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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Valor: Crédito imobiliário desaba em maio após freio da Caixa

Os números de maio do crédito imobiliário deixam claro o tamanho do estrago que a escassez de dinheiro na caderneta de poupança trouxe para o financiamento da casa própria. Também mostram o quão dependente a modalidade é da Caixa Econômica Federal, que reduziu radicalmente a liberação de empréstimos e, pela primeira vez, perdeu a liderança no crédito habitacional com recursos da poupança 

Dados obtidos com exclusividade pelo Valor mostram que, em maio, foram desembolsados R$ 3,608 bilhões em financiamento habitacional para aquisição de imóveis com recursos da poupança, uma queda de 51% ante o mesmo mês de 2014, e também de 51% na comparação com abril. Tal cifra só se compara à liberada em 2011, antes do salto da modalidade. 

As informações são parte de um levantamento preliminar restrito que a Abecip, associação que reúne empresas de crédito imobiliário, divulga aos associados. A amostra contempla apenas operações que tiveram "funding" da poupança, o que exclui o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Procurada, a Abecip não retornou pedido de entrevista. 

Caixa foi a grande vilã. Queda chegou a 85%
Foi a Caixa a grande responsável por essa redução no crédito habitacional. O banco estatal, historicamente o principal financiador da casa própria do país, desembolsou R$ 725 milhões em operações para mutuários em maio. Em abril, o banco havia liberado R$ 4,798 bilhões, ou seja, houve uma queda de 85% na comparação com mês imediatamente anterior. Em maio do ano passado, o banco público desembolsou R$ 4,438 bilhões. 

Desde 4 de maio, a Caixa passou a financiar apenas 50% do valor de um imóvel usado, no Sistema de Amortização Constante (SAC), e até 40% na tabela Price. Também no meio de abril, o banco público anunciou, pela segunda vez no ano, aumento nos juros do financiamento habitacional. Em algumas linhas, os reajustes chegaram a até 80 pontos­-base. 

O desempenho da Caixa em maio levou à quebra de um paradigma no crédito habitacional brasileiro: o banco público perdeu a liderança do mercado. 

Em abril, a Caixa respondia por 65,1% do volume desembolsado para mutuários, participação que encolheu para 20,1% em maio. A liderança passou para as mãos do Itaú Unibanco (24,9%), seguido pelo Bradesco (20,4%) e pelo Santander (20,2%). Apenas para fins de comparação, em abril, o Itaú tinha 11,4% de participação, o Bradesco 6,6% e o Santander, 9,1%. 

Procurada, a Caixa afirmou que sua prioridade neste ano serão linhas com recursos do FGTS, como o MCMV. "É nessa faixa de renda que está concentrado mais de 90% do déficit habitacional. A Caixa ressalta que mantém a liderança para este público, com o market share de 90,8% em termos de estoque e 77% em termos de aplicação", citou em nota. 

Ainda que os dados de maio tenham sido significativos em mostrar o tamanho do freio do crédito imobiliário brasileiro, são os de junho que darão um melhor quadro do semestre, segundo bancos ouvidos pelo Valor. 

O motivo é a série de medidas lançadas pelo governo neste mês que previam uma injeção de cerca de R$ 25 bilhões para o crédito imobiliário. O Banco Central (BC) mudou as regras do depósito compulsório da poupança, aumentando o volume de recursos disponíveis para financiamento habitacional, e o governo permitiu uso adicional de recursos do FGTS. 

Tombo
O desempenho do crédito imobiliário tem a ver com o tombo na captação da sua principal fonte de recursos, a caderneta de poupança. Os saques têm superado com folga os depósitos neste ano por conta da perda de atratividade do investimento, diante da alta dos juros e do aperto no orçamento das famílias. 

No acumulado do ano até 17 junho, a retirada líquida da caderneta somava R$ 38 bilhões. A Abecip projeta que a poupança encerre 2015 com resgate de R$ 50 bilhões. 

A alta da Selic inviabiliza que recursos captados a taxas de mercado sejam usados para o crédito habitacional, sem que os juros cobrados cheguem a níveis assustadores.

(Valor Online - Finanças - 25/06/2015)

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11 comentários:

  1. Voltamos a verdade, transações imobiliárias acontecerão na normalidade daqui pra frente, com o real valor deste ativo sem liquidez.
    Essa loucura propciada pelo inédito financiamento em 35 anos de imóveis, que acho insano para assalariados, fará muitos realizarem prejuízos daqui pra frente, pois os preços antes praticados eram uma verdadeira ofensa ao consumidor, que agora não tem outra saída...é despencar, mesmo que demore o inconformismo dos proprietários.

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  2. Corretores cortando os pulsos, isso é só o começo, preparem-se para o caos.

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    1. Certissimo. ainda bem que existe enxada,enxadao,foice,rastelo,martelo,prego, e TERRA pra plantar ainda kkkkk,pois lugar de 'CORVOS/ESPANTALHOS" e no campo,na roça,,,,,,

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  3. Imóvel não tem liquidez, mas o mercado ainda está bastante líquido haja vista a inflação que temos. De cara, mantidos os preços absurdos atuais, os proprietários já estarão perdendo 10% que é a inflação atual anualizada. Todavia vejo muitos proprietários segurando o imóvel com anúncios de preços absurdos. Não aceitam oferta, resistem em negociar o preço - ainda teremos muito tempo até que o ajuste aconteça.

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  4. Espero que quebre imobiliárias e construtoras e que o PT de Dilma e Lula vão para o inferno.

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  5. SECOU A TETA, DE TUDO QUANTO E LADO. KAOS A VISTA AQUI NO BREJAL....

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  6. .
    Mas a Caixa não é aquela estatal que dá dezenas de milhões para o Corinthians, para fazer propaganda inútil e sem concorrência?
    .

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  7. Oceis estao cobrando muito caro no valor desses lixos, entao oceis tem que se fuderem,

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  8. Os bons tempos, quando se trocava um terreno com um carro semi novo está voltando...
    Aguardem 2016...

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    1. Concordo, e era bem melhor,consegui comprar minha casa com carro.Mas sabe porque?: por que carro e como esconder dinheiro do desgoverno, em caso de algum confisco.

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  9. Bolha é para países minimamente estruturados. Brasil é BALÃO IMOBILIÁRIO. Estourou. É um vulcão de grandes proporções. Simplesmente ambição demais, preços irreais, deu no que deu. Nunca se viu tantos distratos. Distratos em qualquer negócio representam a exceção da exceção. Em matéria de imóveis virou regra. Olhem para cima. Quantas placas vendem-se, não precisa nem mais de jornais. Quem é louco que se aventure a dar dinheiro para corretoras, bancos, construtoras. Simplesmente é o caos, estourou o balão. Estou correndo de tudo isto.
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    Marcelo Marcelo
    Ontem às 08:48
    Não vejo mais bolha imobiliária. Mas BALÃO IMOBILIÁRIO pronto a explodir. Não se pode comprar nada. Aquela teoria de aumentar os valores, porque nos financiamentos perpétuos o brasileiro só se importa se terá condições de pagar a prestação foi por água abaixo. Corretores, imobiliárias, bancos, construtoras, imprensa, governos, fizeram um pool, um marketing, criando um BALÃO IMOBILIÁRIO induzindo todos a comprarem, aumentando de forma irreal os preços, cujas variáveis básicas são oferta e procura aliado no caso dos imóveis ao custo real médio do metro quadrado. Nunca se teve tanta oferta. Astronômica oferta. Mas astronômico mesmo são os preços. Inviáveis. Imóveis fechados, ainda que novos, estão se deteriorando. Preferem isto a baixarem os preços. É lucro de mais encima de uma população empobrecida. A certeza é uma só. São muitos imóveis literalmente abandonados, sem uma utilidade. É a quebra total de um sistema mal concebido. Mal organizado. Não se pode mais deixar que tudo ocorra neste País, Brasil. Aliado a tudo isto, se permitiu que os Bancos e Operadoras de Cartões de Crédito extorquissem a população com altíssima taxas de juros. Endividamento total. É o único País do mundo, em que o cidadão, se tornou vassalo, para não dizer escravo econômico, nova modalidade dos tempos modernos, de escravidão.

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