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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

DCI: Queda dos preços dos imóveis traz prejuízo a quem já comprou

E nesse cenário, agravado pela redução nas vendas, algumas construtoras estão reduzindo os preços dos bens para evitar ainda mais prejuízos. Porém, essas medidas têm tido efeito negativo em relação aos imóveis já adquiridos nos momentos em que o mercado estava aquecido. [...] O consumidor que comprou um imóvel quando o preço ainda estava alto facilmente verifica a existência de outros no mesmo prédio sendo negociados com valor menor do que ele desembolsou

Assim como outros setores, o mercado imobiliário vem tentando driblar os efeitos da crise econômica. Segundo dados recentes da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, o Brasil tem um estoque de 99 mil imóveis. E nesse cenário, agravado pela redução nas vendas, algumas construtoras estão reduzindo os preços dos bens para evitar ainda mais prejuízos. Porém, essas medidas têm tido efeito negativo em relação aos imóveis já adquiridos nos momentos em que o mercado estava aquecido.

Isso porque o consumidor que comprou um imóvel quando o preço ainda estava alto facilmente verifica a existência de outros no mesmo prédio sendo negociados com valor menor do que ele desembolsou. E como a negociação com as construtoras para redução dos preços nestes casos é praticamente inviável, o comprador insatisfeito com o negócio realizado acaba optando pela devolução do bem.

Agora é que são elas
No momento da devolução do imóvel é que a relação com a construtora começa a dar problemas, já que as empresas dificultam esse processo de desistência ou simplesmente impõem cláusulas de retenção de valores de forma abusiva, muito superiores ao que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendido como razoável.

A Súmula 543, recentemente aprovada no STJ, prevê que, "na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento".

E os ministros do STJ têm entendido em casos julgados sobre o tema nos últimos anos que o valor que a construtora pode reter no caso de devolução do imóvel por culpa do comprador tenha variação de 10% a 20%, no máximo, do preço do imóvel. Ou seja, é possível o consumidor rescindir o contrato de um imóvel sem sair totalmente prejudicado. Ele pode, por exemplo, pedir a rescisão do contrato mesmo sendo inadimplente.

A devolução de imóveis também vem sendo impulsionada pela mudança na política dos financiamentos. Os consumidores acabam sendo atraídos por ofertas de prestações baixas até a entrega das chaves, e quando chega o momento do financiamento, não conseguem arcar com os valores elevados, tanto pela alta na taxa de juros, que vem aumentando ainda mais, ou por não conseguirem comprovar renda, em função da facilidade na aquisição no primeiro momento.

Porém, essa não tem sido uma preocupação por parte das empresas, que estão apenas pensando nas vendas e sustentação do mercado. Por isso, o consumidor deve ficar atento aos seus direitos. O ingresso de uma ação na Justiça para recuperar o valor justo pode levar anos, mas é uma alternativa caso o problema não seja resolvido extrajudicialmente com a construtora.

(DCI - DCI-SP - 11/11/2015)

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11 comentários:

  1. Desde que comecei a perceber os magníficos excessos do mercado imobiliário, passei a memorizar as mentiras que já ouvi e continuo ouvindo o que a mídia (pretensiosa e dependente de seus patrocinadores) veicula para o público telespectador/consumidor. Vou elencar para ficar mais fácil:

    1º. Imóvel é investimento. (como assim "investimento"?);

    2º. Imóvel não desvaloriza e valorizará bastante a cada ano. (será mesmo que não desvaloriza?);

    3º. A demanda por imóvel no Brasil é muito grande e isto preciosa a elevação dos preços. (desde quando Sem Teto tem renda pra comprar imóvel?);

    4º. Está barato. (barato?).

    5º. Quem deseja comprar, a hora é esta! (como assim?)

    6º. Ano que vem, quando a economia retomar o crescimento, o preço dos imóveis voltará a subir. (sei...)

    7º. Não existe bolha imobiliária no Brasil. (Ok. Entendi! O Brasil é a terra do nunca e eu sou o Peter Pan - nice!).

    8º. Feirão de imóveis com descontos de até 50%... (putz... Essa é realmente de doer).

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    1. A banânia é um teatro mal redigido e mal interpretado. Uma peça teatral a lá Nelson Rodrigues, uma pornochanchada.

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  2. Vou dar um exemplo que pessoalmente presenciei e acompanhei o desenrolar da especulação.
    No final de 2013, um amigo meu que é um pequeno construtor, adquiriu um lote na periferia da grande BH (Betim) de 300 m2 por R$ 150.000,00 para construir um prédio de 6 apartamentos iguais, sendo 2 por andar com 2 quartos e cerca 50m2 de área construída e acabamento médio. Investiu cerca mais R$30.000,00 em projeto e documentação para conseguir o financiamento pela caixa para construir o imóvel, que teve um custo total de aproximadamente R$ 320.000,00. Sendo assim o custo total da obra incluindo terreno e projeto foi de R$83.000,00 por apartamento (R$1.660,00/m2 já incluído área comum e garagem do prédio) e ele planeja vender por R$145.000,00 cada imóvel (valor máximo minha casa minha vida nessa cidade) para pagar os juros do banco e ainda lucrar mais de 50%. Dai, veio uma imobiliária e ofereceu pagar à vista R$ 120.000,00 por imóvel e como ele havia feito empréstimo no banco e tinha que pagar os juros resolveu aceitar o valor da imobiliária. A imobiliária anunciou os imóveis ainda em fase inicial de obras por de 150 a 155 mil dependendo do andar e os corretores diziam aos investidores que após a obra cada imóvel valeria no mínimo 180 mil, podendo se valorizar mais. Antes do final de obra (novembro/2014) 5 estavam vendidos, 1 para morar e o demais eram investimentos. Quem comprou para investir anunciou o imóvel com preços de 180 a 200 mil e um chegou a vender por 180 mil.
    Aí veio a crise, ninguém mais vendeu nenhum imóvel e o ultimo imóvel que a imobiliária tem para vender esta anunciado a 140 mil e mesmo assim não vende pois vale menos que isso. Quem comprou de 150 mil querendo vender por até 200 mil não vendeu e não abaixou o preço até hoje, pois tem esperança de venderem (claro que não vão conseguir).
    Resumo um imóvel que custou 83 mil e que o preço justo para a venda seria no máximo 120 mil, chegou a ser anunciado por 200 mil (ágio 140%) devido a ganancia do construtor que queria um bom lucro e a especulação de imobiliária e investidores. Hoje fico muito feliz de ver essa gente tomando prejuízo pois tudo isso é culpa deles.

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    1. Os Corvos, as Imobiliárias, as lavanderias de dinheiro, os traficantes, os Sindicalistas Socialistas altos funcionários da CEF, os avarentos e toda a corja irresponsável por tamanho estrago agora colham os frutos de sua ganância maligna e feia, anormal bizarra dignos do Juízo do Deus Todo Poderoso.
      Colham os frutos amargos corvos.

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    2. Os corvos, atravessadores e as 666, perdão, que se fodam de verde e amarelo, otários ambiciosos assim que arrebentaram com o mercado natural.

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  3. Muita hora nessa calma, isso é só o começo!

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  4. ISSO E O OBVIO,"COMPROU BOLHUDO",POIS FOI ENGANADO PELO PT,,,,,,SIMPLES ASSIM E O PREJUIZO E DE 85% NO MINIMO. PT= PERDEU TOTALLLLLLLLLLLLLLLL......

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  5. O problema não é nem mais o valor do imóvel, mas sim o condomínio. Tem lugares que cobram 900 Reais por um tanque que chamam de piscina, vaga de parqueamento, que é uma porcaria, imóvel diminuto.

    Pra que comprar um imóvel que tem um aluguel eterno ? Podem ficar com isso ai, não tenho nem um pingo de inveja dessa furada.

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  6. Estamos vivendo a era " OURO DE TOLO ".
    É Raulzito, tá cascando o bico aí em cima...

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  7. Chega a dar pena dos desavisados que caem como pato na conversa dos corvos, a vontade é tanta de comprar/trocar um imóvel que supostamente " tá na moda" que fazem tamanhas aberrações insustentáveis com as próprias finanças e com o próprio orçamento ao entrarem num financiamento hiper longo com Indexador.
    As chances do distrato ou da perda do imóvel num período de 30 anos são muito maiores do que a própria quitação do bem, muita água passa por debaixo da ponte neste período, ninguém pode garantir nada

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