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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Estadão: Crise imobiliária deixa condomínios vazios, gerando mais distratos

Contribuição do leitor Eduardo Mazzini

A poucos metros da faixa de “últimas unidades à venda”, o analista de sistemas, de 34 anos, conta que apenas 20 famílias habitam os cerca de 300 apartamentos do condomínio, entregue em janeiro [...] Corretores da região reconhecem: é o momento mais difícil em pelo menos oito anos. Trabalhando para diferentes incorporadoras simultaneamente, eles já se dão por satisfeitos se conseguem vender um único apartamento por mês. Quando muito

Síndico há seis meses, Lucas Nascimento nunca passou por um único episódio de briga entre moradores, disputa por vagas de garagem ou som alto na madrugada. Seu maior problema é a falta de vizinhos. A poucos metros da faixa de “últimas unidades à venda”, o analista de sistemas, de 34 anos, conta que apenas 20 famílias habitam os cerca de 300 apartamentos do condomínio, entregue em janeiro. Entre imóveis vazios e devolvidos, falta dinheiro para fechar as contas. 

A cena é um retrato do mercado imobiliário de São Paulo: as vendas de imóveis novos caíram 11,4% na capital nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi­-SP). Como se não bastasse, disparou o número de imóveis vendidos em anos anteriores que agora estão sendo devolvidos antes mesmo da entrega das chaves. São os chamados distratos. A Associação Brasileira de Mutuários Habitacionais (ABMH) registra uma alta de 30% nas reclamações envolvendo esses casos no primeiro semestre de 2015. 

Enquanto caminha pela área de lazer deserta – com piscina, quadra poliesportiva, salão de festas e forno de pizza –, Nascimento diz que a construtora costuma acumular alguns meses antes de pagar as taxas de condomínio das unidades vagas. Isso dificulta arcar com os custos de manutenção e segurança. A empresa rebate e diz que as contas estão em dia. 

Corretores reconhecem momento difícil
O vazio nos corredores não é exclusivo do condomínio localizado no bairro Jaguaré, na zona oeste de São Paulo. Corretores da região reconhecem: é o momento mais difícil em pelo menos oito anos. Trabalhando para diferentes incorporadoras simultaneamente, eles já se dão por satisfeitos se conseguem vender um único apartamento por mês. Quando muito. 

Em um único condomínio foram 17 distratos em uma semana
A visão dos prédios evidencia o problema. À medida que o dia escurece, poucas luzes se acendem nas quatro torres que compõem o empreendimento de classe média, com unidades na faixa de R$ 400 mil. “Somente nesta semana foram liberados 17 distratos para revenda”, revela um dos corretores. É provável que uma das unidades já tenha sido do consultor de TI Wagner Augusto Júnior, que desistiu da compra da casa própria em janeiro. 

Ele se sentiu pego no contrapé. Com os negócios fraquejando e maior incerteza em relação à própria renda, o profissional autônomo decidiu, a contragosto, devolver o apartamento à incorporadora. Após três anos pagando a entrada de 20% em parcelas mensais, ele voltou ao aluguel. Pretendia vender um carro para liquidar a entrada antes de financiar o restante pela Caixa. Mas o endurecimento na aprovação de crédito pelo banco público, principal fonte de recursos de pessoas físicas para a aquisição de imóveis, foi a pá de cal no sonho do consultor. Um sonho de 70 metros quadrados e três dormitórios. 

A festa acabou
Após uma década de inédita e vertiginosa expansão do crédito imobiliário no Brasil, 2015 começou com os sinais trocados. Um encolhimento nos recursos disponíveis para essa modalidade de financiamento, sobretudo por causa do volume robusto de saques na caderneta de poupança, deixou os bancos mais seletivos na concessão do empréstimo, sem contar a elevação dos juros. 

Enquanto isso, Augusto Júnior refaz seus planos. “É melhor não sonhar antes que o mercado se estabilize.” Até que o imóvel novo se torne realidade, ele deixa o dinheiro em uma aplicação e pensa em sair da cidade e construir uma casa em um terreno que possui em Vargem Grande Paulista. “Meus planos hoje são gastar o mínimo e esperar o momento certo.” 

(Estadão - Notícias - Geral - 08/08/2015)

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35 comentários:

  1. Conheco corretores de imoveis que nao estao vendendo nada ha 1 ano ja. Um conhecido esta fazendo servico de impressao em casa e sua esposa vendendo bolos, para pagar as contas do mes.
    Ja fecharam algumas imobiliarias tambem. Isso tudo aqui no rio de janeiro.
    A sorte é que era motorista de onobus e sempre tem vaga nas empresas para trabalhar.

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    1. Conheço várias lojas que fecharam, pessoas desempregadas. O investidos e as construtoras têm dinheiro de reserva. Ninguém vai ficar queimando imóveis assim não. Acordem!

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    2. Ótimo, então eles podem ficar com seus estoques de imóveis, enquanto nosso dinheiro fica aplicado.
      Mas....e como é que eles vão pagar pelas despesas assumidas para as construções e os custos de manter estoques encalhados?

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    3. Os custos de manutencao permanecem!
      Dinheiro acaba!!!
      As construtoras nao tem caixa, têm dividas, que por sinal estao sendo arroladas junto aos bancos.
      Não seja bobo, corvo!!!! Aqui voce nao engana ninguem!!!!

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    4. Construtora vive de construir e vender. Ficar "guardando imovel" sem vender, empatando seu dinheiro, tendo que gastar na manutenção mesmo com imovel fechado (impostos, condominio, limpeza basica) mata qualquer construtora.

      Tem muito proprietário, construtora ou não, que tem imovel como investimento que vai ficar segurando o imovel para o mercado melhorar, essese vão morrer igual a pirata abraçado a seu bau de tesouro em uma ilha deserta. Vai morrer com seu tesouro e ninguem vai socorrer.

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    5. Direcional tem lucro de R$ 27,784 milhões no 2º trimestre

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  2. Procuro um imóvel com esse desconto de 30% no rio de janeiro e até agora nenhum proprietário aceitou, isso tudo e conversa fiada !!!

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    1. Ja achei ate 40%. Quem nao vende a inflacao corroe e em 3 a 4 anos vai dar mais de 30%.
      Nao acredita na materia? Barra, recreio, campo grande, pavuna, tijuca.... passa la de noite e vai ver meia duzia de luz acesa.
      Ou voce esta muito ansioso, natural ne?
      Ou é corvo tentando ludibriar...

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    2. Aguarde meu caro!!! Aguarde!!! Quem precisa de dinheiro se desespera ao ficar mais de 01 ano sem vender. A ficha não vai cair assim de uma hora para outra. Aguarde final do ano que vem ou daqui a dois anos.

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    3. .
      O anônimo das 8:33 procura imóvel só pelo computador...
      .

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    4. Se não abaixarem os preços, não venderão.
      Os corretores tentam manter os preços nos anúncios para não abaixar índices como o FIPE ZAP e tentar segurar os preços e consequentemente seus ganhos.
      Isso é um verdadeiro tiro no pé, pois, invés de fazer o mercado girar com preços anunciados mais baixos, atraindo os compradores, com o tempo sem nenhuma comissão, pois não realizarão nenhuma venda.
      Como o ditado diz:"É melhor um pássaro na mão do que dois voando"

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    5. Se ele nao aceitou 30% de desconto, e porque voce deveria ter pedido 50% de desconto.......kkkkkkkkkk

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    6. Conversa fiada esse negócio de preço cair assim! O povo sonha acordado como sempre. Mas com a fome vindo aí a classe C vai sonhar dormindo mesmo (dormindo de fome).

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    7. Eu comprei minha casa de 750 mil por 535 mil reais. Estava para vender a mais de 2 anos.

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  3. O povo, como sempre, sonhando com essa baixa nos imóveis, mesmo com a inflação galopante. Lamentável!

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    1. Não entendi, com a inflação galopante, aí é que é o momento de investir algo que renda pelo menos mais que a inflação. Imóvel está caindo de preço e se alugar consegue 0,3% a.m., isso se tiver sorte.

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    2. .
      O povo nem pensa mais em baixa dos imóveis, este tempo já passou, agora está mais preocupado quanto vai gastar no supermercado com o bolso quase vazio devido ao desemprego.
      .

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    3. O povo já desistiu de imóvel próprio. Eles não vão abaixar. As grandes construtoras já não lançam empreendimentos mais. Se eles fossem trouxas não seriam ricos! A classe C veio da Z e para lá voltarão para aprenderem acreditar que com renda de mil e mixaria de reais pertenciam à classe C.

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    4. Classe A e B nao vao comprar imoveis ,pois ja possuem , SOBROU A CLASSE C QUE NA VERDADE E POBRE E ENDIVIDADA.VENDER PARA QUEM ENTAO? RESP: NAO TEM PRA QUEM VENDER MESMO ABAIXANDO OS PREÇOS....ENTAO...LULASKOU TUDO......HOJE IMOVEL E AUTOMOVEL NAO E MAIS INVESTIMENTO E SIM DESPESAS.

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    5. Que comentário mais discriminador e fascista esse do 15:55.
      Como se fosse melhor que alguém.
      Mas é apenas mais um corretor desesperado que vem aqui trolar.

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    6. Vcs já ouviram falar na teoria do Tolo Maior? Então, os que compraram por ultimo com esse preço e não largam o osso são os tolos maiores.

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  4. Se esta sobrando imoveis e porque esta "bolhudo" ao padrao de renda brazuca,fora o desastre que esta a economia aqui no mandiocal.60% de desconto estaria de bom tamanho,ja que o preço do metro quadrado acabado e de 1200,00 reais.
    e as destrutoras querem vender por 8000,00.BRASIL ESTA FALIDO ECONOMICAMENTE,KAOS A VISTA.

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  5. Quem quer comprar para morar tem de aproveitar o momento! Cuidado com os fracassados recalcados que torcem pelo pior... Negociando, pode-se obter um bom desconto que compense a alta de juros ou, dependendo das reservas, um financiamento direto com a construtora, a boas taxas...
    Todo mundo minimamente inteligente sabe, percebe que imóvel com despesa de condomínio não é um bom investimento, mas apenas fonte de despesa... O problema é que a subida exagerada dos preços, alimentada pela demanda reprimida, pela facilitação do acesso ao crédito (com o incentivo irresponsável do endividamento, por parte do governo) e pelo excesso de liquidez produzido pela estagnação do mercado acionário (a partir de 2008), criou a falsa impressão de que os imóveis eram um excelente investimento, de retorno elevado a curto prazo (quando são o exato oposto, a começar pela pouca liquidez)...

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    1. Momento??? De juros recordes, de inflação recorde, desemprego recorde, distratos recorde.
      Concordo que agora é o momento para quem tem dinheiro na mão com condições de conseguir bons preços sem necessidade de financiamento.
      O momento agora para quem não tem o dinheiro na mão é de investir e deixar quieto rendendo. Usar parte para quitar o aluguel.

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    2. Quem é responsável pelo endividamento é o zé mané iludido e desinformado que se endividou, o governo apenas ofertou crédito!
      Falta muito para equalizar o preço com verdade financeira dos brazucas.

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  6. Antes de imóveis caírem como alguns pensam, a fome já fará parte de mais de 50% da população Brasileira. Em que mundo vocês vivem? Está ruim em todas as áreas não só de construção civil.

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    1. Quero ver a hora que a orda de famintos comecarem a invadir com o mtst os aps vazios....
      Vai ser fogo no cabaré kkkkk

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  7. Não adianta esquentar a cabeça...
    Se um proprietário precisar vender, fatalmente vai se enquadrar na atualização do preço.
    Eu disse atualização, não desconto, se falarmos desconto implica numa redução de lucro, o que não é o caso, e se houver, foi a mudança radical que houve nas condições de venda de tijolo.
    Só pagam em dinheiro vivo os preços atualizados, do contrário fica rendendo 1,1 limpinho ( no mínimo) na conta do comprador sem pressa.
    Se for financiado...pois bem...
    Ninguém financia mais, os juros e a TR detonam a prestação, ficou hiper oneroso...êita diacho!
    O financiamento de 25, 30, 35 anos praticado nos anos anteriores causou uma ilusão muito grande nos brazukas...
    100k virou dinheiro de pinga no financiamento, e na ausência dele ninguém mais tem...acabou! Finish!
    Daí a atualização fatal que os imóveis sofrerão, sem chance de se manter como estava, conforme necessitam de venda, atualizam e vendem pois nada será como foi antes, nem daqui a 20 anos.

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  8. Sinceramente, fico com pena desses corretores que vêem até esse blog escrever essas bobagens. Chegam a subestimar a inteligência dos consumidores.

    Ignoram o mercado e as suas regras... Deve ser o desespero.

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    1. Nao têm o que fazer. Nao vendem. Sobra tempo livre e começam a perturbar com essa ladainha mentirosa que pegou incautos nestes ultimos anos.
      Quem frequenta esse tipo de blog nao entrou na conversa deles. Dificil entender isso?
      Podem falar o que quiserem. Nao me convensarao que tijolo empilhado vale mais que r$ 2000/m2. Nunca valeu e nunca valerá!
      O mercado e suas leis nao foram revogadas e eles nao entendem que uma hora as lei de mercado (LEIS, tá corretores) se impoêm.
      Viva adam smith
      Simples assim

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  9. Vazio não vai ficar, como vai ser uma cidade fantasma, os fantasmas vāo morar.

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  10. O termo "queimar", como muitos dizem, ocorre quando se vende algo com uma margem miínima ou zero de lucro de algum bem com preço normal de mercado.
    Com imóveis, precisam ajustar o preço a realidade de mercado primeiro para depois queimar, e nesse caso, poderemos ter depreciação no preço substancial, conforme o caso.

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  11. Se aparecer um "apertamento" de 55m² por R$60mil e em uma boa localização eu compro.
    Caso contrário pague meu juros LTNs, NTNB PS, LCI e LCAs


    Kkkkkk

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    1. CONCORDO: ATE OCA DE INDIO E MAIS ESPAÇOSA QUE ESSES APERTAMENTOS AI....KKKKKK

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