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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Efeito bolha: Aluguel de escritórios tem queda em São Paulo


Os preços de locação de imóveis comerciais em São Paulo, pela primeira vez em cinco anos, apresentaram queda na soma dos seis primeiros meses de 2013. Os dados da Global Research and Consulting (Cbre) mostraram situação semelhante na cidade do Rio de Janeiro.

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"Há duas questões que influem para esse fato nas cidades: o primeiro é o incremento do estoque, já que ano passado muitas construtoras apostaram nessa modalidade de empreendimento. O outro é o cenário econômico do País que fez com que os as vendas desacelerassem um pouco", explicou Rogério Góes, professor de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em São Paulo, a consultoria apurou que houve aumento da taxa de vacância, que passou de 7% em média ano passado para 9% nos seis primeiros meses do ano, o que pressionou o valor do metro quadrado do imóvel. "Os preços de locação permaneceram estáveis em 2013, mas com leve queda entre abril e junho", dizia o estudo da Cbre.

Segundo a pesquisa, os preços pedidos em edifícios de alto padrão registraram queda ao encerrar o trimestre, com média de R$ 145 o metro quadrado por mês, redução de 2% na comparação com os R$ 148 cobrados em 2012. "Para driblar a limitada velocidade de procura por novos espaços, alguns proprietários se mantiveram competitivos ao oferecer incentivos como descontos na locação e maiores subsídios."

O diretor financeiro e de relações com os investidores da Cyrela Commercial Properties (CCP), Dani Ajbeszyc, afirma que a empresa ainda não registrou quedas no valor da locação até o momento, mas que a hora é de reajuste.

"Devido ao aumento da oferta, não esperamos reajustes futuros nos mesmos níveis dos que vinham ocorrendo nos últimos dois anos, principalmente no mercado de São Paulo", disse o executivo ao DCI.

O diretor executivo Brasilincorp, Murilo Cerdeira, diz que a empresa também sentiu a redução dos preços.

"Sentimos no mercado como um todo, mas existem algumas regiões que não foram afetadas, e os valores se mantém estáveis", disse Cerdeira.

Na opinião de Góes, o cenário ao longo do ano deve ser ainda mais desafiador para as empresas. "Muitos clientes em potencial reviram planos de expansão orgânica, de mudança de sede e mantiveram seus negócios estáveis. Essa insegurança do empresário, e vale para indústria, serviços e comércio, reflete bastante no balanço dos imóveis comerciais", disse o professor.

Na cidade do Rio de Janeiro o mercado imobiliário encontra a mesma lógica verificada em São Paulo: a alta do estoque segurou os preços. 

(DCI - São Paulo/SP - Caderno Sãp Paulo - 12/08/2013 - Pág. A8)

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2 comentários:

  1. Vai entender!
    Venda de imóveis novos em SP cresce 46% no semestre; lançamentos sobem 51%
    Comente - http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/13/venda-de-imoveis-novos-em-sp-cresce-46-no-semestre-lancamentos-sobem-51.htm

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    Respostas
    1. Prezado leitor:

      Como não temos acesso aos dados que fundamentaram a matéria, não podemos emitir qualquer juízo de valor. Porém, ao verificarmos os comentários da página, vimos que as reações de indignação e desconfiança em relação à matéria foram imediatas, com duros questionamentos sobre a idoneidade da mesma.

      Um outro ponto a ser destacado é a contradição de informações que vêm sendo divulgadas sobre o desempenho do setor, numa clara tentativa de confundir o consumidor.

      Agradecemos pela contribuição, e continue nos acompanhando.

      Um abraço,

      Observador

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