“Tolerar a inadimplência como ocorreu até pouco tempo é inadmissível. O imóvel é bancado com dinheiro da sociedade. Não consigo entender por que não tomaram essa decisão antes”, diz Flávio Prando, vicepresidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, o sindicato de empresas do setor em São Paulo. Ele considera que as condições são “exageradamente favoráveis” para o calote e que falta uma qualificação mais precisa das condições financeiras das famílias
O governo federal decidiu retomar os imóveis dos beneficiários mais
carentes do programa Minha Casa Minha Vida que estão inadimplentes há mais de
três meses. A Caixa Econômica Federal apertou a cobrança das prestações que
estão atrasadas. Passou a ligar e a enviar SMS para os beneficiários logo após
os primeiros dias de vencimento.
A mudança de postura em relação aos calotes da
chamada faixa 1 do programa – famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil – se
deve a dois fatores: o agravamento da crise, que não permite ao governo ser
leniente com a inadimplência em momento de frustração de recursos, e o temor da
fiscalização dos órgãos de controle, já que até 95% desses imóveis são bancados
com dinheiro público.
A inadimplência do faixa 1 fechou o primeiro semestre
deste ano em 22%, dez vezes superior aos atrasos dos financiamentos
imobiliários tradicionais. Os dados foram repassados pelo Ministério
das Cidades. Segundo o governo, um quarto dos contratos do MCMV faixa 1 está há
mais de 90 dias em atraso. De acordo com as regras do programa, as prestações
para as famílias da faixa 1 não podem ultrapassar 5% da renda do beneficiário,
com valor mínimo de R$ 25 pagos pelo período de dez anos.
O primeiro passo para
retomar os imóveis dessas famílias foi dado no fim do ano passado pela
presidente Dilma Rousseff.
Na época, o Ministério das Cidades informou que o programa não tinha
objetivo de retomar os imóveis no caso de inadimplência, mas ajudar as famílias
a superar as dificuldades financeiras e colocar as prestações em dia. Ressaltou
o fato de que a faixa 1 do Minha Casa não era um financiamento como outro
qualquer, mas uma política social para reduzir o déficit habitacional.
O discurso mudou
O
discurso, porém, mudou. O Ministério das Cidades informou agora que adotará o
que diz a lei para os casos de inadimplência, ou seja, entregar o imóvel para
outra família. “Hoje, o Ministério das Cidades e o agente operador do programa
estão discutindo a forma de implementação da lei”, informou.
“Tolerar a
inadimplência como ocorreu até pouco tempo é inadmissível. O imóvel é bancado
com dinheiro da sociedade. Não consigo entender por que não tomaram essa
decisão antes”, diz Flávio Prando, vice-presidente de Habitação Econômica do
Secovi-SP, o sindicato de empresas do setor em São Paulo. Ele considera que as
condições são “exageradamente favoráveis” para o calote e que falta uma qualificação mais precisa das condições financeiras das famílias.
Para
Lauro Gonzalez, coordenador do centro de estudos de microfinanças e inclusão
financeira da FGV, parte considerável dos beneficiários do programa poderia
pagar uma prestação superior à de 5% da renda. Ele defende que o caminho seria
uma espécie de microcrédito orientado para essas famílias, com análise do potencial
de pagamento de cada uma. “Isso diminuiria a inadimplência e o subsídio
empregado no programa”, diz.
(Estadão - Notícias - Geral - 20/09/2015)
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Povão saiu comprando achando que a bonança seria para sempre. Agora vem a crise e perde tudo. Falta de planejamento. É uma pena. Nada pode se valorizar para sempre, a crise vem para depois começar tudo de novo.
ResponderExcluirAcho que a profissao de corretores(CORVOS)bananenses, esta em processo de extinçao,..necessario pronatec....imdiatamente pra saber o que e uma enxada,pa,picareta,britadeiras,enxadao,foice,rastelo,marreta,prego,lixa de ferro,madeira,...e quanto a plantar mandioca perguntem pra DILMENTIRA.
ExcluirPolícia investiga suicídios em massa de vários corvos, sendo que a tendencia é piorar, haja buraco para enterrar esses corvos no bananal dos pombais kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQue comentário desnecessário ! Lamentável !!
ExcluirCadê agora os movimentos sociais? Um absurdo a Caixa fazer isso! (contém ironia)
ResponderExcluirass: Pessimildo
Sim é um ciclo e as pessoas se esquecem disso.
ResponderExcluirÉ a vida!
Na contra-mão disso tudo, o governo aumentou o limite do minha casa minha vida. Esse projeto é mais para ajudar as construtoras a vender mais do que ajudar o pessoal de baixa renda.
ResponderExcluirLá se foi a última esperança dos corvos.
ResponderExcluirAssim como ocorreu com os datilógrafos a profissão de corretor de imóveis irá desaparecer kkkk
Aqui em Curitiba tem feiras toda semana prometendo grandes descontos, mas os edifícios novinhos continuam vazios,
(sendo irônico mesmo)
É tem que tirar mesmo. Quem não pode pagar, por sua casa própria, uma parcela de 5% do salário próprio só pode ser caloteiro.
ResponderExcluirCaramba, povo comemorando desgraça alheia.
ResponderExcluirBrasil é uma bosta mesmo!
CAIXA ECONÔMICA aumentou hoje mais uma vez os juros do financiamento !!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK....... oS cORVOS cHORAMMMMM !!!!!!!!!!!!!!!!
ExcluirDEU O PEIXE, AO INVES DE ENSINAR A PESCAR DA NISSO.......TEM QUE RETOMAR MESMO E LEILOAR TUDO....
ResponderExcluirE INACREDITAVEL QUE UM PAIS DESSE PORTE/TAMANHO, PERCA EM PIB ATE PARA UM PARAGUAY......DEVE SER O DITADO: MAIOR O TAMANHO, MUITO MAIOR O TOMBO TAMBEM....DEVE ISSO.
ResponderExcluirO M2 ACABADO, OS CARAS COBRAM 5 MIL E ATE MAIS,IRAO VENDER NUNCA ESSE "BOLHUDS".... DE 40 M2 POR 350 MIL......
ResponderExcluirOS BAIXOS CUSTOS ESTÃO ATRAINDO AS EMPRESAS DO BRASIL PARA O PARAGUAI Os empresários brasileiros vão para o Paraguai pelos gastos salariais menores, impostos reduzidos e a tarifa de energia elétrica bem mais mais barata. Presidente paraguaio Horacio Cartes no Brasil. Presidente paraguaio Horacio Cartes no Brasil. PUBLICIDADE
ResponderExcluirNos últimos anos basicamente devido às crises financeira mundiais, necessidade de se aumentar a competitividade ou internacionalização da marca fizeram com que empresas tradicionais na sua logomarca e produtos, migrassem de seus países de origem e investissem em terras estrangeiras. Foi assim com grupos franceses que atravessaram o canal da mancha e se instalaram na Inglaterra, visando, os incentivos fiscais da ilha da rainha; indústrias moveleiras, de tabaco e manufaturas do norte da Grécia, repetiram o mesmo movimento, indo para a Bulgária, aumentando a crise dos helênicos. O mesmo tem acontecido no Brasil atualmente. Mas para onde as empresas brasileiras estão indo, por que, o que têm ganhado em troca, isto é ruim ou bom para o país?
Os especialistas afirmam que sim e a população diz sentir na pele, que, de fato, a crise econômica se instalou em terras brasileiras, o que torna necessário com que as companhias do Brasil de diversos segmentos vão atrás de locais com impostos reduzidos e trabalhadores mais baratos. Um dos locais escolhidos para esse êxodo nacional é o Paraguai, que tem o PIB crescendo na casa dos 4% em 2015, um dos maiores do cone sul e se constituindo assim em um aliado influente para os empreendedores que visam o barateamento dos custos produtivos frente às crises industriais brasileiras.
O que Paraguai fez para atrair os brasileiros? Criou uma denominada Lei de Maquila há mais de 15 anos, semelhante ao modelo mexicano de gestão, que reza basicamente o seguinte:
Garantia e isenções nos impostos às empresas estrangeiras por ocasião da importação de matéria-prima e máquinas;
O produto final de fabricação tem de ser exportado do Paraguai;
O empresário quita um único tributo de 1% sobre a nota de exportação quando a mercadoria é expedida do Paraguai.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 09/09/2015 conduziu mais de 90 empresários de um número quase igual de empresas brasileiras ao Paraguai, a fim de que conhecessem as chances de comércio no vizinho. O ministro do Comércio Exterior brasileiro, Armando Monteiro Neto, acompanhou a comitiva, integrando workshops e tendo agenda marcada com presidente Horácio Cortes do Paraguai. Cerca de 40 empresas brasileiras já se encontram produzindo no Paraguai.
A Lei Maquila somada aos custos reduzidos com a mão-de-obra impulsionam o barateamento das despesas produtivas. Mesmo com o salário mínimo paraguaio maior do que do Brasil (R$ 1.277 reais), o patrões de lá não necessitam pagar o FGTS e a contribuição dos sindicatos. As férias anuais remuneradas no Paraguai são de 12 dias para 5 anos trabalhados, 18 dias para até 10 anos trabalhados e 30 dias acima de 10 anos trabalhados. Já no Brasil são sempre de 30dias por ano trabalhado. Não deve ser esquecida a abundância de energia elétrica na região por causa da hidrelétrica de Itaipu, ou seja, o custo da energia no Paraguai é 50% mais barato do que no Brasil.
É fato que os momentos de crise surgem como grandes incentivadores à busca de soluções para o empresariado brasileiro, tanto que esse descobriu que lá no Paraguai, o imposto de renda (IR) e o imposto sobre o valor agregado (IVA) estão na casa dos 10% contra os 25% de IR no Brasil para as empresas e aqui ainda há 3 impostos substituindo o IVA, a saber: PIS, Cofins e o ICMS que juntos somam mais de 25%.
Com isto fica a pergunta: onde a inteligência de gestão política-econômica está sendo maior, Brasil ou Paraguai?
Desemprego, destratos, retomadas de imóveis, etc... A crise e a bolha mostrando a sua pior face!
ResponderExcluirSó gente invejosa e desejando o pior para os outros e para o país! Vão procurar um psiquiatra!
ResponderExcluirO povo só queria melhorar a vida. É uma pena...espero que conseguem manter suas casas.
ResponderExcluirFico co muita pena das pessoas que porventura podem perder suas casas.. porém acho muito bem feito que esse mercado quebre. Principalmente esses invertidores/empreiteiras gananciosos..mal de brazuca sempre quer levar vantagem
ResponderExcluirNao tenho pena nao!!!
ExcluirUma manicure cobrando 15 reais faz em 1 dia muito mais que os 80 reais de prestacao.
E outra: ela nao paga IR mesmo tendo renda para tal. Nao paga inss pq sabe que aos 65 anos vai aposentar igual quem pagou.
1 escova de cabelo custa por baixo 100,00 reais.
Se nao pagam, é pq nao querem pagar ou nao querem trabalhar.
E se nao PAGAM, tem que retomar mesmo. A regra vale pra todos e o dinheiro ali investido é publico e nao de grupos sociais.
É do conjunto da coletividade! Nao de um coletivo especifico.
Retomar é justo com todos!!!!