Total de acessos

Teste

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Brasil Econômico: Número de distratos aumenta até 140,8%

Contribuição de um leitor anônimo
O total de distratos (cancelamentos) de contratos imobiliários cresceu no primeiro trimestre deste ano entre quatro das cinco maiores construtoras brasileiras, na comparação com o mesmo período de 2013. Além das políticas de crédito imobiliário mais seletivas por parte dos bancos, pesou no volume de devoluções o cenário macroeconômico desfavorável. Juros e inflação em alta encareceram os financiamentos, principalmente no caso de imóveis voltados para o segmento de compradores com maior poder aquisitivo.
Primeira no ranking brasileiro em 2013, pelo critério de área total construída, a mineira MRV Engenharia registrou alta de 41% nos distratos nos primeiros três meses de 2014, ante o mesmo período do ano anterior. O volume de rescisões saltou de R$ 232,6 milhões, entre janeiro e março de 2013, para R$ 327,9 milhões. “Os bancos públicos que concedem a maior parte dos financiamentos imobiliários estão mais restritivos desde o último trimestre do ano passado. Nós já incorporamos essa mudança”, conta Rafael Menin, presidente da MRV, citando a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Nos primeiros três meses de 2014, a proporção entre o total de distratos sobre o montante de vendas foi de 21,3% na MRV.
Outra companhia , a Direcional, também apresentou aumento no montante de distratos. O total passou de R$ 31,1 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 75 milhões nos primeiros três meses de 2014, uma variação de 140,8% na comparação entre os dois períodos. A Direcional, que atribuiu a expansão no número de rescisões ao “aumento expressivo de projetos entregues pela companhia.”
Já a Cyrela reconheceu que no primeiro trimestre ocorreu “aumento no número absoluto de distratos”. O movimento foi ocasionado “principalmente, pelo alto volume de entrega de unidades nas regiões Norte e Nordeste”, segundo informou a construtora em nota. Segunda maior empresa do país no setor de construção, a companhia não informou o total de distratos no período, preferindo ressaltar que as vendas divulgadas são informadas já com resultado líquido, ou seja, considerando os números de distratos.
Para Henrique Florentino, analista da corretora UM Investimentos, todo o setor da construção civil está sendo afetado pelo fato de os bancos estarem mais cautelosos na hora de financiar imóveis. A trajetória ascendente da Selic também dificulta as condições para aquisição a prazo de imóveis. “A taxa básica de juros, que já esteve em 7,25% ao ano, subiu para 11%. Isso torna o financiamento mais caro”, lembra Florentino. Como resultado do ritmo menos acelerado de valorização dos imóveis, compradores que adquiriram unidades para investimento estão desistindo dos imóveis. “Muita gente comprava para revender no curto prazo, sem a intenção de fazer um financiamento com banco”, diz o analista. “Hoje, é difícil lucrar com uma transação desse tipo.”
Professor de Finanças do Ibmec-RJ, Nelson de Sousa destaca: “A partir da abertura do capital, a gestão das construtoras brasileiras passou a ter um foco financeiro, mais preocupado em otimizar o fluxo de caixa do que em construir”, afirma Sousa, que enxerga as construtoras menos concentradas em questões operacionais, como qualidade e prazo de entrega.
Quinta maior construtora do país na lista da ITC, a Brookfield Incorporações registrou aumento de 85%, em termos de valor, nos distratos entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período de 2014. A empresa - que no momento estrutura uma oferta pública de aquisição (OPA) - optou por não comentar o assunto. 
(Portal IG - Brasil Econômico - Negócios - 11/07/2014)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

5 comentários:

  1. A Copa acabou ontem. A bolha estoura hoje ?

    ResponderExcluir
  2. A bolha já esta estourando faz tempo a copa so deu um coice para ela explodir

    ResponderExcluir
  3. Disseram que da copa não passava. Aguardando ...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu caro Anônimo, me perdoe a sinceridade, mas ou você é disléxico, ou é mal intencionado, pois nesta mesma matéria uma das características do estouro da bolha imobiliária está claramente manifestada: O AUMENTO DO NÚMERO DE DISTRATOS (CANCELAMENTOS), CHEGANDO AO INCRÍVEL PERCENTUAL DE 140,8%! ALÉM DISSO, DESDE O FINAL DE 2012, SÓ VEMOS NOTÍCIAS E DADOS SOBRE QUEDA NOS PREÇOS E NAS VENDAS, IMÓVEIS ENCALHADOS (VEJA O Nº DE PLACAS DE VENDE-SE E ALUGA-SE), DEMISSÕES NO SETOR, ATRASOS E CANCELAMENTOS DE OBRAS, SEM NOS ESQUECERMOS DO DERRETIMENTO DAS CONSTRUTORAS NA BOVESPA...O QUE MAIS VOCÊ QUER? QUE O GOVERNO E OS REPRESENTANTES DO SETOR VENHAM, EM REDE NACIONAL, ASSUMIR PUBLICAMENTE O ESTOURO DA BOLHA? QUER UMA MANCHETE NA PRIMEIRA PÁGINA DOS PRINCIPAIS JORNAIS? OU GOSTARIA DE OUVIR AQUELA MUSIQUINHA DO PLANTÃO DE JORNALISMO DA GLOBO, E LOGO DEPOIS A NOTÍCIA DADA PELO CID MOREIRA: "ACABA DE ESTOURAR A BOLHA IMOBILIÁRIA BRASILEIRA. MAIS INFORMAÇÕES NO JORNAL NACIONAL." Até quando vocês tentarão negar o óbvio? Tá parecendo aquele pai que a filha sempre liga de madrugada, dizendo que vai dormir na casa da amiga, e ele finge que acredita (e jura que ela ainda é virgem)...fala sério!

      Excluir
    2. Ô anônimo.
      Você pensa que é gozador? Que tal apresentar um argumento?

      Excluir