"Com os resultados negativos do primeiro semestre, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses é negativa. Eles esperam uma queda ainda maior do nível de atividade, do lançamento de novos empreendimentos e do número de empregados nos próximos seis meses. A intenção de investimentos segue bastante reduzida"
O número de empregados e o nível de atividade da indústria da construção
registraram nova queda no mês de junho, segundo a pesquisa Sondagem Indústria da
Construção, divulgada hoje (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Após leve alta no mês de maio em relação a abril, os dois indicadores recuaram
no mês junho na comparação com o mês anterior, ficando em 37,5 pontos e 35,9
pontos, respectivamente, em uma escala de 0 a 100. Valores abaixo de 50 indicam
crise.
A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) também recuou no mês de
junho. O índice, que havia registrado variação positiva de 1 ponto percentual
de abril para maio, passou de 61%, em maio, para 60%, junho, o que mostra que
40% do parque industrial estão ociosos.
Segundo o levantamento, feito entre os dias 1º e 13 de julho, com 607
empresas do segmento, o nível de atividade diminuiu de 37,7 pontos, em maio,
para 37,5 pontos, em junho. Já em relação ao número de empregados, o indicador
passou de 36,6 pontos, para 35,9 pontos no mesmo período.
A retração no nível de atividade da construção em junho foi puxada
pelas empresas de pequeno porte, que, em maio, haviam registrado 38,6 pontos e
passaram para 35,5 pontos no mês passado. As empresas de grande porte ouvidas
pela CNI e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) tiveram
queda no nível de atividade, de 38 pontos, em maio, para 37,9, em junho. Já as
companhias de médio porte apresentaram variação positiva do indicador no
período, passando de 36,5 pontos para 38,1 pontos.
O cenário é semelhante em relação ao número de empegados. Enquanto as
pequenas e as grandes empresas reduziram o número de trabalhadores (de 38,1
pontos para 35,8 pontos e de 37,1 pontos para 35,1 pontos, respectivamente), as
empresas de médio porte tiverem crescimento da mão de obra, passando de 34,9 pontos,
em maio, para 37,4 pontos, em junho.
De acordo com a pesquisa, a situação financeira das empresas do setor
piorou no segundo trimestre do ano, passando de 38,3 pontos, para 37,2 pontos.
A margem de lucro operacional também recuou no período, passando de 34,7
pontos, no primeiro trimestre do ano, para 32,7 pontos no segundo.
De acordo com CNI, os empresários atribuem o cenário negativo à alta
carga tributária, às elevadas taxas de juros e à inadimplência dos clientes.
Esses problemas foram citados por 35,4%, 35% e 30,5% dos entrevistados,
respectivamente. Em quarto e quinto lugares, aparecem a demanda interna
insuficiente (27,6%) e a falta de capital de giro (27,2%).
"Com os resultados negativos do primeiro semestre, a expectativa
dos empresários para os próximos seis meses é negativa. Eles esperam uma queda
ainda maior do nível de atividade, do lançamento de novos empreendimentos e do
número de empregados nos próximos seis meses. A intenção de investimentos segue
bastante reduzida", avaliou o economista da CNI Marcelo Azevedo em nota
divulgada pela confederação.
Das 607 empresas ouvidas, 192 são de pequeno porte, 282 são médias e 133
são grandes.
(Portal IG - Brasil Econômico - Finanças - Casa Própria - 23/07/2015)
VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK
ATE AGORA NAO VI QUEDA DE PREÇOS NAO, SERA QUE ESTAO SEGURANDO ATE ONDE DER. OU ESTAO RELUTANDO CONTRA A MARE?PRECISA CAIR UNS 60% NO MINIMO.
ResponderExcluirEstamos vivendo uma difícil fase...
ResponderExcluirComeçamos a fase de baixa neste segmento imobiliário, e para quem já esteve por 3 anos no mínimo na Bovespa, sabe o quanto dói as primeiras perdas.
Segue-se adiante em busca de recuperação, mas construir imóveis no volatilismo do financiamento, aumenta- se e muito o risco, em um cenário político borbulhante.
Muitos sofrem pelo " não saber ", outros pagam pra ver até aonde vai, mas uma coisa é certa:
Dinheiro é traiçoeiro e não leva desaforo pra casa.
Perdeu? Perdeu!
Realizem e parta pra outra.
Em Brasília tenho acompanhado os preços e tirando o NOROESTE que caiu de R$ 12.500,00 m2 para R$ 7500,00 M2, o restante da cidade permanece exatamente como estava. Estou esperando a tão falada queda no preço dos imóveis pra poder comprar o meu e até agora só muita conversa.
ResponderExcluirUma peculiaridade da cidade é que a maioria dos imóveis à venda são usados. Será que os proprietários estão esperando pra ver se a coisa melhora?
E nada da suposta bolha imobiliária estourar...
ResponderExcluirNão há bolha! O que há é uma crise econômica, agravada por outra, de ordem ético-política.
Todas as formas de investimento, à exceção dos títulos de renda fixa, tem experimentado perdas. Todos os setores do comércio e da indústria de bens duráveis estão mergulhados numa grave crise.
Quem tem imóvel e não precisa vender, tem que aguardar. Quem tem imóvel e precisa vender, tem que analisar o mercado e atuar com calma e estabelecer o preço dentro da nova realidade.
A economia vai reagir. Quem não se desesperar, sairá fortalecido...
Todas as variáveis da bolha imobiliária está presente nesta fase aguda da desaceleração econômica devido aos preços inflados, segundo relato dos economistas a economia só vai reagir em 2018 com muito esforço, quero ver os proprietários arcarem com os altos valores de condomínio e IPTU por todo esse tempo, pois alugar está tão difícil como vender.
ExcluirA propósito, comprar não necessariamente é um bom negócio. Enquanto você enganava incautos com a promessa de lucro fácil ou de estar realizando um ótimo negócio, eu venho aplicando meu dinheiro, os juros pagam meu aluguel, enquanto isso assisto de camarote os descontos de 30 a 60% que vem sendo praticados no mercado.
Quero ver quem pode mais, a lei da oferta e da procura um um puro achismo.
aprecie com moderação essa nova fase da sua vida.
A crise apenas começou. Não tem como despencar de uma hora para outra. Leva tempo. Tem muito problema pela frente. Não vou me apressar.
ResponderExcluirPreço de anúncio não corresponde à realidade!!!! Não confiem em anúncio!!!! O preço real é na mesa de negociação.
ResponderExcluirO atual cenário se deve muito à especulação imobiliária nos últimos anos somada a falta de educação e conhecimento econômico do brasileiro e ganância.Não é uma simples questão de crise econômica.
Quem não negocia não vende. É fato!!
Entendo o outro lado, é complicado para quem vende, comprar um bem (com valor especulativo) e vendê-lo por menor valor. Há a insegurança de vender e não conseguir comprar.
A transição é lenta. Até meados do ano que vem o cenário já estará mais definido. Vai piorar muito ainda.
Por favor! Parem de confiar em anúncio e observem as placas de vende-se juntando poeira.
Lembro- me da década de 80.
ResponderExcluirCarros usados valiam mais que um zero.
Para conter o consumo em 1985 o governo cortou o crédito, as pessoas passaram a financiar carros em até 3 parcelas no máximo...isso mesmo 3.
O financiamento do BNH foi suspenso para imóveis.
Td acontecia à medida que se cortava "zeros" da moeda.
Overnight comia solto. Aplicações pagavam tudo.
Reajuste de aposentadorias e salário de 3 em 3 meses.
Logo depois veio a deflação.
Isto é o ponto de descontrole total, e os preços de autos e principalmente imóveis ficaram engessados por anos, pois estavam sem o fomentador, que era o crédito e a insegurança dos consumidores atordoados.
PS: crédito pessoal era irrisório e consignado nem existia.
Parece que hoje, é tudo questão de tempo, o endividamento bombástico da população faz o papel do corte radical de crédito que houve outrora.