O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu para a necessidade de medidas urgentes para evitar uma nova crise imobiliária na economia global. Para o fundo, os países precisam agir para para conter a elevação dos preços acima da média histórica, fenômeno que atinge principalmente o Brasil, a China e as Filipinas.
"As ferramentas para conter os preços dos imóveis ainda estão se desenvolvendo, mas isto não deve ser desculpa para a falta de ação", disse o sub-diretor gerente do FMI, Min Zhu. "Os preços dos imóveis residenciais em muitos países continuam muito acima da média histórica em relação à elevação dos salários e dos aluguéis", acrescentou.
Zhu lançou a advertência em um discurso pronunciado durante a reunião do Bundesbank, o Banco Central alemão, na semana passada. A íntegra do pronunciamento foi publicada na página do FMI na internet nesta quarta-feira, 11.
Na visão do FMI, a aceleração do preço dos imóveis acima dos preços atuais já elevados é uma das maiores ameaças à estabilidade da economia global.
"A habitação é um setor essencial da economia, mas também uma fonte de vulnerabilidade e crises. Portanto, enquanto a recente recuperação dos mercados imobiliários é um bom passo, devemos permanecer atentos para evitar um novo boom insustentável", afirmou Zhu.
Risco para as economias
Segundo dados do FMI, o preço da habitação cresce mais rápido nos mercados emergentes, com altas que superam os 10% a cada ano nas Filipinas, 9% na China e 7% no Brasil.
Com a recessão global, os bancos centrais reduziram as taxas de juros a mínimas históricas, o que elevou os preços dos imóveis a níveis que, segundo o FMI, representam um risco significativo para as economias tão diversas.
Nos países do Sul da Europa mais afetados pela crise, Grécia, Itália e Espanha, os preços dos imóveis caíram.
(Estadão - Economia - Notícias - 12/06/2014)
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