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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Denúncia: PDG e Tenda na lista suja de trabalho escravo

A incorporadoras PDG Realty e Tenda foram incluídas na lista suja do Ministério do Trabalho, que relaciona empresas acusadas de manter empregados em condição semelhante à de trabalho escravo. No caso da PDG, o empreendimento em questão é um condomínio residencial que está sendo construído em Juiz de Fora.
O problema com a Tenda, subsidiária da Gafisa, envolve dois empreendimentos: um residencial também em Juiz de Fora, e outro canteiro em Belo Horizonte. Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho não forneceu mais detalhes sobre a situação dos trabalhadores nas obras.
A Tenda disse que está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão de seu nome do cadastro. “A Tenda se posiciona de maneira sólida e veemente contra qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas de colaboradores, tanto do seu próprio quadro de empregados, como de seus fornecedores e parceiros”, afirmou a empresa, em comunicado. A PDG não havia se manifestado até o fechamento desta reportagem.
Com a inclusão na lista suja, as incorporadoras perdem acesso a novos financiamentos de bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, e são vetadas na contratação de novos projetos dentro de programas públicos, como o Minha Casa, Minha Vida. Dentre as grandes empresas de construção do segmento residencial, a última a integrar a lista foi a MRV Engenharia, que já deixou o cadastro.
Para o analista de construção civil Enrico Trota, do Itaú BBA, a inclusão na lista não deve implicar em graves consequências operacionais para a Tenda. “Ainda que o sentimento seja negativo, o impacto sobre os fundamentos deve ser limitado”, afirmou, em relatório para clientes do mercado financeiro.
Já no caso da PDG, a situação pode ser mais delicada. Segundo avalia a equipe de análise de construção civil do banco Credit Suisse, a companhia tem um volume relevante de projetos em fase de aprovação e contratação de crédito. Além disso, a PDG está em fase de renegociação de dívidas corporativas com vencimento em 2014 e 2015. “Acreditamos que potenciais proibições poderiam representar um vento contrário na frente da renegociação da dívida”, afirmam os analistas Nicole Hirakawa, Luis Stacchini e Vanessa Quiroga, em relatório do banco.
(O Tempo - Capa - Economia - 05/07/2014)

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