Segundo o vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura, 2016 será um ano difícil. A falta de confiança dos agentes econômicos e os embates políticos do país continuam presentes no mercado
Com queda nos lançamentos, nas vendas e nas entregas dos imóveis, o
estoque do mercado imobiliário chegou a 109.398 unidades em dezembro do ano
passado. Segundo um estudo da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras
Imobiliárias) feito em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas), em dezembro de 2014, a oferta de imóveis das incorporadoras era de
111 mil unidades.
A associação estima que seriam necessários 14,4 meses para esgotar essa
oferta, caso fosse mantido o ritmo do setor (de vendas, lançamentos e entregas)
do último trimestre de 2015. As unidades lançadas em 2015 tiveram uma redução
em relação às de 2014, seguidas pelo número de vendas e entregas, explica Renato
Ventura, vice-presidente executivo da Abrainc.
— Os lançamentos estão mais restritos por todo o cenário, vemos diminuição
nas vendas, mas num patamar mais alto do que a quantidade lançada. Por isso, há
uma resiliência na demanda.
De acordo com os dados da Abrainc/Fipe, foram lançadas 60.274 unidades no
ano passado, 19,3% menos do que em 2014. Já as vendas tiveram uma queda de
15,1% entre um ano e outro. Foram comercializados 108.906 imóveis em 2015. E as
entregas tiveram o maior percentual de queda: -25,3%. Foram entregues 126.804
unidades aos compradores em 2015.
Para Eduardo Zylbertajn, economista da Fipe, o ano de 2015 se caracterizou
por uma forte retração nos lançamentos, movimento que se justifica pela
conjuntura desafiadora de nossa economia.
Expectativas
Segundo o vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura, 2016 será
um ano difícil. A falta de confiança dos agentes econômicos e os embates
políticos do país continuam presentes no mercado.
Os preços dos imóveis tendem a ser normalizados, refletindo os custos e
acompanhando as taxas inflacionárias para haver produção. Em relação aos
distratos, Ventura destaca que eles continuam relevantes, mas a tendência é que
o número absoluto reduza.
— Boa parte das aquisições de imóveis, efetuada entre 2012 e 2013,
considerou o crescimento do PIB, o que difere da nova geração de compras, que
enfrenta um cenário de valorização mais realista.
(Portal R7 - Notícias - Economia - 19/02/2016)
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"A falta de confiança dos agentes econômicos e os embates políticos do país continuam presentes no mercado"
ResponderExcluirTal fato sem dúvida colaborou, mas mesmo antes disso, as vendas já tinham caído. O que levou a esta situação foi a supervalorização do imóveis.
Muitos aqui falam mal das construtoras, mas elas aproveitaram o momento, assim como nós tbm aproveitaríamos se soubéssemos o que aconteceria.
A questão mais importante é todos nós aqui que desejamos comprar um imóvel, não nos deixarmos cair nesta tentação.
Prefiro morar de aluguel a minha vida toda a pagar o preço que pedem por um imóvel hoje. Já fiz os cálculos e para valer a pena, e se tornar justo a compra de um, deve cair 50% do que estão pedindo.
Não se deixem enganar com descontos de 20 a 30%.
Os preços vão cair e muito, isto é fato. Demora porque são resistentes.
Se não cair, moro de aluguel, pois consigo alugar um apto duas vezes melhor com o dinheiro que teria para comprar um.
Concordo e eu estou na mesmo, vou dar um exemplo aqui: eu moro na região metropolitana de belo horizonte, e estou morando numa casa alugada por R$950,00 por mês, segundo o dono da casa ele só vende a casa por R$300.000,00, ou seja o aluguel que estou pagando está próximo 0,3% do valor do imóvel, convenhamos que isso é um rendimento ridículo, se comparado a poupança que outro investimento ridículo mais rende em torno do 0,6%, o pouco dinheiro que tenho aplicado está mim trazendo um retorno de mais de R$1.000,00, e antes que alguém mim fale que imóvel valoriza, eu já vou logo falando que na situação a atual os donos de imóveis já devem ficarem alegres se conseguirem uma estagnação dos preços.
ExcluirEsse é o exemplo do dono que não vai querer largar o osso, e não admitir que o seu bem sofra desvalorização, para esse tipo de gente só conta se subir, abaixar nunca.
ExcluirMercado de imóveis à deriva, NUNCA mais será como foi, meus pêsames...
ResponderExcluir.
ResponderExcluir"A falta de confiança dos agentes econômicos...".
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Só idiotice.
O que a falta de confiança tem a ver?
É falta de dinheiro, é falta de vendas, falta tudo. Confiança é algo subjetivo pertinente a cada pessoa, você só confia se a situação permite. O problema não é a confiança e sim o cenário desastroso desse partido imundo, o P. T., o chefe da quadrilha, lula, e a mosquita Dilmazica.
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Simplesmente BOLHA e 30% a.a.
ResponderExcluirEstou vendo um apartamento, novo, será entregue em março/16, para comprar na cidade de Osasco-SP. Ele tem 136m2 e estão pedindo um valor absurdo de R$ 1.170,000,00. Na opinião de vcs, e pela crise atual, qual valor seria justo pagar? 40% à menos?
ResponderExcluirOque seria justo é eles dar de graça, porque só o condominio e o iptu desse apartamento vai ser mais de 1200,00 reais por mês.
ExcluirDepende do Apto, amigo. Não tem como avaliar se 1.170.000,00 reais é um preço justo do imóvel somente pela descrição que você fez. Mas, em geral, o que se considera razoável por aqui é sim uma queda nominal de 30 a 40% dos preços anunciados. Mas tome cuidado, pois existem imóveis que se oferecessem por aqui de graça muitos recusariam.
ExcluirHoje em Brasil e bom pra compra, mas nao pra vender. Nem pensar vender casa/ apartment. Espera pra Dilma embora, e coisas provalvelmente vai melhorar. Perder 40% nao vale a pena, alugar eke pra pagar financiamento e Melhor. Aquentar o tempestade!
ExcluirSe a tempestade implicar em pagar juros, logo logo ninguém terá onde se abrigar da tempestade.
ExcluirUm metro quadrado custa para construtora R$ 1.600,00 (em São Paulo), portanto, entendo que, no máximo, poderiam cobrar R$ 3.600,00 o metro quadrado. Desse modo, esse apartamento teria o preço máximo de R$ 500.000,00.
ResponderExcluirAinda tá bolhudo, não muito, mas tá...
ExcluirÚnico lugar q pode valorizar uma merreca é onde não tem infraestrutura e futuramente ganhará.... Então se querem ganhar algo nos próximos 10 anos, comprem terrenos em lugar em distantes, em zona rural....onde não tem água, esgoto, telefone, energia...etc....daqui 10 ou 15 anos quem sabe chegue a infraestrutura e voces não conseguem o dobro do valor investido....
ResponderExcluirUm raciocínio tradicional, mas...
ExcluirSupondo que pague 50k em algo distante, sem infra estrutura hoje, e no mesmo dia aplicar os 50k no TD.
Daqui 10 ou 15 anos VC terá quase o dobro, e com liquidez.
Isso não passa na TV...
Quem especulou tem que perder. É do jogo!
ResponderExcluirAs construtoras, por outro lado, tem que enfrentar da crise com as soluções de mercado (a falência é uma delas).