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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Portal G1: Cidades que apostaram na especulação imobiliária ficam no prejuízo

Itaboraí toda está esvaziando: 4 mil lojas e escritórios fechados, 2 mil casas sem moradores e preços, lógico, despencando. [...] “Quando eu vim para cidade trabalhar, convocado pelo prefeito, eu pagava R$ 4 mil em uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Hoje eu pago R$ 1,5 mil em uma melhor. [...] Micou mesmo, mas não foi só lá, não

Promessas de grandes projetos que nunca foram realizados, como o Comperj, no Rio de Janeiro, tiveram enorme impacto também no mercado imobiliário que apostou no que acabou não acontecendo. 

 “Eu lembro que eu fiz trabalhos na escola do Itaboraí do Futuro. A gente realmente sonhava em uma cidade rica. Eu lembro que tinha trabalhos que parecia uma Dubai. Mas era o sonho das crianças, que agora as crianças estão adultas, e estão enfrentando esse pesadelo. Completamente diferente do que foi sonhada por elas mesmas”, conta o ator Tiago Azevedo.

Itaboraí fica a 50 km do Rio de Janeiro. É a cidade do Tiago. Era dele aquele sonho de criança. “Itaboraí sempre foi uma cidade dormitório. As pessoas trabalhavam no Rio, trabalhavam em Niterói e isso começou a mudar, com a promessa do Comperj”, diz Tiago.

Promessas e prejuízos
O Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) foi anunciado em 2006, geraria 200 mil empregos. Era um dos projetos mais ambiciosos da Petrobras, como mostrou o Globo Repórter em 2011.

Os trabalhadores chegaram, fizeram a população da cidade crescer 24% em 15 anos e procuraram lugares para morar. “A pousada estava aberta já há cinco anos. Sempre com ocupação máxima, ou acima de 95%”, lembra Marcos Paulo Pires Silva, dono da pousada.

Mas o Comperj, que deveria estar funcionando desde 2012, ainda está longe de ficar pronto e 30 mil funcionários foram mandados embora nos últimos dois anos.

O resultado de toda essa história é que o prédio da pousada que antes ficava lotada agora está completamente vazio. Não vai mais ninguém para lá. Eram 63 quartos com capacidade para duas a oito pessoas. Em um deles, por exemplo, cabiam duas camas, armário, ventilador de teto e, lá no fundo, o banheiro. Os sócios da pousada não tiveram outra opção: eles vão ter que devolver as chaves do imóvel para o proprietário do prédio.

Os móveis da pousada foram parar fora do prédio, com tudo à venda. “Infelizmente nós tomamos um prejuízo de mais de R$ 500 mil. Hoje fechamos, eu vou ter que descer toda a escadinha e reiniciar a minha vida profissional”, conta Marcos Paulo Pires Silva, dono da pousada.

Itaboraí toda está esvaziando: 4 mil lojas e escritórios fechados, 2 mil casas sem moradores e preços, lógico, despencando. Que o diga o secretário de desenvolvimento.

Mercado imobiliário "micou" geral
“Quando eu vim para cidade trabalhar, convocado pelo prefeito, eu pagava R$ 4 mil em uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Hoje eu pago R$ 1,5 mil em uma melhor. O empreendimento imobiliário micou completamente”, declara Luis Fernando Guimarães, secretário de Desenvolvimento Econômico de Itaboraí (RJ).

Micou mesmo, mas não foi só lá, não. São Gonçalo do Amarante, no Ceará, e Bacabeira, no Maranhão, iam receber duas refinarias da Petrobras, mas os projetos foram cancelados.

Quem investiu lá não tem nem para quem vender os terrenos. Em Itabira (MG), empresas como a Vale reduziram o número de trabalhadores. O resultado apareceu nas imobiliárias. Já Betim (MG) sofre com a crise na indústria de carros. Dos imóveis lançados neste ano, 70% encalharam.

Algumas das maiores decisões que a gente toma são no escuro porque dependem do futuro. Mas geralmente dá para ter uma pista do que vai acontecer. Um exemplo: até o ano passado, quem queria investir no Brasil, achava que o país ia crescer 2,5% em 2015.

Mas o tempo mostrou que a gente vai é encolher 3%. Por isso tantos projetos cancelados e esse impacto no mercado imobiliário por todo o país. Os investimentos caíram também no orçamento dos governos. E, nesse caso, a conta que a sociedade paga é direta, chega na porta da sua casa.

Setor Noroeste, Brasília. Um bairro acrescentado ao plano piloto nos anos 1980 que virou um projeto de condomínios inteligentes. O Neto se mudou pra cá em 2012 e foi o terceiro morador do bairro. "Dar uma qualidade de vida diferenciada para os meus filhos, esse foi o plano inicial, digamos assim", ele conta.

Não foi isso o que aconteceu de lá pra cá. Os índios reivindicam uma área de 50 hectares do Noroeste. Não há poste de energia elétrica e iluminação mesmo só a que vem dos prédios. Os moradores enfrentam até falta de água.

O bairro ainda não tem sinalização nas ruas nem um parque que estava prometido. O transporte público é precário e quem depende dele precisa caminhar muito até um ponto com mais opção. Por tudo isso o metro quadrado chegou a cair de R$ 11,5 mil em 2012 para R$ 9,7 mil em 2014.

"Muitas vezes bate um cansaço de estar há tanto tempo já pedindo a mesma coisa e de saber que não está pedindo muito, que a gente não está pedindo nada demais, a gente está pedindo infraestrutura básica por enquanto", diz Neto, que mora no bairro.

(Portal G1 - Jornal da Globo - Notícia - 22/12/2015)

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10 comentários:

  1. PARAGUAY E LOGO ALI,TANTO QUE O PIB E 5% SO NESTE ANO 2015....ISSO AQUI JA ERA....TALVEZ 2030 MELHORE....BRASIL SE TORNOU "UM ELEFANTE BRANCO LATINO INADMINISTRAVEL", E DEPRESSAO EM TODOS OS LADOS,IMPOSTOS DEMAIS,PARTIDOS DEMAIS,CORRUPÇAO DEMAIS ATE NOS TRIBUNAIS SUPERIORES.SE OS MILITARES NAO TOMAREM AS REDEAS NAO HAVERA FUTURO.

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    1. Dá pra perceber que você faltou nas aulas de História...e de gramática também.kkkk. É incrível como qualquer analfabeto funcional abre a boca pra dar piteco sem ao menos conhecer o assunto ao qual se julga apto a defender. Realmente, talvez em 2030 melhore...talvez!

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    2. KKKKKKKKKKKKKKKKKK QUANTO VC TÁ COBRANDO PARA DAR AULA DE HISTÓRIA E PORTUGUÊS NA INTERNET?????? RELAXA, SE NÃO VAI PASSAR À VIDA TODA CORRIGINDO AS PESSOAS NA NET........PIOR DO QUE O ANAFALBETISMO FUNCIONAL É A ARROGANCIA INTELECTUAL....SEJA MAIS INTELIGENTE...ACEITE QUE TODOS TEM ACESSO À INFORMAÇÃO HOJE EM DIA.....DÓI MENOS.

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  2. Havera exodo urbano para o rural,devido o desemprego em massa que esta por vir.Cidades ficarao igual detroit ha alguns anos atras.A conta chegou e ficara ´por decadas.

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  3. Você parece uma ave da mau agouro.Só daá notícia ruim.Vai pra Globo!!!!

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  4. Triste , mais isso que acontece quando se depende de projetos que AINDA vão se realizar, planejar é sempre o foco. Não mais não menos. Com certeza esse ¨tombo¨ não veio de AGORA, teve com certeza ¨sinais de fumaça¨ antes. Torço para melhoras na vida dessas pessoas.

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  5. Conheço muita gente que "investiu" em imóveis em Itaboraí e hoje choram as mínguas. O município voltou a ser simplesmente o que sempre foi: uma cidadezinha no meio da estrada para quem segue para Região dos Lagos. Quem passa pela cidade observa shopping novo e vazio, obras inacabadas e prédios abandonados. Mas é isso aí... Teimosia associada a ganância e uma dose de esperteza desmedida dá nisso.

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  6. Nao vais comentar a inflacao do aluguel a 10.54% a.a.?Como pode subir tanto se ha tanta oferta?

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  7. É só na hora de renegociar o aluguel informar o valor que quer pagar, se o proprietário não aceitar vai pra outro. Duvido que não aceite.

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  8. Eu não tenho culpa se a idiotice está a todo vapor e os idiotas aceitam:
    .
    "[...] eu pagava R$ 4 mil em uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro"
    .
    Eu compro por 5 mil.
    .

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