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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Valor: Analista vê dramaticidade no setor de construção e nova queda em 2016

Já o setor de construção civil deve registrar contração de 12,4% neste ano e outra queda em 2016. Segundo Alessandra, as projeções para lançamentos residenciais dão uma boa ideia da "dramaticidade" pela qual passa o setor. O monitor de construção civil da Tendências prevê queda de 34,3% em lançamentos de imóveis residenciais neste ano. Para 2016, a previsão é de queda de 9%. "Por trás disso estão os velhos fundamentos: desemprego com tendência de alta batendo em renda"

Olhar para a trajetória dos investimentos na economia permite entender por que, após a parada do motor do consumo, o mergulho da atividade pode ser tão profundo neste e no próximo ano. Entre 2014 e 2016, a formação bruta de capital fixo - a medida de tudo o que é investido em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação - cairá mais de 30%, segundo especialistas ouvidos pelo Valor. Com isso, a taxa de investimento pode cair abaixo de 17% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Se isso se confirmar, será a menor taxa de investimento registrada desde 2003.

Há, no entanto, quem avalie que o quadro pode ser um pouco pior. O Credit Suisse, por exemplo, espera quatro anos de quedas consecutivas dos investimentos. Após contração de 4,4% em 2014 e expectativa de baixa de 14,6% e de 12,6% em 2015 e 2016, respectivamente, a equipe liderada por Nilson Teixeira espera contração adicional de 2,7% em 2017. A trajetória, diz o banco, deve fazer com que a taxa de investimento saia dos 20,9% do PIB em 2014 e volte para 15,2% em 2017, a menor em muitos anos.

Entre os mais pessimistas do mercado, o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, espera queda dos investimentos de 17% neste ano, seguida por outro tombo, de 14,7%, no ano que vem. "Não acho exagero", diz Gonçalves. Para ele, a persistência de um quadro que une atividade fraca, efeitos da Operação Lava-Jato e a mudança de postura do BNDES e da Caixa na concessão de crédito justificam a projeção.

Na MCM Consultores, o cenário é de queda dos investimentos de 15% neste ano e de 13,1% no ano que vem, ancorada nos níveis de confiança dos empresários, que devem continuar sem reação significativa. "Além da confiança em patamar ainda baixo, temos condições de crédito mais apertadas e o processo de ajuste de estoque, que não foi feito em 2015, vai ter que acontecer em 2016", diz Leandro Padulla, economista da MCM. Confirmadas as projeções, diz Padulla, o investimento deve se aproximar do nível registrado no fim de 2007.

A Tendências Consultoria prevê queda para os investimentos de 14,7% neste ano e de 9% no ano que vem. Caso os números se confirmem, diz a sócia da Tendências, Alessandra Ribeiro, a taxa de investimento chegaria a 16,8% em 2016 - um retorno para 2003, justamente o início do ciclo mais robusto de crescimento. Segundo Alessandra, o quadro será marcado por uma queda de 25% do consumo aparente em 2015 (medida que soma a produção nacional e as importações desses itens, descontadas as exportações), seguida de uma baixa de 13,7% no ano que vem.

Construção civil continuará em queda
Já o setor de construção civil deve registrar contração de 12,4% neste ano e outra queda em 2016. Segundo Alessandra, as projeções para lançamentos residenciais dão uma boa ideia da "dramaticidade" pela qual passa o setor. O monitor de construção civil da Tendências prevê queda de 34,3% em lançamentos de imóveis residenciais neste ano. Para 2016, a previsão é de queda de 9%. "Por trás disso estão os velhos fundamentos: desemprego com tendência de alta batendo em renda", diz Alessandra.

Para o UBS, o aumento da capacidade instalada, taxas de juros mais altos, lucros corporativos em baixa e incerteza sobre a política fiscal vão manter o investimento deprimido. Guilherme Loureiro, economista-chefe do banco, projeta que a formação de capital fixo deve cair 13,8% neste ano e voltar a ter desempenho muito negativo em 2016, com retração de 12,2%. Para ele, a falta de uma âncora fiscal deve manter os prêmios de risco do país elevados, com efeitos negativos tanto sobre o consumo quanto sobre os investimentos.

Fundo do poço
Para Padulla, da MCM, o fundo do poço fica para o ano que vem, quando a taxa de investimento encostará nos 16,6%. O economista, no entanto, volta a projetar alta dos investimentos de 7,3% em 2017, o que deve fazer com que a taxa volte aos 17,7%. Menos otimista, Alessandra, da Tendências, ainda não vê gatilho para mudanças na situação dos investimentos. "Não acreditamos em reforma ou alavancagem das concessões. O único gatilho seria algo meio exógeno, como um melhor arranjo político que melhoraria a confiança e gerar uma queda menor."

(Valor Online - Brasil - 29/12/2015)

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7 comentários:

  1. Como ira melhorar sem nenhuma reforma,tributaria,trabalhista,fiscal etc.Igual fizeram todos os emergentes?
    Aqui nao compensa mais investir em nada.Ate as siderurgicas estao fechando as portas/demitindo e indo para outros paises.Literalmente o "RUMO A ROÇA DE NOVO" sera inevitavel,pois brasil e um pais agricola e nao industrial. mas tem o lado bom...ACABA com os SINDICATOS CHUPINS DO PT.

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  2. Realmente o exodo urbano para outras pastagens sera a tonica da economia.Saturou demais em tudo.

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  3. Feliz ano ano a todos,e no desejo todos consigam a casa propria sem dividas,...e que dasabem os preços surreiais praticados aqui na BANANIA.

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  4. Calma, muita calma o ano nem começou direito e já estão com saudades de 2015!

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  5. Os preços dos imóveis estão baixando em Itaboraí RJ E Mariana MG ..

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  6. De 2010 até hoje os imóveis praticamente quadruplicaram de preço. Foram anos de farra e especulação sem limites. Oque não faltou foi esperto querendo se dar bem na moleza. Agora morram abraçados aos seus imóveis. Só um tolo poderia acreditar que essa subida alucinante de preços especulativos ia ser sustentável.
    Agora ficam com esse papo furado de crise para justificar a não continuação de ganhos estratosféricos da especulação.
    Fodam-se. Que os preços dos imóveis caiam à quinta parte.
    Especuladores de merda

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