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quarta-feira, 2 de março de 2016

O Tempo: Crise aumenta vacância de imóveis e derruba preço dos aluguéis

O corretor também afirma que, além da queda de preço, a dificuldade de alugar o imóvel leva o proprietário a aceitar condições especiais para fechar o negócio. “Primeiro mês de aluguel de graça e desconto de seis meses no valor do IPTU são algumas estratégias. Essa negociação é mais comum em imóveis em que o condomínio é alto porque, além de não ganhar o valor do aluguel, o proprietário tem que arcar com esses custos”

Quem anda pelos bairros da capital mineira já reparou: as placas de “aluga-se” não param de surgir, e o número de imóveis vazios se acumula. “Nosso estoque de imóveis para alugar em 2014 era de cerca de 140 unidades, atualmente esse número está em 300”, afirma o corretor da imobiliária AD Imóveis Roberto Marcius dos Santos. Segundo ele, esse número envolve imóveis residenciais e comerciais, porém, mais de 50% são residenciais. “Com essa oferta, os preços acabam sendo negociados e até estão caindo”, diz ele.

O índice referente aos preços médios mensais dos aluguéis pesquisados em Belo Horizonte, calculado pelo Instituto de Pesquisas, Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), apresentou queda em janeiro frente a dezembro de 2015, quebrando um sequência de pequenas altas de sete meses.

O gerente de pesquisas do Ipead, Eduardo Antunes, porém, ressalta que essas altas estão bem abaixo do índice de inflação. “Desde o ano passado, há um arrefecimento nos reajustes do aluguel e um crescimento abaixo da inflação, o que representa perda real no valor do aluguel”, explica o coordenador do Ipead.

Redução é bem maior que a oficial
No mercado, porém, corretores estão sentindo reduções maiores. “Depende da localização, do imóvel, do proprietário, mas temos negociações em que o preço chega a cair de 20% a 30%”, afirma o corretor da GL Imóveis Lucas Vargas que atua na região Oeste da capital, principalmente no bairro Buritis. Ele identifica um aumento de cerca de 40% no estoque de imóveis nos últimos dois anos.

O corretor também afirma que, além da queda de preço, a dificuldade de alugar o imóvel leva o proprietário a aceitar condições especiais para fechar o negócio. “Primeiro mês de aluguel de graça e desconto de seis meses no valor do IPTU são algumas estratégias. Essa negociação é mais comum em imóveis em que o condomínio é alto porque, além de não ganhar o valor do aluguel, o proprietário tem que arcar com esses custos”, avalia Vargas.

Economia até na taxa de administração
Outra estratégia dos proprietários tem sido abrir mão das imobiliárias. O gerente de comunicação Maurício Bianco, que mora no Rio de Janeiro, está alugando um apartamento no Anchieta, na região Centro-Sul da capital, e preferiu buscar um locatário diretamente. “O valor que vou receber deve ficar em torno de 15% acima do que eu negociaria se utilizasse imobiliária. Por outro lado, tenho que fazer o contrato, a cobrança mensal e é mais trabalhoso”, afirma.

Para Bianco, outra vantagem é que ele pode apresentar um valor mais competitivo. “Estive na cidade, no Carnaval, e vi muito imóvel para alugar no Anchieta. Então, acho que a negociação direta pode ser um diferencial para conseguir fechar o negócio”, avalia o proprietário. Ele acredita que não terá dificuldade de alugar, já que, após divulgação nas redes sociais, já teve procura.

Recessão e devoluções causam aumento de imóveis vazios
A recessão econômica é, na avaliação do gerente de pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes, a principal causa para o aumento da oferta de imóveis para alugar na capital. “O arrocho econômico atingiu a população que deu uma freada nos gastos, tanto buscando aluguéis mais baratos como entregando o imóvel”, avalia.

O corretor da imobiliária AD Imóveis Roberto Marcius dos Santos relata um aumento significativo nas devoluções. “Não saberia mensurar, mas já percebi que desde o segundo semestre do ano passado, a desocupação de imóveis aumentou na corretora”, afirma.

“Se mantiver o atual ritmo econômico no país, a tendência é que os preços e as perdas financeiras de quem aluga continuem crescendo”, conclui Antunes do Ipead.

Descontos também para venda
Desde fevereiro de 2015 também cresceram as transações com desconto. Com isso, em dezembro, apenas 22,1% das compras reportadas nos 12 meses anteriores foram realizadas pelo preço original pedido pelo vendedor. Ou seja, o preço de venda foi menor do que o anunciado em 77,9% das transações imobiliárias.

Os resultados da pesquisa reforçaram a expectativa de queda futura dos preços. Cerca de 58% dos entrevistados que pretendem adquirir um imóvel declararam que aguardam redução nos preços ao longo de 2016. 

(O Tempo - Capa - Economia - 27/02/2016)

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15 comentários:

  1. Essas vantagens ainda não chegaram na Tijuca. Devem estar chegando de jegue.

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  2. Na zona sul do Rio TB não chegou , isso é tudo conversa fiada ..

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  3. Jacarepagua chegou. Um parente alugou com 1 mês grátis. A imobiliária que ele colocou o apto está fazendo isso.
    Aqui também têm salas comerciais com 3 meses apenas com as despesas de água, luz e condomínio. Depois de três meses, o inquilino gostando, assinam contrato.

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  4. Imóvel em Jacarepaguá longe do centro , não tem valor mesmo só pra jacaré

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  5. Barato é só na zona oeste do Rio , são Paulo e BH ..

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  6. Corvaiada a paisana detected. Não baixa então não vende e nem aluga.
    Paciência. Deixa o dinheirinho quieto rendendo e deixa os gananciosos perdendo dinheiro com condomínio etc na esperança da olimpíada salvadora.

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    1. Kkkkkkkkkkkkk...
      Essa foi foda...
      " corvaiada a paisana"
      Kkkkkkkkkkkkk

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  7. Aos que dizem que não baixou. Estão se baseando certamente em preços anunciados, que nada mais são do que um delírio, com um mínimo de negociação o valor cai cerca de 15%.

    Não obstante se o preço ficar nominalmente parado, ainda assim o dono do imóvel está tendo uma perda de cerca de 10% ao ano pela inflação.

    Resumindo, possivelmente são coevos opinando, desesperados com a flagrante bolha imobiliária começando a estourar.

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    1. Possivelmente VC nunca comprou um apt vem pro Rio e manda uma proposta de 20% e receba um NÃO os proprietários estão achando que vai vender

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    2. Todo lugar é possível fazer bons negócios. Quem não quer vender, azar. Que amargue anos de condomínio.

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  8. Concordo com o anônimo de 12:39 aqui no Rio os preços continuam fora da realidade Copacabana 35 metros sem vaga de garagem custa 550 mil .

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    1. Credo nesse preço. Pelo menos uma coisa é certa, não vai vender mesmo.
      Que isso, tem que ser muito louco pra comprar um negócio desse.

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  9. Não baixa o preço não vende. Simples, só que esta é uma postura burra por parte do vendedor, porque apesar da sensação de estar mantendo o preço ele na verdade perde 10% ao ano. Intransigência pouco inteligente, e na maioria dos casos há por trás corvos induzindo o proprietário a não mudar o preço.

    Obs. 10% ao ano fora condomínio, iptu e possíveis manutenções para deixar um apartamento vazio.

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  10. Na chom, quero tudo na chom!

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