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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Valor: Estouro da bolha faz estoques dispararem em Santos-SP

Depois de um boom nos últimos anos, o mercado imobiliário em Santos (SP) está em queda. Pesquisa da consultoria Robert Michel Zarif Assessoria Econômica mostra que a cidade encerrou 2013 com um estoque acumulado de unidades remanescentes que chega a 31,7% do universo lançado nos últimos anos (pronto ou em construção). Da oferta acumulada de 12.580 unidades (o estoque do incorporador em qualquer fase, pronto ou em construção), 3.991 unidades são remanescentes.
"O nível de unidades remanescentes é alto. Mas o que preocupa é o fato de ele continuar subindo. Isso, provavelmente, vai fazer com que o reajuste dos preços seja menor", diz o consultor Robert Zarif. Já fez. A variação dos preços médios do metro quadrado em 2013 foi menor que a de 2012 para quase todos os tipos de apartamentos, mas sempre acima da inflação.

As desculpas de sempre
Especialistas e construtoras, contudo, não acham que Santos esteja à beira de uma bolha imobiliária. Para o diretor de vendas da Helbor Empreendimentos, Marcelo Bonanata, a diminuição no ritmo do aumento dos preços acontece no país inteiro. "Houve um número de lançamentos em dois anos muito acima do que vinha acontecendo, e os preços passaram por um reajustamento. Antes havia estagnação, hoje existe uma consolidação do mercado", afirma.
Segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), o mercado de Santos está passando por um ajuste que a região metropolitana de São Paulo enfrentou em 2011 e 2012. E este ano não será diferente, crê Petrucci.
O estudo mostra também que as piores taxas de liquidez estão nos imóveis de três e quatro dormitórios, que, devido à metragem, geralmente são os mais caros. O percentual de unidades prontas e não vendidas em relação ao estoque remanescente está em 28% e 38%, respectivamente. "Uma taxa acima de 10% já é fora do normal. O mercado tem de parar de lançar e absorver o que está parado", diz Zarif.
Nos últimos anos, com dinheiro em caixa e atraídas pelas futuras demandas de trabalhadores na nova sede da Petrobras na cidade, as principais construtoras do país desembarcaram em Santos. Nos semáforos da cidade são distribuídos folhetos de lançamentos que apontam Santos como um dos principais alvos de investimentos no Brasil, decorrentes do pré-sal e da "duplicação do porto" - projeto de expansão física na área continental de Santos onde seriam desenvolvidas atividades de apoio naval e offshore. Mas a chamada duplicação física do porto estagnou depois da Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal em 2012.
(Valor Econômico - Empresas - 15/01/2014)

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Um comentário:

  1. Santos tem tudo para crescer, desde que São Paulo também cresça. Mas uma valorização insana dos imóveis com base nesta promessa não é real. Pura ilusão. Um porto maior ou uma zona industrial trazida pela Petrobrás não trará o dobro de moradores e renda para a cidade a ponto de justificar a elevação dos preços dos imóveis que se tem encontrado.

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