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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

NYT fala em ressaca e temores de quebra no mercado imobiliário do Rio

As construtoras na segunda cidade do Brasil estão lutando para encontrar meios de desovar apartamentos, oferecendo vantagens como pagar as taxas de condomínio durante anos, cortar as prestações em 50% e dar viagens para Nova York. Outras oferecem carros compactos e eletrodomésticos aos potenciais compradores. [...] Despencando de sua posição como um dos mercados imobiliários mais caros do mundo, o Rio hoje luta com seu maior excedente em décadas, levantando temores de uma quebra

Os compradores de imóveis no Rio de Janeiro costumavam travar intensas guerras de apostas quando tentavam conseguir um apartamento, mesmo modesto, em um dos exclusivos bairros litorâneos da cidade. Não mais.

As construtoras na segunda cidade do Brasil estão lutando para encontrar meios de desovar apartamentos, oferecendo vantagens como pagar as taxas de condomínio durante anos, cortar as prestações em 50% e dar viagens para Nova York. Outras oferecem carros compactos e eletrodomésticos aos potenciais compradores.

Despencando de sua posição como um dos mercados imobiliários mais caros do mundo, o Rio hoje luta com seu maior excedente em décadas, levantando temores de uma quebra, enquanto dezenas de novos edifícios elegantes construídos para os Jogos Olímpicos de 2016 não atraem compradores. Para realçar o triste clima da economia local, os esqueletos de projetos de hotéis abandonados enfeiam a silhueta urbana.

Decepção e prejuízo
Não deveria ser assim. As autoridades anunciaram a realização das Olimpíadas no Rio como uma maneira de levantar os ânimos e as fortunas da cidade.

"Este deveria ser o momento de esplendor do Rio no cenário global", disse Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel, uma das maiores agências imobiliárias da cidade. "Em vez disso, as propriedades estão saindo a preço de banana."

Estudiosos da história dos esportes muitas vezes esperam que essas crises econômicas se materializem depois de Olimpíadas, quando os gastos em construção secam e a enxurrada de turistas diminui. As ruínas dos locais construídos para os Jogos de Atenas em 2004 são um testamento das ressacas produzidas pelo excesso de gastos em estruturas com poucos usos práticos.

Mas o Rio está acrescentando uma nova vertente a esse modelo, pois a economia aqui se deteriora acentuadamente nos meses que antecedem a Olimpíada, com a oferta excessiva de propriedades construídas para o evento exacerbando os choques da recessão nacional e os baixos preços do petróleo.

Alguns dos empreendimentos mais reluzentes se classificam entre os mais decepcionantes - incluindo a Aldeia Olímpica, concebida para alojar 18 mil atletas, que será transformada em apartamentos de luxo depois dos jogos. Os desenvolvedores do projeto, que inclui 31 torres, jardins tropicais e piscinas, começaram a vender unidades depois que o Rio abrigou a final da Copa do Mundo de futebol no ano passado.

Fiasco nas vendas e queda dos preços
Batizando seu empreendimento de Ilha Pura, eles contrataram Fernanda Montenegro, uma das mais conhecidas atrizes brasileiras, como principal vendedora. Mas, um ano depois, somente 230 dos 3.604 apartamentos do complexo foram vendidos, segundo os empreendedores, a empresa imobiliária Carvalho Hosken e a Odebrecht, uma construtora atingida por escândalos.

"É quase nada, nem 10% do que temos", disse à revista "Veja" Carlos Fernando de Carvalho, 91, o magnata que lidera o empreendimento. "Estávamos prontos para lançar o projeto inteiro, mas não temos como fazer isso. Há pouca oferta de compradores."

Além do fiasco de vendas da Aldeia Olímpica, os preços dos imóveis residenciais no Rio caíram até 12% no último ano. Com a inflação anual chegando a quase 10%, isso significa que os preços das propriedades em algumas áreas aqui diminuíram mais de 20% em termos reais no último ano. E depois de computada a queda da moeda brasileira em 2015, muitos apartamentos custam cerca da metade do preço do ano passado em dólares.

Os aluguéis de escritórios na cidade também estão em queda. Enquanto o Rio já havia superado Nova York como mercado imobiliário mais caro das Américas, os aluguéis mensais de escritórios hoje saem por cerca de R$ 140 o metro quadrado, contra R$ 297 em 2013, segundo a consultoria global CBRE.

Depois, há a dura imagem do emprego: o Ministério do Trabalho estima que o Rio perdeu 48.500 empregos até agora este ano, o segundo maior número de todas as cidades brasileiras, enquanto escândalos de corrupção abalam gigantes da construção e a Petrobras, a companhia nacional de petróleo.

Anúncio de uma crise maior
Para piorar as coisas, economistas dizem que a queda dos preços dos imóveis no Rio pode ser o anúncio de uma crise econômica muito mais severa na cidade, com o desemprego prestes a subir ainda mais quando a construção de locais olímpicos, hotéis e estradas começar a diminuir nos próximos meses.

O clima sombrio no setor imobiliário contrasta com a exuberância que marcou empreendimentos anteriores em torno de grandes eventos esportivos no Rio de Janeiro. Antes dos Jogos Pan-Americanos de 2007, por exemplo, agentes imobiliários venderam em poucas horas os 1.480 apartamentos da Vila do Pan, um complexo construído para abrigar atletas.

Os proprietários de novos edifícios na área - como EcoSapucaí, uma ampla estrutura projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer que possui um heliporto em forma de cálice, e a Port Corporate Tower, um prédio de 22 andares de escritórios construído pela Tishman Speyer, uma companhia imobiliária de Nova York - estão lutando para encontrar inquilinos, segundo reportagens na imprensa.

"Nós imaginávamos que esta crise ocorreria só depois das Olimpíadas em 2016", disse Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi. "Mas está acontecendo agora, pondo em questão as apostas agressivas feitas em projetos que visavam os Jogos Olímpicos."

(Portal Uol - Internacional - Últimas Notícias - The New York Times - 14/11/2015)

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12 comentários:

  1. Aviso!
    Quebradeira está só no começo!

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  2. Discordo do presidente da Patrimóvel, as propriedades não estão saindo a preço de banana. Os imóveis ainda estão muito caros para a realidade brasileira. Acordem imobiliárias, ou avaliam os imóveis dentro da realidade atual, ou se acostumem a viver sem vendas.

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  3. Só lembrei do comecinho da música do Tihuana, trilha do filme Tropa de Elite 2: "Agora o bicho vai pegar!!!!".

    https://www.youtube.com/watch?v=_700caBa9l4

    A bolha e os 'bolhitas' vão "chegar chegando" que nem o BOPE. O nosso fuzil será aquele dedão indicador (apontando) e a bala será a famosa frase que os errados/teimosos odeiam ouvir: "tá vendo que eu avisei...". Vai "morrer" muita gente "inocente" nesta história.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  4. Mais propaganda para enganar os incautos e tentar alavancar vendas.
    Os preços ainda não foram alterados, é uma inércia natural desse mercado. Quando descobrirem, e tentarem se mexer de verdade, estarão todos falidos.

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  5. Incrível!! Então quer dizer que os preços de aluguéis no Rio superavam os de Nova York. Tem que quebrar tudo mesmo!!! País feito de incorporadoras gananciosas e de um povo que não possui estudo e cai numas furadas destas. Quer dizer caía, porque nem dinheiro tem mais.

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    1. Ridiculo mesmo ser mais caro que nova york.

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  6. O pior não é os valores que nem esboçaram movimento de baixar os valores. O pior é ver esta choradeira das construtoras e imobiliárias gastando uma grana nestas matérias pagas e ameaçando um terrorismo de quebradeira e tal. Como se não tivessem ganhado rios de dinheiro nos últimos anos.

    ofantasticomiseravel.blogspot.com

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  7. Num avisei a quebradeira está apenas no começo!

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  8. Eles preferem falir do que baixar os preços

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  9. Continuo vendendo entre 1 a 3 imóveis por semana, essa crise é fictícia, Apenas mortos de fome não tem como comprar um imóvel. Voltem a brincar crianças.

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    1. Kkkkkkk, vc esta digitando isso de qual manicômio?? Tem camisa de força ai nao é??

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    2. Isso mesmo! Esse povo acha que todos são fracassados como eles!

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