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terça-feira, 20 de maio de 2014

Estadão: Construtoras têm R$ 1,4 bi em vendas canceladas no trimestre

O mercado imobiliário tem um novo desafio nos próximos meses: reduzir a quantidade de vendas canceladas. Esse problema, que já vinha aparecendo no balanço das incorporadoras em 2013, ficou ainda mais evidente neste início de ano: o volume de imóveis devolvidos - que vão parar nos estoques das incorporadoras - chegou a R$ 1,4 bilhão.
Quando uma obra é entregue, o cliente da incorporadora é repassado para o financiamento bancário - momento em que as empresas recebem a maior parte do pagamento pela unidade vendida na planta. Mas muitos desses compradores foram vetados pelos bancos por não terem condições de assumir o empréstimo. "Há alguns anos, as rescisões de contratos ocorriam por problemas operacionais das empresas; agora, o fator é externo. Mas também preocupa", diz o analista da Coinvalores, Felipe Silveira. A cifra supera em 30% o valor dos cancelamentos feitos no primeiro trimestre do ano passado. O levantamento considera os números de nove empresas de capital aberto que divulgam esse tipo de informação. De modo geral, as companhias alegam que, desta vez, o problema não é com elas, mas com os bancos, que estão mais rigorosos na concessão de financiamento desde o fim de 2013. "De fato, as condições de crédito nos últimos meses ficaram menos favoráveis", diz o economista Wermeson França, da LCA Consultores.
A mineira MRV teve o maior volume de vendas canceladas no começo do ano. A companhia mineira reportou R$ 327,9 milhões em "distratos" no primeiro trimestre. "Desde outubro, Caixa e Banco do Brasil passaram a restringir os financiamentos", diz Rafael Menin, presidente da MRV. No primeiro trimestre, o volume de unidades canceladas pela companhia chegou a 20% das vendas contratadas no período. A meta de Menin é reduzir esse porcentual para menos de um dígito, mas ele diz que isso só será possível a partir do ano que vem.
Para alcançar esse patamar, a empresa vem reduzindo o prazo entre a compra e o repasse para o banco (que no caso dela, o repasse é feito ainda no período de obra). O prazo que já foi de 12 meses caiu pela metade. "E queremos chegar a 90 dias apenas", diz Menin.
A rescisão de vendas também foi maior em empresas como Direcional, PDG, Tenda, Gafisa, Rossi e Brookfield. Além do maior rigor por parte dos bancos, as companhias dizem que o aumento dos cancelamentos se deve a um maior volume de entregas no período e a um esforço para melhorar a carteira de clientes: quem não tem condições de assumir o financiamento bancário tem o contrato rescindido antes mesmo do repasse. Os analistas do setor de construção acreditam que a tendência é que os distratos sigam altos neste ano, pois as entregas de obras continuarão em ritmo forte. 
(Estadão - Notícias - Economia - 16/05/2014)

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4 comentários:

  1. Algum entendedor poder me explicar duas coisas ? Quando um imóvel é devolvido, a construtora ja ganhou um sinal na venda dele na planta e recebe esse imóvel para revenda, certo ? O repasse para um novo dono ocorre como se nada tivesse acontecido ?

    Uma outra duvida: Ja lí diversas matérias que em muitos casos nem mesmo a própria construtora consegue receber o imovel devolvido pela falta de capital para banca-lo. Qual o resultado desses casos ?

    E uma ultima pergunta: Quem busca imóveis para comprar para morar ( e não investimento) com dinheiro nã mão em cash. Como se aproveitar dessas situações específicas em que a obra está finalizada e as pessoas não conseguem assumir o financiamento ? É possivel levar uma boa vantagem e fazer um bom negócio ?

    Tenho muitas duvidas sobre esse assunto, que é "novo".. Falta muita literatura a respeito.

    Obrigado !

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  2. Duvida 1: Não é bem assim. Existem inúmeras despesas a serem consideradas.
    Duvida 2: Pode acontecer tal situação, mas é raro. Nesses casos a Justiça será acionada.
    Duvida 3: Lei de Gerson? Pára vai...

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  3. É isso ai as construtoras fizerem a festa, ganharam muito dinheiro as custas do povo iludidos pelo governo do PT que só nós enganou com falsas promessas, agora vão amargar os prejuízos.

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  4. a época do "oba-oba" do investimento imobiliário, JÁ ERA!!!, mesmo com muita enganação nas cláusulas contratuais muita gente ganhou dinheiro, comprou a 100 mil na planta e vendeu a 200 nas chaves depois de 36 meses. Ai, um "esperto" descobriu o que ninguém conseguia ver: "se ganhei 100 mil no mole em um apê, posso ganhar 1 milhão em dez. A manada foi grande, investidor comprando 2, 5, 15, a torre inteira, só que chegou num patamar, que não tem mais compradores (bem até tem, e muitos, é só chegar numa invasão e perguntar quem quer casa? mas 99% deles não tem renda). O que falta são compradores com renda comprovada, e os que possuíam, já estão pendurados em financiamentos anteriores por 30 anos.O investimento imobiliário, principalmente nas melhores regiões de São Paulo foi muito grande, tem investidores do Brasil e até de outros países, as construtoras produziram a todo vapor, só que chegou num ponto que, tudo que sobe tem que descer..........conclusão, unidades a "dar para o pau", na mão de investidores que esperavam lucro fácil e retido nas incorporadoras, que produziram mais do que o mercado pudesse adquirir....... A bolha já é uma realidade, camuflada em forma de desconto, até quanto vai cair, só Deus sabe.......presume-se que com juros em alta, bancos já "espertos", estão cada vez mais seletivos em aprovar novos contratos com medo de tomar "cano", analistas econômicos já prevendo um montão de coisas ruins para depois da copa e eleições........precavido melhor deixar as coisas com estão (dinheiro no banco rendendo juros) para ver como é que fica.....

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