"Porém, a partir de 2013, a economia começou a dar sinais de desaquecimento e começou um novo cenário com uma curva descendente, principalmente em 2015". [...] houve um agravamento na situação do mercado imobiliário brasileiro, puxado pelo enfraquecimento na economia nacional, além das incertezas políticas. [...] O resultado final é que, em 2015, o preço dos imóveis no Brasil teve queda real
O mercado imobiliário brasileiro viveu a última década de muito dinamismo
e passou por duas fases bastante distintas. Primeiro, acompanhando o ciclo
econômico do país em alta, experimentou um forte crescimento e registrou o auge
da prosperidade. Porém, com a desaceleração da economia brasileira nos anos
mais recentes, entrou em uma curva descendente significativa. E, agora, quais
as perspectivas para o mercado imobiliário?
Em 2008, a crise imobiliária dos Estados Unidos refletiu de forma negativa
em todo o mundo. Foi justamente neste pós-crise que a economia brasileira
começou a dar sinais de prosperidade e o mercado imobiliário seguiu a mesma
tendência. Afinal de contas, com uma economia fortalecida e estável, há uma
melhora na empregabilidade, na renda e na confiança do consumidor com o futuro,
características que garantem condições propícias para o investimento em um
imóvel.
De acordo com levantamento global feito em 54 países pelo Banco de
Compensações Internacionais (BID, na sigla em inglês), instituição que funciona
como o banco central dos bancos centrais, a valorização imobiliária no Brasil
foi de 121% nos cinco anos seguintes ao período pós-crise de 2008. Entre 2008 e
2011, a valorização anual ficou acima dos 20%.
"Acompanhando a valorização imobiliária também houve a expansão
significativa no crédito para aquisição de imóveis. E a alta demanda pressionou
também a valorização dos preços dos imóveis", afirma o economista Marcelo
Barros.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito
Imobiliário e Poupança (Abecip), houve um incremento de 42% no volume de
financiamentos para construção e compra de imóveis em 2011 comparado com 2010,
somando R$ 79,9 bilhões. Foram financiadas 493 mil unidades, 17% a mais que o
ano anterior. Já o valor dos imóveis subiu 26%, de acordo com o Índice FipeZap.
Como a economia se manteve em uma crescente, com baixo desemprego,
crescimento da renda e baixa inadimplência, a liberação do crédito imobiliário
continuou em expansão nos anos seguintes. Em 2012, houve mais um incremento nos
financiamentos, totalizando R$ 82,8 bilhões, alta de 3,6% sobre 2011. Em 2013,
os números bateram recorde, atingindo R$ 109,2 bilhões, 32% a mais do que no
ano anterior. Foram financiados 529,8 mil imóveis, alta de 17% ante os 453,2
mil de 2012.
Início da queda
"Porém, a partir de 2013, a economia começou a dar sinais de
desaquecimento e começou um novo cenário com uma curva descendente,
principalmente em 2015", ressalta Barros. Em 2014, ano da Copa do Mundo no
Brasil, foram realizadas muitas obras de infraestrutura nas cidades-sede e
houve valorização de bairros mais próximos de onde essas melhorias foram
feitas. Porém, já se ouvia falar em supervalorização dos preços dos imóveis e
na construção se desacelerando para se adequar à demanda.
Neste ano, já não foi registrada tanta alta nos financiamentos, segundo a
Abecip.
Em 2015, no entanto, houve um agravamento na situação do mercado
imobiliário brasileiro, puxado pelo enfraquecimento na economia nacional, além
das incertezas políticas. "Se no primeiro momento, em um ciclo econômico
crescente havia crédito imobiliário mais barato e uma demanda em alta, agora
houve uma inversão desses fatores, já que os juros estão altos e o crédito mais
escasso", revela Eduardo Zylberstajn, coordenador do Índice FipeZap.
Inflação, desemprego e queda real dos preços
No ano passado, as taxas de juros para financiamento de imóveis tiveram um
aumento por conta da grande retirada da caderneta de poupança e os depósitos
mais limitados nesta que é a maior fonte de financiamento imobiliário do país.
Soma-se a isso a instabilidade da economia brasileira e do cenário político.
"O desemprego e a inflação estavam em alta e é preciso lembrar que o
crédito imobiliário é de longo prazo e, com qualquer instabilidade, as pessoas
tendem a adiar o projeto da casa própria”, diz Zylberstajn.
Além disso, foram implementadas mudanças nas regras de financiamentos e
para os imóveis usados. O limite de financiamento passou de 80% para 50%,
obrigando o consumidor a dar uma entrada maior. Segundo dados da Abecip, os
financiamentos alcançaram R$ 75,6 bilhões no ano passado, uma queda de 33%.
Foram financiadas 342 mil unidades, devido à baixa nas vendas e nos
lançamentos.
O resultado final é que, em 2015, o preço dos imóveis no Brasil teve queda
real, já que teve valorização muito abaixo da inflação
registrada no ano. "As incorporadoras realizaram promoções, ofereceram
descontos e tiveram menos lançamentos, já que o mercado estava relativamente
parado", explica Barros.
E o que esperar?
A economia brasileira ainda está bastante instável, o que influencia
negativamente o mercado imobiliário. "O setor depende de como está o
cenário do país e não dá para falar em uma melhora econômica. E o cenário de
instabilidade na política também contamina a confiança", reforça o coordenador
do Índice FipeZap.
Isso significa que a dinâmica econômica é um termômetro de como será o
mercado imobiliário. No entanto, de acordo com o economista, o cenário ainda se
mostra adverso a curto prazo. "A perspectiva é que haja mais queda no
Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016", afirma.
(Portal G1 - Especial Publicitário - Zap Imóveis - Notícia -01/04/2016)
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Auge ficticio....queda preços sera monstro aos niveis de 2002 .Melhor começar do zero, do que teimar em arrumar esse estrago.1.200 o m2 acabado ja.Senao coma o tijolo.
ResponderExcluirQuanta usura...mês de outubro visitei um apartamento usado em Salvador. 3/4, 96m2, anúncio de 480.000. Gostei bastante, estava pronto p fazer uma oferta mas um casal chegou primeiro e terminou comprando por 450.000 (segundo a corretora) . Hoje eu vejo o mesmo apartamento com anúncio feito há três dias, pedindo 650.000. Assim fica difícil. Só tem esperto.
ResponderExcluirEntao o casal se separou? que pena hein....vai la e compra e depois peça 850.000 REALTOR DETECTED...deve ter ingerido algo......
ExcluirAqui tem muito bobão , pobre é sonhador, não tem nem carro e quer comprar apt vão trabalhar pra arrumar dinheiro ..
ResponderExcluirHaja trabalho pra comprar apertamentos nesse preço.
ExcluirE só trabalhar com um politico ...
ExcluirVai fubazinho ai.vaiiiii......kkkk
ExcluirQue auge o que, estamos apenas no início do precipício!
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