Acredito até que os preços precisam baixar mais um pouco para cair
dentro da realidade do mercado, porque a renda familiar não alcança a
necessidade para a pessoa assinar um contrato - José Augusto Viana Neto,
presidente do Creci-SP
Após quase uma década de preços em alta e vendas elevadas, o
mercado imobiliário mudou a estratégia em 2015. Para recuperar clientes, as
construtoras, incorporadoras, imobiliárias e donos de imóveis estão realizando
uma "reacomodação" dos preços, por meio de descontos e facilidades de
pagamento que não ocorriam quando o mercado estava superaquecido.
O
mercado de imóveis novos registrou desempenho
ruim em 2014, com menos lançamentos, vendas baixas e,
consequentemente, alta no estoque (unidades não vendidas após três anos).
Segundo o Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), o estoque
passou de 19.692, em 2013, para 27.255 unidades em 2014.
Queda
de 35% nas vendas
Esse
acúmulo se deve às baixas vendas do ano passado, que chegaram a 21,6 mil
unidades - 35% a menos que 2013, pior resultado desde 2004.
“O imóvel anda muito junto com a economia, e a economia foi
terrível em 2014 e vai ser pior ainda em 2015”, justifica Emílio Kallas,
vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
— Para comprar um imóvel ou algum bem que você fica muitos anos
pagando, a gente precisa ter confiança, numa forma geral, confiança no emprego,
confiança na renda, confiança de que não terá nenhuma catástrofe. Então ele
[comprador] pensa duas, três, quatro vezes [antes de fechar negócio].
— As construtoras vão pensar um pouco mais antes de fazer um
lançamento. E as incorporadoras têm que se adequar a esse estoque enorme.
Descontão à vista
2015 promete ser também o ano dos descontos. O motivo é bem
simples: seja comprando um imóvel novo ou usado, há margem para pechinchar.
Isso amplia as formas de pagamento e pode derrubar o preço. “O mercado está
aberto”, dizem os especialistas.
No caso dos novos, as oportunidades estão nos feirões de queima de
estoque. No último sábado (7), a imobiliária Lopes realizou uma campanha com 14
incorporadoras de 60 empreendimentos. O desconto prometido era de até 32%.
A MRV Engenharia, a Gafisa e a Tecnisa, dos ramos de construção e
incorporação, também estão com queima de estoque em andamento.
No caso da Gafisa, as promoções acontecem em seu site até o fim do
mês.
As empresas não revelam até quando continuam os feirões, mas a
expectativa é de que essa estratégia perdure até a redução dos estoques.
Já no caso dos usados, os descontos não devem passar dos 10%,
dizem os corretores. Eles destacam, no entanto, as facilidades na hora de
comprar.
“O cliente vendedor final ou o cliente incorporador está mais
suscetível à negociação. Isso faz com que aumente a demanda do cliente
[comprador] por nossos imóveis”, afirma Rodrigo Gordinho, diretor de Imóveis
Prontos da Lopes, que também prevê um primeiro trimestre melhor em 2015 do que
em 2014.
— Não vai ser mais aquela loucura de subir preço. Abaixar preço
também acho muito difícil. Mas é um assentamento natural de preços, e as
melhores oportunidades vão prevalecer.
Igor Freire, diretor de vendas da Lello Imóveis, afirma que,
quando o mercado estava “superaquecido”, os vendedores não aceitavam redução de
preço, ou um sinal (pagamento inicial) mais baixo, como vem ocorrendo agora.
Para Viana Neto, do Creci-SP, os preços podem baixar ainda mais.
— Acredito até que os preços precisam baixar mais um pouco para
cair dentro da realidade do mercado, porque a renda familiar não alcança a
necessidade para a pessoa assinar um contrato.
(Portal R7 - Economia - 09/03/2015)
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32% E MUITO,MUITO POUCO, TEM QUE SER 68% A 75% NO MINIMO.COM 32% PAGA-SE 3 E LEVA 1,PORQUE ANTES PAGAVA-SE 4 E LEVAVA 1.
ResponderExcluirquantas vezes eu escutei: " Seu imóvel ???? Vale muito !!!!" quase dentro da favela, sem nenhuma infra-estrutura, agora vão ter que implorar por compradores, pois não vao aparecer, o país está quebrado, famílias endividadas.
ResponderExcluirPeguem aquelas porcarias minúsculas que a tanto tempo cobravam fortunas e vão para o inferno !!!
80% MENOS NOS PREÇOS AINDA NAO VAI VENDER,60% JA TEM DESCONTOS POR AI.
ResponderExcluirOs impostos também tem que baixar!
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