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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Jornal do Brasil: Preços continuarão em queda, afirmam especialistas

Outro fator que indica que os preços devem continuar caindo é que a desaceleração na concessão de novos financiamentos ainda não é refletida inteiramente no preço médio dos imóveis. [...] “O ajuste ainda está em curso. A previsão é que os preços continuem a recuar, ainda não há um piso visível”

A crise econômica está afetando um dos maiores mercados do Brasil, o imobiliário. O setor, que responde por cerca de dez por cento da economia nacional, vem registrando perdas inéditas. O Índice FipeZap, indicador com abrangência nacional, acumula neste ano alta de 1,50%, enquanto a inflação no mesmo período registrada pelo IPCA foi de 7,10%.

Para os economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que trabalham com o índice de preços dos imóveis, há projeção de que os preços continuarão a caminhar abaixo da inflação nos próximos meses. A previsão para o final de 2015 também é de queda. Para junho de 2016, é projetada a persistência da queda de preços, e o índice pode ficar no terreno negativo.

As previsões são justificadas pela queda no crescimento do crédito imobiliário, pelo volume de imóveis novos ofertados, que ainda não mostrou sinais de retração, pela diminuição da massa salarial e pelos juros reais, em alta.

Outro fator que indica que os preços devem continuar caindo é que a desaceleração na concessão de novos financiamentos ainda não é refletida inteiramente no preço médio dos imóveis. Com isso, os preços, em termos reais, devem voltar para níveis de 2011 ao final do ano que vem.

Segundo Raone Costa, economista da  Fipe, a mudança no movimento dos preços foi majoritariamente econômica, embora a crise política produza efeitos indiretos. “Dado o quadro de recessão, é um fenômeno natural para mercado imobiliário, que depende principalmente da renda e do crédito disponível”.

Luiz Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, também vê a permanência do movimento de baixa. “O ajuste ainda está em curso. A previsão é que os preços continuem a recuar, ainda não há um piso visível”.

Queda nos preços dos aluguéis
De acordo com Pereira, este cenário favorece bastante a quem procura imóvel, principalmente para alugar, com mais chances de conseguir melhores preços. “Para não arcar com os custos, o locador cede em descontos”, disse. Para ele, a “estabilização dos preços deve ocorrer em dois anos”.

Além dos dados sobre o mercado de trabalho, que apontam para queda do emprego e do poder aquisitivo da população, a trajetória de queda também é reforçada pela deterioração das condições de crédito. A perda de confiança nos agentes econômicos decorrente da instabilidade política é outro fator de diminuição dos preços.

Agora, represantes do setor dizem que já previam queda, mas seguem otimistas
Por outro lado, representantes do mercado imobiliário estão mais otimistas em relação à recuperação dos preços. Laudimiro Cavalcanti, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ), afirma que “esse movimento está chamando a atenção porque no Brasil o imóvel sempre foi um porto-seguro”. Para ele, “o setor deve se recuperar nos próximos dois meses”.

Marcelo Borges, diretor-jurídico da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), afirma que o setor já esperava pela diminuição. “Já era previsto esse movimento, agora evidente pelo número de imóveis vazios. O mercado imobiliário teve uma adequação proporcional ao cenário de retração econômica acentuada do país”. Segundo Borges, a retração dos preços “não deve passar de 30%, sem quedas bruscas”.

O processo de diminuição dos preços reverte a tendência dos últimos dois anos, quando aumentos salariais, valorização cambial e baixos custos de empréstimo levaram a um aumento da demanda. Em algumas capitais do país - como Rio de Janeiro e São Paulo – o preço dos imóveis chegou a dobrar. O ciclo de expansão dos preços teve fim com o início do ano de 2015.

A depreciação faz com que os preços hoje estejam no mesmo patamar dos preços de 2013, levando em conta a inflação.

(Jornal do Brasil - Economia - Notícias - 06/09/2015)

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20 comentários:

  1. O chefe dos corvos afirma que o mercado se recupera em dois meses, kkkk
    Me conte como vai ser feita essa mágica, tenho certeza que a indústria e comércio gostariam de saber como
    Afirmar que a queda não passa de 30%, subiram mais 200 % nos últimos anos e acham que 30 % tá bom?
    A recessão deve durar pelo menos 2 ou 3 anos no mínimo, esse pessoal está desesperado para falar tanta bobagem

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    1. Sei lá onde os preços vão parar mas uma queda de 30% é expressiva. Se aumentou 200% como você disse uma queda de 30% faz com que um imóvel de 200 vá para 140. Então passa a ser um aumento de 40% em relação à referência. Se os 200% foram ao longo de 5 anos isso dá 7% de valorização por ano que seria provavelmente abaixo da inflação.

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    2. Seus cálculos estão errados. Se um imóvel vale 66 e tem um aumento de 200%, ele passará a custar 200. Com uma redução de 30%, vai a 140.
      De 66 a 140 é um aumento de 112% (isso a juros simples, para facilitar o entendimento).
      Em 5 anos, 112% Significa uma media de 18% ao ano.

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  2. PROXIMO DESTINO: Rumo a venezuela e grecia, Brasil nunca mais sera o mesmo,ACORDA AI OH.......1500,00 O M2 PARA DESOVAR OS "ESTOQUES ATE 2050".....kkkkkkk

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  3. Levando-se em conta que mesmo com essa queda apontada na reportagem, as vendas continuam estagnadas, podemos deduzir que há muito o que se reduzir nos preços para que se retomem as vendas. Não é culpa da crise, é falta de realismo dos preços. Só pensa em comprar um apartamento de 70 m2 por 1 milhão, o sujeito que acha que vai vender 2 muquifos por 500 mil.

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  4. Em 2011 comprei um apartamento de 50m2 por $175 mil - cerca de $3.500 o m2, um absurdo. Agora resolvi vendê-lo para comprar outro maior e melhor. Achei, à vista, R$ 180 mil. Naquela época, o apartamento que eu quero comprar hoje custava R$ 240 mil - cerca de R$ 3.200 o m2. Ocorre que o proprietário do imóvel que me interessa hoje quer, pasmem, R$ 450 mil, ou seja, cerca de R$ 5.480m2. Aí fiz a conta e as criaturas (corretor + proprietário) ficaram bravas. A conta é simples: considerando que a tendência é de queda de preço e inflação alta, em um ano haverá desvalorização de aproximadamente 20% e o preço do apartamento de $450 mil valerá efetivamente $365 mil. Esse valor aplicado no Tesouro Direto, em um ano será R$ 415 mil. Portanto bem acima dos R$ 365 mil projetados - e sem risco. As antas me xingaram quando ofertei $350 mil - tomara que haja uma desvalorização de 30% + inflação de 10% e o imóvel estará assim, dentro de um ano, no valor real de R$ 283,5 mil. A questão é que poucos fazem a conta, encontram um financiamento vão lá e compram.

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    1. Perfeito! Parabéns!

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    2. 1800 O M2 ESTA OTIMO,MAIS QUE ISSO E PREÇO PRA OTARIO PAGAR. FIMMMM...DA BANANIA....

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    3. E COMPRAR POMBAL 50M2 POR UM MILHAO E COISA DE IDIOTA.....PREFIRO MIAMI....

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    4. IMOVEL, SEM SER PRA MORAR MESMO E UMA ROUBADA....

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    5. RESUMIDO: VAI SOBRAR IMOVEIS....IGUAL CARROS NOS ESTOQUE DAS MONTADORAS,NAO IRA DESOVAR MESMO QUE OS PREÇOS CAIAM, POIS BRAZUCA NAO TEM MONEY.....TA TODO ENDIVIDADO POR ONGO E LONGOS ANOS,,,,,POIS E MUITO BURRO.....SO ISSO.

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  5. É curioso que o discurso dos especialistas no setor imobiliário em nenhum momento fale sobre demanda especulativa. Foi esta mesma que contribui para que os preços disparassem. E agora que esta demanda se esgotou, os preços tendem cada vez mais a cair até o ponto em se ajuste ao valor que se aproxime da realidade daqueles consumidores que querem adquirir um imóvel para morar.

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    1. Isso é porque, "os especialistas", têm um lado a defender; e não é o do comprador.

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  6. O Brasil perdeu o grau de investimento na classificação de crédito da Standard
    and Poor's (S&P), agora que o barco afunda de vez.

    Corvos mudem de profissão kkkk

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    1. Standard and poor? Aquela mesma agência que deu grau A++ pros bancos americanos antes deles iniciarem a crise de 2008? Kkkkkkkkkkkk. Isso não tem valor algum. É só uma forma que os especuladores internacionais criaram para chantagear os paises devedores através de notícias de terrorismo econômico.
      O corte de gastas do orçamento, que interessa, e do qual ninguém fala, são os juros de dividas (não auditadas) que drenam 60% de todo o orçamento do país. O tão badalado Superavit é para pagamento de dívidas e não para distribuição de renda, sequer para investimentos no país.

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    2. Anônimo 08:15 - Perfeita sua observação. Tanto no caso de imóveis quanto no caso desse famigerado "grau de investimento" a mídia atua do lado contrário aos interesses da população. Inflaram notícias de boom imobiliário e deu no que deu. Agora vem com esse papo de grau de investimento e terrorismo só pra justificar cortes de gastos com a população para pagar juros extorsivos da dívida pública onde a subida de 0,5% na SELIC implica em ganhos estratosféricos para os bancos. Quanto aos imóveis, vão ter que ajustar os preços e ainda assim vamos ver os encalhes por todo lado.

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    3. calma pessoal ,a merda só está começando e vcs terão vergonha de morar nesse brasil de QI tão baixinho

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  7. Curioso que Lula elogiou a mesma agência em 2008 e a agora meteu o pau kkkk

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  8. Curioso que, quando o Brasil ganhou o grau de investimento, nada se falou ou foi comemorado na imprensa brasileira.

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  9. Lógico que falou. Até era esperado com ansiedade pelo mercado. Procura na internet

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