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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Folha: Editorial aborda a crise no setor imobiliário

A luta se concentra em reduzir os altos estoques, algo difícil no contexto de falta de crédito e célere aumento dos distratos

Entre os muitos setores afetados pela crise econômica, poucos são atingidos tão em cheio pela tempestade perfeita quanto a construção civil, prejudicada pelo colapso da confiança (em especial quanto à manutenção do emprego) e pela falta de financiamento de longo prazo para aquisição de imóveis. 

Será o pior ano em mais de uma década; analistas esperam queda de até 5,5% no PIB da área. Entre as 13 maiores incorporadoras, 6 travaram novos negócios; no primeiro trimestre, o lançamento de novos empreendimentos caiu 57% em relação ao mesmo período de 2014. 

A luta se concentra em reduzir os altos estoques, algo difícil no contexto de falta de crédito e célere aumento dos distratos – quando a transação é cancelada, por exemplo, porque o consumidor não conseguiu se enquadrar nos critérios dos bancos para obter financiamento, ora mais rigorosos. 

A redução de atividade no setor alterou a dinâmica de preços. Após vários anos de alta acelerada, em várias capitais eles já nem acompanham a inflação. 

No segmento residencial, o maior problema está na falta de recursos na principal fonte para o financiamento, os depósitos da poupança –65% dos saldos são direcionados por lei para o Sistema Financeiro da Habitação, que banca imóveis de até R$ 750 mil. 

Isso ocorre porque o aumento da taxa básica de juros (de 7,25%, em abril de 2013, para 13,25% atualmente) torna as aplicações na poupança pouco atraentes. 

Não por acaso, houve resgates de R$ 30 bilhões nos primeiros quatro meses do ano. Trata-­se de inversão notável em relação ao padrão vigente de 2011 ao fim de 2014, quando o volume das aplicações subiu R$ 240 bilhões. 

Na prática, a escassez obrigou a Caixa Econômica Federal, que detém 70% do mercado, a dificultar o acesso a novos empréstimos. Nos últimos meses, o banco subiu os juros e cortou drasticamente a parcela máxima financiada em imóveis usados, embora tenha mantido as condições para os programas de moradia de baixa renda. 

O governo estuda paliativos para defender o segmento de menor poder aquisitivo, mas será difícil amortecer o impacto, pois simplesmente não há dinheiro suficiente. 

No fundo, o problema de sempre permanece: a crônica tendência aos juros altos, que inviabiliza a formação de um mercado de crédito de longo prazo e mantém a dependência de recursos subsidiados, sempre mais restritos e sujeitos a súbitas interrupções. 

A tarefa essencial do governo, portanto, é arrumar suas contas e derrotar a inflação. Enquanto os juros não caírem bem abaixo de 10% e lá permanecerem, não se desenvolverá um padrão sustentável de financiamento imobiliário

(Folha de São Paulo - Opinião - Editorial - 20/05/2015)

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13 comentários:

  1. Isso não é culpa do governo apesar de ter ajudado a scabar com o Brasil. O governo deu o crédito para a população. Ai entrou na jogada a ganância do brasileiro. Os corretores de imóveis e os investidores inflaram o preço obrigando a caixa a aumentar os anos de financiamento e o otario do comprador endividando mais anos. Aí o preço chegou a um patamar que nem com crédito tá facil comprar. Os corretores e investidores desesperados porque nao consegue vender e o coitado do povo comprando caro e ainda imaginando que iria valorizar 30% ao ano coitados. Agora o imóvel usado nao vende porque ninguém tem a metade do valor para dar e nem aguenta pagar as prestações por causa do aumento do juro. Todos imaginando que iria ganhar muito dinheiro e ficar rico e agora todos ficando ciente de que isso foi uma pirâmide financeira e que ganhou de verdade foi só quem entrou primeiro e quem entrou por último vai pagar a conta ou perder muito dinheiro desvalorização de no mínimo 50%.

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    1. Perfeito seu comentário!!!!!

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    2. Larga a mão de ser burro. O governo deu crédito para o setor e achou que os preços iam ficar iguais? Tanto faz quem pegou ou deixou de pegar o crédito, tanto faz se o cara foi ganancioso ou parcimonioso, houve uma ENXURRADA de dinheiro para o setor, era OBVIO que os preços iam subir. O que ocorreu não foi uma "valorização" dos imóveis, foi apenas a boa e velha INFLAÇÃO, só que concentrada no mercado imobiliário.

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    3. Esse desgoverno muda as regras o tempo todo,ta nisso, recessao e desemprego, e nessa piramide o ultimo que apague a luz.

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    4. Deixa de ser burro corretor. Que iria subir todos sabem. Mais nao quatro vezes o valor antigo. E se subiu ei porque inflacionou mesmo. Presta atenção no primeiro comentario palavras sabias e com argumentos corretos e não um comentário sem foco igual o seu. Vendedor ou comprador de imóvel desesperado.

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    5. É o glorioso plano do governo:
      .
      "MINHA CASA, MINHA RUINA"
      .
      Acabou.
      .

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  2. Estão tentando evitar o inevitável.
    Não adianta, o mercado imobiliário não vai voltar a crescer enquanto os valores não caírem muito.
    As regras mudaram e muito para o assaliarado, portanto, se quiserem voltar a vender, vão ter que recalcular os aumentos para antes de 2009 e daí corrigir pela inflação e só.

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  3. Hahaha, que patético este Estadão. Quer dizer que para o mercado ficar "saudável" é necessária uma taxa de juros menor que 10%? Que porcaria de mercado "saudável" é esse que precisa do governo manipulando taxas de juros para funcionar? Não é mais fácil admitir de uma vez que tava todo mundo gostando do dinheiro fácil das construtoras (maiores anunciantes dos jornais impressos e financiadoras primárias dos caixas 2 dos partidos), mas esqueceram de ver que o estoque de otários que paga caro em imóvel ia acabar em algum momento?

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  4. Acabou o paga 3 leva 1,pela simples falta de money......A BOLHA VAI EXPLODIR .....e logo....

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  5. Tem gente precisando de psicólogo!
    É evidente que a culpa é do (des)governo que assola este país, privando as pessoas de um ambiente econômico estável (previsível) que lhes permita realizar as suas aspirações pessoais.
    Que mal há em tentar lucrar (muito) com um investimento? Que mal há em tentar melhorar de vida? Só um idiota recalcado culpa o cidadão de bem, cuja única "culpa" foi acreditar no governo e agir influenciado pelo efeito manada, pelo desequilíbrio atual do mercado imobiliário, provocado pela crise de crédito.
    O governo interveio excessivamente no mercado financeiro, incentivando o consumo e o endividamento, sem lastro e sem qualquer preocupação com as consequências dessa que tal forma de proceder na economia, a médio prazo (há problemas em vários setores: eletrodomésticos, veículos, imóveis). Fez com que as pessoas acreditassem na continuidade dessa política e, abruptamente, mudou tudo, com consequências desastrosas em toda a economia e, por conseguinte, no mercado imobiliário...
    Não há bolha! Há uma grande crise econômica provocada pela incompetência e a irresponsabilidade do governo. preparem-se para os piores dias das suas vidas. Preparem-se para o desemprego. O mercado imobiliário é o menor dos problemas.

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  6. Vc que esta precisando de psicólogo. Vc é dono de imobiliária ou é um petista que não vê a realidade.
    Estuda um pouco a situação de outros paises que tiveram uma bolha e vc vai ver que o Brasil já esta em uma. Esses que compraram se fuderam e os corretores não ganham dinheiro e ainda não vao arrumar outro emprego porque tudo está acabando.

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  7. Pois é!!! A culpa não é só do governo é tbm do brasileiro ganancioso (comentário acima provou isso). Se não há bolha, como um imóvel em Miami custa mais barato que no Brasil. Cada um viu!!

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    1. É verdade, é culpa do brasileiro ganancioso sim!
      .
      Brasileiro ganancioso = LULLA.
      .

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