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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Exame: Pesquisadora fala em deterioração do emprego na construção

"Nos últimos três meses no segmento de edificações, houve uma deterioração do emprego bastante consistente e, na infraestrutura, ocorreu uma instabilidade muito grande"
A perda de fôlego do emprego no setor de construção aparece em diferentes pesquisas. Ao lado da indústria, o fraco desempenho da construção civil colaborou, por exemplo, para a modesta geração líquida de postos de trabalho da economia como um todo em abril, ressalta o economista da LCA Consultores, Fabio Romão.
Ele observa que esse movimento é nítido tanto no resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, como no da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE.
Em abril, entre contratações e demissões, houve o menor resultado para esse mês desde 2003, segundo o Caged.
Pela pesquisa da PME, a ocupação na construção civil caiu 3,1% em abril em relação ao mesmo mês de 2013. Em março, a ocupação do setor tinha recuado 0,5% na comparação anual.
Também a Sondagem da Construção da FGV confirma a tendência de desaceleração. O indicador de mão de obra prevista para os próximos seis meses diminuiu 10 pontos entre maio de 2013 e maio de 2014, ao passar de 123,4 para 110 pontos, respectivamente.
O enfraquecimento do emprego na construção é mais nítido no segmento imobiliário, que responde por quase 40% do pessoal ocupado. "Nos últimos três meses no segmento de edificações, houve uma deterioração do emprego bastante consistente e, na infraestrutura, ocorreu uma instabilidade muito grande", diz Ana Maria - coordenadora de Projetos do Instituto Brasileiro de Economia da FGV e responsável pela sondagem.
Entre os motivos que explicam o enfraquecimento do emprego na construção, ela aponta a finalização das obras da Copa, mas principalmente o cenário desigual no setor imobiliário, com recuo no emprego na região Norte, em Estados do Nordeste, como Pernambuco, Alagoas e Maranhão:
Novas e "criativas" desculpas
Na avaliação de Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, que reúne as construtoras, o estoque de ocupados na construção não está subindo tanto como no passado porque nível atual é muito elevado.
O fator apontado por ele para a estagnação do emprego é o aumento de produtividade do trabalho. "É difícil ocorrer desemprego. No último quadrimestre poderemos ter alguma redução, mas no último bimestre do ano isso é sazonal."
Expectativa de crescimento cai de 2,2% para 0,6%
O enfraquecimento do emprego na construção indica um crescimento menor do PIB do setor. Entidades ligadas à construção e consultorias estão reduzindo as previsões para 2014.
O Sinduscon-SP projetava crescimento de 2,8% e agora espera um avanço entre 1% e 2%, mais próximo da faixa inferior. A consultoria Tendências, que esperava alta de 2,2%, cortou a estimativa para 0,6%.
Segundo Claudia Oshiro, da consultoria, se a projeção se confirmar, essa será a menor taxa de expansão desde 2009. 
(Revista Exame - Economia - Notícias - 23/06/2014)

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