdeira.
Na opinião de Góes, o cenário ao longo do ano deve ser ainda
mais desafiador para as empresas. "Muitos clientes em potencial reviram
planos de expansão orgânica, de mudança de sede e mantiveram seus negócios
estáveis. Essa insegurança do empresário, e vale para indústria, serviços e
comércio, reflete bastante no balanço dos imóveis comerciais", disse o
professor.
Na cidade do Rio de Janeiro o mercado imobiliário encontra a mesma lógica
verificada em São Paulo: a alta do estoque segurou os preços.
(DCI - São Paulo/SP - Caderno Sãp Paulo -
12/08/2013 - Pág. A8)
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Vai entender!
ResponderExcluirVenda de imóveis novos em SP cresce 46% no semestre; lançamentos sobem 51%
Comente - http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/13/venda-de-imoveis-novos-em-sp-cresce-46-no-semestre-lancamentos-sobem-51.htm
Prezado leitor:
ExcluirComo não temos acesso aos dados que fundamentaram a matéria, não podemos emitir qualquer juízo de valor. Porém, ao verificarmos os comentários da página, vimos que as reações de indignação e desconfiança em relação à matéria foram imediatas, com duros questionamentos sobre a idoneidade da mesma.
Um outro ponto a ser destacado é a contradição de informações que vêm sendo divulgadas sobre o desempenho do setor, numa clara tentativa de confundir o consumidor.
Agradecemos pela contribuição, e continue nos acompanhando.
Um abraço,
Observador