Com balanços já afetados pelo maior número de desistências na compra de
imóveis e diante das taxas crescentes de desemprego, empresas aumentam reservas
para possíveis perdas com inadimplência, principalmente na baixa renda, e com
novos distratos
O mau momento do setor imobiliário começa a ganhar contornos ainda piores
diante da falta de horizonte de melhora para a economia brasileira, principalmente com o aumento das incertezas políticas. Depois de uma onda de
desistência de compra de imóveis os chamados distratos afetar negativamente
os balanços das incorporadoras, agora os indicadores econômicos ainda mais
fracos começam a bater nas linhas de provisões, em especial por causa da
expectativa de que a crise do País trará um impacto direto nos pagamentos dos clientes.
Dentre as companhias que já anunciaram os resultados completos de 2015, a
MRV Engenharia fez uma provisão de R$ 29 milhões no ano passado, acumulando um
total de R$ 56 milhões sobre o seu portfólio de contas a receber, que abarca
uma espécie de empréstimo feito sem garantias aos clientes. Nesse caso, a
empresa concede ao comprador a parcela do valor do imóvel que não foi
contemplada no financiamento, garantindo a compra e o repasse bancário. Como
contrapartida, elevase o risco de calote.
Essa prática de financiamento direto aos clientes ganhou força nos últimos
anos, diante da maior dificuldade de obtenção do crédito imobiliário. Com a
crise mais intensa do que o esperado inicialmente e as taxas crescentes de
desemprego, a conta agora deverá chegar às incorporadoras, batendo primeiro à porta das focadas ao setor de mais
baixa renda.
Na Tenda, braço de baixa renda do grupo Gafisa, a provisão chegou a R$ 11
milhões sobre recebíveis referentes a projetos anteriores a 2012. Agora, o
saldo que ainda pode ser provisionado dessa carteira soma R$ 19 milhões. Esses
empreendimentos mais antigos são definidos como “de legado”, ou seja, antes da reformulação da companhia, o
que eleva a chance de calote, segundo especialistas.
“É uma carteira antiga que entendemos que devemos fazer o provisionamento
com perda, embora ainda estejamos buscando formas de recuperar”, afirmou o
diretor financeiro e de relações com investidores de Tenda, Felipe Cohen, em
teleconferência em que comentou os resultados trimestrais da companhia.
Na medida em que uma sinalização de melhora da economia demora a
acontecer, mais empresas deverão aumentar seus níveis de provisionamento, o que
traz efeito direto na lucratividade. Além da provisão em recebíveis,
especialistas acreditam que as incorporadoras, sobretudo de médio e alto padrão, terão de se adiantar ao cancelamento de
vendas, reservando capital para um eventual distrato.
“É diferente de antigamente, quando o imóvel distratado era revendido a um
preço muitas vezes superior (ao original). Agora já não é mais essa dinâmica e
(o novo cenário) pode gerar algumas perdas. É isso que estamos tentando
refletir de uma forma realista”, afirmou o diretor financeiro de Gafisa, Andre
Bergstein. A companhia fez uma provisão adicional de R$ 5 milhões relacionada a
distratos nos últimos meses de 2015.
Preço menor
O sócio responsável pela área técnica de auditoria da Deloitte, Wanderley
Olivetti, explica que, no caso de distratos, pode ser necessário fazer uma
provisão quando o imóvel volta ou há previsão de devolução para a carteira
da companhia com um possível preço de venda abaixo do valor de custo. “O mercado teve uma experiência negativa (com distratos) em 2014, que foi
confirmada com um volume maior em 2015. Então, chegou a necessidade de
revisitar o tema com a quantidade que foi se avolumando.”
Para um analista consultado pelo Broadcast, as provisões sobre
cancelamento de vendas devem ser observadas principalmente na média renda, que
tem encontrado acesso limitado a financiamento, o que acabou forçando um maior
volume de cancelamentos. “Após o impacto dos distratos nos últimos dois anos,
todas as empresas vão ter de fazer o provisionamento”, afirma o especialista,
em condição de anonimato.
(Estadão - Notícia - Geral - 19/03/2016)
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Aonde tem preço melhor ?
ResponderExcluirNa chon fica mais em conta
ExcluirIsso tudo é propaganda enganosa, vcs corretores tem que ser processado por enganar o povo ..aqui no Rio o preço continuam os mesmo VC liga deixa uma proposta de 20% a menos e o proprietário não vende ,
ResponderExcluir.que crise é essa ..
Rapaz, em toda publicação aparece sempre o mesmo comentário seu: "você liga, deixa proposta 20% menor e o proprietário não vende". Vira o disco, muda as palavras, sei lá? Parece corvo querendo se enganar...
ExcluirSeu bbbbb não tenho culpa que VC mora mau , aqui no Rio esta assim ..Beto bbbbbbbb duro
ExcluirE no Rio, como estamos?
ResponderExcluirNo rio so na chon vamos comprar
ExcluirA crise é só na venda , não tem mais otário pra comprar com preços absurdos do Rio, se não baixar vão encalhar..
ResponderExcluirOs proprietários preferem ostentar seu bolhudinho na Tijuca achando q aquilo vale 7 contos o m2 kkkkkkkkk só sei de uma coisa: paguem meus juros!!!
ExcluirSalvador teve queda apenas em imóveis novos e situados em bairros mais populares (preços que antes eram de 6000 por metro, agora se encontra por 3900 por metro, com vista pro mar. Nos bairros nobres, o valor dos preços dos imóveis usados permanecem os mesmos, alguns querendo cobrar preço de novo. Absurdo total. Gostaria de saber o valor nas outras capitais.
ResponderExcluirImóveis NUNCA desvalorizam, o aumento será infinito...Kkkkkk
ResponderExcluirCom tudo isso os corretores estão trabalhando de graça não tem venda não tem comoção kkkkkkk
ExcluirResumindo, o brasil nunca teve aumento de renda,so tiveram credito para compra dos bolhudos,foram os emergentes da asia que tiveram aumento em seus Pib,ou seja O PT surfou na onda dos emergentes e quando caiu a demanda de comodities, desabou aqui.Os brazukas,agora endividados ate 2050,sem empregos,etc... foram enganados pelo PT que disse que "era nova crasse merdia", e agora que caiu a ficha, descobriram que sao pobres E COM DIVIDAS.
ResponderExcluir1500 O M2 VENDE TUDO....LIQUIDA BANANIA.....KKKK OU NAO VENDE MESMO.
ResponderExcluirVejo uma certa resistência dos investidores, proprietários e construtoras, porém segundo semestre de 2016 e inicio de 2017 vocês começaram a ver descontos mais efetivos, e não esses descontos ilusórios que estão sendo praticado.
ResponderExcluirNa chom, só na chom ainda vale apena!
ResponderExcluirPor enquanto!