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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Estadão: Excesso de oferta para aluguel e venda aumenta crise no setor

Não estamos recebendo ligação de interessados, mesmo cortando o preço”, disse Katz. Faz 20 anos que ele abriu a imobiliária e, na sua opinião, esta é a pior crise que já enfrentou na região

A desaceleração da economia fez com que as empresas entregassem literalmente os pontos comerciais. Entre lojas, showrooms e escritórios, existe hoje uma infinidade de imóveis vagos para alugar ou vender nas Avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini, Sumaré ou Rebouças, importantes corredores comerciais da cidade de São Paulo. 

A história se repete nos shoppings de luxo a céu aberto, como a Rua Oscar Freire, e no comércio popular, como o da Rua Clélia, na Lapa. O pano de fundo é a crise, que fez as empresas concentrarem as lojas para reduzir custos, especialmente nos setores mais afetados, como concessionárias de veículos. “A tendência é de que a vacância aumente cada vez mais no decorrer do ano, porque alguns varejistas vão sentir mais os efeitos da crise”, prevê Marcos Hirai, sócio­diretor da BG&H Real State, empresa especializada no setor imobiliário. No momento, ele acredita que o que está pesando mais para o crescimento no número de imóveis comerciais vagos em importantes corredores comerciais é a “mudança vocacional” das ruas e avenidas. 

Na imobiliária Lello, por exemplo, aumentou em 40% no primeiro trimestre a procura por locação de imóveis comerciais com aluguel mais barato. “Muitas empresas estão deixando imóveis mais caros e indo para os mais baratos para acomodar as estruturas”, conta a diretora comercial, Roseli Hernandes. 

Já no setor de grandes lajes corporativas, a vacância é alta porque há uma grande oferta. Segundo a Cushman & Wakefield, consultoria em serviços imobiliários, a vacância, que tinha fechado 2014 em 20,2%, subiu para 24% no 1.º trimestre. “O mercado de escritórios tem um ciclo longo e estão sendo entregues hoje projetos iniciados em 2010. Mas a realidade mudou”, diz Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe. Mark Turnbull, diretor de locação do Secovi­-SP, diz que, por conta desse cenário, as negociações de preços ficaram mais flexíveis. 

Há dois anos esperando comprador, empresário desabafa "não está fácil"
Faz dois anos que o imóvel localizado na altura do número 3.000 da Avenida Rebouças, um dos principais corredores comerciais de São Paulo, está à espera de um comprador. O preço pedido pelo grupo SHC, do empresário Sergio Habib, dono do imóvel, é R$ 25 milhões. Na área de 3 mil metros quadrados funcionava uma revenda de carros da Citroën, uma das primeiras da marca no País. 

Com a queda nas vendas de veículos no mercado brasileiro, que só de carros e comerciais leves encolheu 3% entre 2012 e 2013, a loja ficou inviável. A empresa tentou manter presença na avenida com uma loja menor, localizada no número 2.700. Mas essa tentativa também não deu certo. Só neste ano, 250 revendas fecharam no País, segundo a Fenabrave. 

No caso da revenda da Citroën, além da fraqueza do mercado, houve um agravante. Pela lei do zoneamento, os estabelecimentos da Avenida Rebouças só podem funcionar como showroom e não é permitido emitir nota fiscal de venda. “Nessas condições, a operação não valia mais a pena pois os custos ficaram elevados”, disse o diretor de expansão do grupo, Eduardo Cambraia. Ele contou que há interessados no imóvel, mas admitiu que o mercado imobiliário não está fácil. 

Sem baixar os preços, sem negócios
A resistência dos proprietários em não baixar preço tem dificultado o fechamento de contratos de locação e compra/venda, diante de um mercado imobiliário com muitas ofertas na cidade de São Paulo, tanto para alugar como para vender estabelecimentos comerciais. Faz quase um ano que o imóvel localizado na altura do número 2.700 da Avenida Rebouças, um dos principais corredores comerciais da capital paulista, aguarda um comprador ou um inquilino. 

A reportagem apurou que apareceram muitas propostas para comprar o imóvel nos últimos tempos, especialmente de investidores. Mas as negociações não avançaram porque as ofertas foram bem menores em relação ao preço pedido. 

Mensagem inusitada para atrair clientes 
Quem passa pela Rua Doutor Melo Alves na frente do número 453, no bairro paulistano dos Jardins, se surpreende com uma mensagem colocada logo abaixo de uma placa de aluga-­se: “Sou um ponto comercial excelente! Quer me conhecer? É só tocar a campainha na Rua Dr. Melo Alves n.º 433”.

Apesar da mensagem inusitada para chamar a atenção, a loja está vaga faz oito meses e sem candidatos a inquilinos. “A ideia de colocar essa mensagem foi da corretora. Vale tudo para chamar atenção”, contou o proprietário da imobiliária Khondo, Hélio Katz, responsável pela locação. 

O imóvel de 140 metros quadrados já foi ocupado por duas lojas de grife do setor de moda, que sentiram o impacto da crise e não conseguiram pagar o aluguel por causa da queda nas vendas. O último inquilino desembolsava cerca de R$ 15 mil por mês para ocupar a loja. Agora, o preço pedido é R$ 12 mil, sem luvas, que é um valor adicional pelo ponto comercial. E, mesmo assim, faltam interessados.“Não estamos recebendo ligação de interessados, mesmo cortando o preço”, disse Katz. Faz 20 anos que ele abriu a imobiliária e, na sua opinião, esta é a pior crise que já enfrentou na região.

(Estadão - Notícias - Geral - 16/05/2015)

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9 comentários:

  1. De acordo com o especialista é uma mdança vocacional das ruas. Todas as ruas mudaram de vocação ao mesmo tempo? Ô desculpinha para nao abaixar os preços

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  2. E ESSA CRISE NAO E PASSAGEIRA NAO.......ACORDEM......FORA PT

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  3. OLÊ OLÊ OLÊ OLA LULA LÁ LULA LÁ. APERTEM O 13 EM 2018 NOVAMENTE. ENGRAÇADO E QUE NÃO ENCONTRO NENHUM PETISTA MAIS SUMIRAM DO MAPA OU NÃO TEM DINHEIRO PARA FREQUENTAR OS LUGARES QUE EU FREQUENTO HOJE. EU POUPEI DIMDIM E ELES GASTARAM IMAGINANDO O ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO. RECEBAM ESSA CRISE.

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  4. espero que fiquem sem vender e amarguem todos os anos de lutas e preços altos que tivemos de ouvir, tanto na locação como na venda, espero que vejam o sofrimento que tivemos de passar ao ver um apartamentinho de 60 metros ser pedido 400.000, sao anos tentando comprar algo, mas agora quero que sejam anos tentando vender e ver o preço cair, amarguem com seu próprio veneno. Urubus aproveitadores do trabalho e suor alheio.

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    1. Compreendo exatamente o que você diz, tenho essa mesma indignação com aquela cambada de safados miseráveis, era deplorável, faziam pouco caso do comprador e olha que não era um bem barato, 500 mil Reais, agora estão ai, muitos desempregados, estou rindo da cara desses miseráveis, detesto cada um deles. Meu dinheiro está aplicado e rendendo juros, estou economicamente estável, graças a Deus.

      Iremos conseguir, pode anotar.

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  5. Quanto mais alto o voo, mais alto o tombo.

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  6. muito locador andava dizendo "não negocio por menos de x, se vc não tá a fim procure outro"... mas agora já tem alguns locadores dizendo "peraí, vamos conversar, podemos chegar num acordo"...

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  7. AS BOLHAS SAO MUITO INTERESSANTES,QUANDO EXPLODEM A MERDA TA FEITA.... E AQUI SERA ASSIM....AGURDEMMMMMMMMMMMMM......A MELECA PETEBA.

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