Vendas de R$ 3 bilhões foram canceladas no primeiro semestre de 2015, isso só juntando as contas de sete companhias do setor. [...] Já tem empresa que, de cada três casas que vende, recebe uma de volta. "Na realidade, é um acerto de contas com o passado: 2009 a 2011 e 2012, onde houve uma irracionalidade no mercado imobiliário
Foi uma festa boa. Nos últimos anos tanta gente comprou casa no Brasil que
o mercado imobiliário viveu anos de glória, explodiu. Mas isso até 2015 porque
agora a festa azedou.
Milhares de brasileiros estão rompendo o contrato com as construtoras. É o
chamado “distrato”. Vendas de R$ 3 bilhões foram canceladas no primeiro
semestre de 2015, isso só juntando as contas de sete companhias do setor.
"Acerto de contas com o passado"
Já tem empresa que, de cada três casas que vende, recebe uma de volta. "Na realidade, é um acerto de contas com o passado: 2009 a 2011 e 2012, onde houve uma irracionalidade no mercado imobiliário. As pessoas compravam sem fazer muitas contas, as empresas também flexibilizavam muito o crédito e muita gente apostando na valorização de imóvel", aponta Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa.
Já tem empresa que, de cada três casas que vende, recebe uma de volta. "Na realidade, é um acerto de contas com o passado: 2009 a 2011 e 2012, onde houve uma irracionalidade no mercado imobiliário. As pessoas compravam sem fazer muitas contas, as empresas também flexibilizavam muito o crédito e muita gente apostando na valorização de imóvel", aponta Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa.
Naquela época o brasileiro se acostumou a ver a cena, ouvir esse barulho.
Perto de casa, perto do trabalho e muitas cidades viraram verdadeiros canteiros
de obra.
Quatro anos depois a situação é bem diferente. Tem muito menos obra porque
tem muito menos gente podendo comprar. As famílias brasileiras já estão
gastando quase metade da renda para pagar dívida e o que sobra vai para o
básico porque a inflação disparou e os juros também.
Do sonho ao pesadelo
Foi exatamente por causa dos juros que a Taísa e o Maurício ainda não conseguiram realizar o sonho da casa própria. O casal chegou a comprar um apartamento na planta há três anos. Eles se casaram, a Thaisa ficou grávida, a obra atrasou e os juros passaram de 7,25% ao ano para 14,25%.
Foi exatamente por causa dos juros que a Taísa e o Maurício ainda não conseguiram realizar o sonho da casa própria. O casal chegou a comprar um apartamento na planta há três anos. Eles se casaram, a Thaisa ficou grávida, a obra atrasou e os juros passaram de 7,25% ao ano para 14,25%.
E a vida a dois começou a três, porque eles se instalaram na casa da mãe
da Thaisa. Eles iam morar em um apartamento de 66 metros quadrados, e agora
estão tendo que se espremer em um quarto que deve ter aproximadamente 12 metros
quadrados.
Eles tiveram que se virar para caber roupa dela, do Maurício no quarto que
ela dormia sozinha quando era solteira. “É, a gente teve que comprar mais um
armarinho para colocar as roupas dele, senão não iria caber no meu armário e
fica bem apertadinho, mas está tudo bem”, diz ela.
Culpa não é só da economia
Distratos como o da Thaisa não são só culpa da economia, não. “A culpa foi compartilhada, não tenha dúvida nenhuma que as empresas não estudaram adequadamente os produtos. A gente não pode generalizar, mas muitas delas não foram prudentes. Lançaram produtos em grande quantidade, esperando que a demanda fosse sempre crescente e isso não ocorreu”, diz Celso Amaral, diretor da consultoria GeoImovel.
Distratos como o da Thaisa não são só culpa da economia, não. “A culpa foi compartilhada, não tenha dúvida nenhuma que as empresas não estudaram adequadamente os produtos. A gente não pode generalizar, mas muitas delas não foram prudentes. Lançaram produtos em grande quantidade, esperando que a demanda fosse sempre crescente e isso não ocorreu”, diz Celso Amaral, diretor da consultoria GeoImovel.
Em 2011, no auge do boom, as construtoras lançaram quase três vezes mais
imóveis em todo o país do que agora.
“Se tinham dois, três empreendimentos concorrendo na mesma região,
lançava-se um quarto, um quinto e vendia-se. Hoje não, hoje a gente analisa
muito a concorrência, a demanda da região, e é esse tipo de cautela que nós
estamos tendo”, explica Milton Bigucci, diretor da MBigucci.
Estoques e descontos
Mesmo com essa cautela ainda tem mais imóvel encalhado no mercado do que vendido. E, para liquidar esse estoque, as empresas passaram a oferecer de tudo. Imóvel personalizado, ajuda para quem perdeu emprego e o principal: os descontos.
Mesmo com essa cautela ainda tem mais imóvel encalhado no mercado do que vendido. E, para liquidar esse estoque, as empresas passaram a oferecer de tudo. Imóvel personalizado, ajuda para quem perdeu emprego e o principal: os descontos.
Estamos na temporada de feirões. E os descontos estão fazendo a diferença.
Os preços dos imóveis no Brasil, que estavam nas alturas, desaceleraram nos
últimos anos. Em 2015 ficaram abaixo da inflação e estão realmente mais
baratos.
Muita gente esperou por essa queda e achou que seria o momento ideal para
fazer a casa própria caber no bolso. O problema é que a piora da economia
brasileira, a mesma que derrubou o preço dos imóveis, deve fazer um milhão de
brasileiros perder o emprego em 2015 e, para esses, a casa dos sonhos vai
acabar escapulindo.
(Portal G1 - Jornal da Globo - Notícia - 22/12/2015)
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O sonho da casa própria é um sonho que nunca vai ser realidade , duro tem que pagar aluguel ou morar em comunidade ..
ResponderExcluirAguardem. Nada baixou ainda. No final de 2016, início de 2017, a coisa vai estar melhor para o comprador.
ResponderExcluirNão caia nesse papo de feirão e descontos.
Mas no final se 2016 a quanto estaraaaaão os juros?
ResponderExcluirTera de haver um "choque na economia tais como: reforma trabalhista,tributaria, etc...juros terao que cair, senao nao havera investimentos,imoveis irao baixar uns 30% ao ano devido desvalorizaçao e inflaçao.NAO TEM COMO SUBIR MAIS,ESTOUROU O LIMITE DO PODER DE COMPRA BRAZUKA"
ExcluirNao confundir juros do cartao de credito (415% ao ano), com juros 14,5% selic hein, senao voce fica doida.
ExcluirSe baixar a taxa SELIC o preço dos imóveis não vai baixar , os duros voltam a comprar fiado , esse foi o motivo do preços dispararem .
ExcluirO preço dos imóveis só vai cair quando a taxa SELIC aumentar..
ResponderExcluirA taxa SELIC subindo o falso bacana "duro" não vai comprar kkkkk
ResponderExcluirOu vocêis abaixam o preço, seus corvos desgraçados ou morrem de fome.
ResponderExcluirCalma, pessoal. Xingar os supostos "corvos" não vai dar em nada. Deixa quem quiser falar besteira. A realidade é implacável: uma hora ou outra eles entregarão os pontos.
ResponderExcluirExiste uma tática de vendedor desesperado bem comum no mercado. Ou seja, sabendo que não venderá um determinado produto, o vendedor tenta ferir o ego de quem não quer comprar. Podem dizer, por exemplo, que não temos dinheiro, ou que não temos condições, que somos duros etc. São só palavras rasteiras de quem deseja vender algo que não consegue. Mas no fundo no fundo é puro desespero, pois sabem que precisam alugar ou vender para sobreviver e pagar suas contas.
Portanto, não liguem e não retribuam com baixarias.
Todos terão q tornar a realidade....nem as casas do mcmv valem os 190mil que pedem no interior de SP....
ResponderExcluirA exatos 3 anos tenho um colega que comprou uma casinha pelo mcmv, com 2 quartos, sala, cozinha e banheiro, num total de 125 MTS de área, pagou 89 mil, financiado sairá em torno de 145 mil.....o cidadão teve subsídio.....hj quer 260 mil .....perguntei se ele é louco, daí me respondeu : louco nada, a 3 meses o meu ex vizinho vendeu a dele por 230 mil e tava pior q a minha.....louco é quem paga e ainda tem uns otários desinformados pra Comprar.....
Olhei pra ele e disse : VC tem razão!!!!
Bem que poderia baixar uns 70% pra desovar estoques dos pombais ne..O problema depois o condominio eterno ... pagar conta cansa viu...
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